[Este é o terceiro livro da série sobre a realeza de Orion, mas pode ser lido individualmente]
Elisabeth Greenhunter é a única mulher dentre os filhos do rei Timotheo IV, e tendo crescido em meio aos costumes patriarcais de um país ainda dominado po...
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"É ele de novo", Antonella me mostra a tela do celular com o nome LORDE IDIOTA piscando. Eu apenas volto a me concentrar na estrada, nada disposta a facilitar para Tobias. Não importa o quão insuportável seja a sua insistência. O toque da chamada para e Antonella suspira. "Até quando pretende continuar o ignorando?".
Eu dou de ombros.
"Ele me ignorou por três dias, então acho que pretendo superá-lo".
É simplesmente muita cara de pau de Tobias me ligar depois de ter me tratado feito lixo e dado uma festa enquanto eu me debulhava em crises de consciência. Sempre soube que ele não era flor que se cheire, mas, ainda assim, conseguiu me surpreender. Dar o troco o ignorando de volta é o mínimo, depois de tudo. E, felizmente, isso o mundo parece compreender.
Fiquei ocupada trabalhando com madame Katrina boa parte dos últimos dois dias, o que não foi nada fácil e nem prazeroso. Com certeza, a parte difícil sobre seguir o meu sonho. O gênio da madame não é nada bom quando sou Rosalyn Green e por vezes me pego tentada a revelar quem sou de verdade, só para lhe dar um bom susto. Mas fazer isso seria um mero capricho arriscado, então o contenho.
"Achei que fosse querer aproveitar que está de folga hoje para descansar. Nem a melhor das maquiagens esconde bem a sua cara de cansaço, Lizzie", Antonella torna a falar. "Por acaso quis participar desse evento só para ter um motivo plausível para evitar as ligações do lorde?".
"Talvez", eu nem nego e nem concordo.
Por um lado, ficar sem fazer nada no meu quarto me deixaria mais tentada a parar de evita-lo, mas, por outro, também gosto de participar de eventos oficiais. Fazer isso faz com que a minha mãe não tenha razões para reclamar de mim por, pelo menos, o resto da semana.
"Mudando de assunto", antes que Antonella continue tentando ligar as minhas ações à Tobias, tomo as rédeas da conversa: "hoje é o seu encontro com o tal do Ryan Hastings, não é?".
Isso deixa a minha prima animada. O sorriso no rosto dela demostra o tamanho da sua expectativa com a ideia do encontro arranjado.
"É sim. A Cassie disse que era às cinco, na casa de chá. Portanto, assim que sair daqui, irei direto me encontrar com o intelectual de Cambridge".
"Isso é ótimo", fico feliz que uma de nós esteja contente hoje.
Apesar do sorriso que ilumina o meu rosto quando Ella e eu entramos no salão do Museu de Dominique para a reinauguração dele alguns minutos depois, estou completamente aborrecida e cansada por dentro.
Cumprimento as outras pessoas importantes e sorrio quando noto um dos jornalistas responsáveis pela cobertura de imprensa do evento apontando a sua câmera para mim, mas, secretamente, fico contando os minutos para ir embora e contendo as minhas mãos de pegarem o celular dentro da minha bolsa-carteira quando ele volta a tocar.