07. PRINCESA SOLITÁRIA

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A princesa maldita e eu concordamos em não nos encontrar por quase duas semanas, que é o tempo que os tabloides levam para deixarem de lado as matérias sensacionalistas sobre nós e substituí-las por conteúdo novo

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A princesa maldita e eu concordamos em não nos encontrar por quase duas semanas, que é o tempo que os tabloides levam para deixarem de lado as matérias sensacionalistas sobre nós e substituí-las por conteúdo novo.

Enquanto ela e eu não prosseguíamos com o namoro falso, usei meu tempo para explicar às pessoas em uma constante repetição como aconteceu de Elisabeth e eu nos apaixonarmos perdidamente. Primeiro uma versão mais séria para David e Theo (que me acusaram de ser tremendamente irresponsável por me envolver justo com a princesa), depois uma versão melosa para minha mãe (que ficou contente com a novidade, e isso fez com que me sentisse um pouco melhor com a situação toda) e depois a versão comum e resumida para todos os outros que me perguntaram, como Aiden Kannenberg e desconsoláveis amantes com quem já estive, apesar de que, em um caso ou outro, meras palavras ditas ao telefone não funcionaram. Um deles foi Philip.

Depois de ter me mandado para o raio que o parta e ignorado todos os meus pedidos de desculpa, ele surgiu no meu apartamento três dias depois de meu namoro com a princesa maldita ter ganhado a boca do povo e exigiu um esclarecimento.

"Você não pode estar namorando de verdade. Você disse que não era adepto á relacionamentos sérios, porque isso sempre estraga as coisas", Phil disse o que todos os outros, também indignados, me disseram.

"Acontece", fiz a minha melhor cara de inocente ao dar de ombros, o que só pareceu transtorná-lo ainda mais.

"É, acontece. Se bem me lembro, você ficou extremamente temeroso quando a princesa nos flagrou aos beijos", é claro que ele ligaria um ponto ao outro. Só que da forma errada. "Eu achei que fosse por medo de ela falar para o mundo sobre você beijar homens, mas, pelo que dizem, vocês dois já estavam juntos nessa época e ainda assim esteve comigo, Tobias. Não sei se sinto mais pena de mim ou de sua alteza. Como ela aceitou tornar esse relacionamento público mesmo depois de ter sido traída e de ter te pegado no flagra?".

"Acontece que não estávamos em um relacionamento ainda. Isso veio depois", peguei-me entrando na mentira para me defender. "Nem sempre o que está nos artigos das revistas é verdade em todos os pormenores".

Não podia deixar que o meu relacionamento com Elisabeth (mesmo que falso) fosse maculado e tido como mais uma mancha que um meio de limpar minha reputação.

"Então por que não eu? Sei que as pessoas não sabem sobre a sua bissexualidade, mas eu podia esperar por você, Tobias", Philip soou extremamente magoado e isso me partiu o coração. Apesar dos rumores a meu respeito, não sou frio. Detesto que as pessoas se envolvam comigo e desejem de mim muito mais do que estou disposto a dar.

"Sinto muito, Phil".

Até pensei em lhe consolar com um abraço, mas descartei a ideia quando o seu olhar endureceu e ele deixou claro o desgosto que sentia da situação. Philip acenou de modo breve com a cabeça e então partiu após isso. Foi a última vez que o vi.

SOBRE UMA PRINCESA E A SUA MENTIRA PERFEITA [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora