Capítulo 78

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À NOITE

Após passarem o dia com a filha, Fernando e Lucero foram para o próprio quarto quando Viviane dormiu, mas antes de entrarem, a mulher o parou e segurou seu rosto, olhando bem no fundo dos seus olhos.

− O que foi, amor? – Fernando acariciou as mãos de Lucero ainda no seu rosto, retribuindo seu olhar.

− Eu quero gravar cada detalhe seu na minha mente. – Lucero começou a contornar o rosto de Fernando bem devagar com o dedo.

Fernando fechou os olhos sentindo a carícia, até que foi surpreendido por um beijo de Lucero que foi retribuído imediatamente. Eles se beijaram com calma enquanto Fernando acariciava a cintura de Lucero e ela o seu cabelo, sentindo-o macio em seus dedos. O ar acabou e a mulher segurou a mão do amado, o puxando para o quarto onde o soltou e retirou a blusa que usava, logo voltando a se aproximar apenas de peças íntimas.

− Eu amo você com todas as minhas forças. – Lucero falou e começou a abrir os botões da camisa de Fernando.

Fernando a olhou, confuso. Por mais que Lucero estivesse tentado disfarçar o tempo inteiro, ele notou que o seu olhar estava novamente sem brilho como costumou ser durante toda a infância e começo de adolescência de Viviane, mas achou ser porque Lucero nunca havia se curado completamente das tristezas de sua vida, por isso ele queria fazê-la se sentir amada, então a pegou no colo e a deitou na cama com cuidado.

− Você é a mulher da minha vida. – Fernando sussurrou e beijou Lucero apoiando os cotovelos sobre a cama para não deixar seu peso sobre ela.

Lucero tirou a camisa de Fernando sem parar de beijá-lo e o abraçou com força, sentindo o calor do corpo dele no seu. Como sentiria saudades de estar nos braços do amor da sua vida. Fernando abaixou as mãos, passando pela barriga de Lucero e apertou suas coxas, descendo sua calcinha devagar. Ele começou a acariciar a intimidade já molhada de Lucero e a viu se contorcer embaixo dele. Se tinha uma coisa que ele amava era a expressão de prazer dela sempre que ele a fazia sua. Lucero inverteu as posições e se sentou em cima de Fernando, chupando seu lábio inferior. Ela se levantou apenas para livrá-lo da cueca e se encaixou no membro dele, causando um gemido intenso em ambos. Então Fernando a segurou pela cintura e a deitou na cama, ficando por cima novamente. Ele se movia devagar, queria apenas aproveitar o momento com Lucero que se desviou do olhar dele. Ela não conseguia encará-lo sabendo o quanto o destruiria em breve. Ambos chegaram ao ápice e Fernando percebeu que Lucero chorava.

− Eu te machuquei, amor? – Fernando perguntou preocupado.

− Não, você nunca faria isso. – Lucero acariciou o rosto de Fernando. – Eu só estou pensando no quanto sou feliz com você. – ela fechou os olhos e chorou mais.

Fernando sorriu e beijou todas as lágrimas de Lucero.

− Mas felicidade deve causar sorrisos e não lágrimas. – Fernando falou divertido.

− Quando se é merecedora dessa felicidade, sim.

Fernando suspirou e saiu de cima de Lucero, se deitando e a puxando para o seu peito.

− Não comece com isso, você é merecedora de tudo de bom que te acontece. – Fernando beijou a testa de Lucero. – Eu queria muito que você se curasse de vez do seu passado.

− Às vezes o passado está bem próximo como um fantasma assombrando e nos impedindo de ser completamente felizes.

− Mas ao menos hoje você vai se esquecer de tudo e vai se concentrar aqui em nós, tá? – Fernando tocou na ponta do nariz de Lucero e a abraçou apertado.

Lucero forçou um sorriso e assentiu dando um selinho nele e escondendo o rosto no pescoço dele enquanto acariciava seu rosto. Eles ficaram daquele jeito em silêncio por minutos, até a mulher perceber que o namorado havia adormecido. Ela então se levantou devagar e se vestiu, saindo correndo do quarto. Lucero voltou a chorar compulsivamente enquanto abafava seus soluços com a mão. Sua vontade era de pegar Viviane e Fernando e ir para bem longe, mas ela sabia que Manuel os encontraria onde fossem. Quando se acalmou um pouco, Lucero foi ao quarto da filha e abriu a porta devagar, a encontrando adormecida.

− Minha pequena. – Lucero sussurrou chorando e caminhou até Viviane segurando sua mão devagar. – Eu espero que você possa me perdoar novamente. Tudo que estou fazendo é por nossa família e principalmente por você que não merece sofrer mais pelos meus erros do passado.

Viviane não ouviu o que Lucero falou, mas escutou quando ela soluçou e abriu os olhos devagar.

− Mamãe, o que você tem? – Viviane perguntou sonolenta.

− Não foi nada, meu amor. Eu só quero ficar um pouquinho aqui com você, posso? – Lucero soluçou novamente.

− Claro que pode. Vem. – Viviane falou totalmente desperta e Lucero se deitou ao lado dela com cuidado, a abraçando. – Você teve um pesadelo, foi? – ela começou a fazer o cafuné desajeitado que a mãe tanto amava.

Lucero assentiu sem parar de chorar. Um pesadelo que em breve se tornaria real.

− Mas agora está tudo bem. Eu estou aqui com você, calma. – Viviane beijou o rosto de Lucero.

Lucero demorou muito tempo para se acalmar e Viviane permaneceu fazendo carinho nela e falando coisas bonitas até ela dormir, só então a moça fez o mesmo. Lucero aproveitava seu último momento com a filha, pois dali em diante teria que aprender a enxugar suas lágrimas sozinha.

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Último hot por um tempinho :( <3

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