15. PRINCESA ENRAIVECIDA

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Três semanas depois do jantar com Sara e Tobias, meu namorado falso e eu entramos em um novo patamar de relacionamento: nos tornamos amigos com benefícios

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Três semanas depois do jantar com Sara e Tobias, meu namorado falso e eu entramos em um novo patamar de relacionamento: nos tornamos amigos com benefícios.

Nesse meio tempo, eu também comecei a trabalhar mais e a passar mais tempo do meu dia como Rosalyn Green do que como Elisabeth. Assim, momentos com Tobias se tornaram raros e surpreendentemente aguardados por mim. Nós saíamos juntos, encenávamos amor eterno, mas também conversávamos e, de vez em quando, nos beijávamos. Acabei me aproximando dele muito mais do que pretendia e do que, meu lado racional sempre avisava, devia ser bom.

"Última cláusula, Lizzie", Antonella faz questão de me lembrar. "Acho uma completa loucura o que vocês dois estão fazendo, brincando com sentimentos".

Ela e eu estamos na casa de chá da avó de Cassiopeia. Tecnicamente, os Feng e os Greenhunter são rivais e certamente não é algo muito agradável estar em território "inimigo", mas o sobrenome Maximoff serve como mediador da situação. Aqui, não sou filha do rei, mas sobrinha da governadora do condado Morfeu.

"Tobias e eu não estamos brincando um com o outro. Fomos bem honestos quanto ao relacionamento que possuímos desde o início", defendo-me, bebericando do meu chá de limão.

Antonella me encara de forma cética.

"É claro", ela diz. "Você não o está enganando, mas a si mesma. Eu percebo a maneira como o olha, sabia? Isso mudou. Antes, no início dessa loucura toda, você não conseguia disfarçar seu desagrado com ele, mas agora...".

"Nós somos amigos".

"Tal como Mônica e Chandler", ela cita sua série favorita, Friends.

Eu reviro os olhos.

"Pare com isso. Chega de falar do Tobias. É o meu primeiro dia de folga em muito tempo e eu escolhi sair com você, querida prima. Por que não para de me atacar e de me tratar como uma garota ingênua um pouco?".

"Você só saiu comigo porque o Tobias não respondeu suas mensagens, Elisabeth. Não tente me ludibriar quando sei que fui sua segunda opção", Ella semicerra os olhos para mim, julgando-me.

"Terceira, na verdade", eu disfarço o meu sorriso de desculpas ao levar a xícara aos lábios outra vez, mas minha prima ainda assim fica indignada. Dou de ombros. "Kyle tinha uma maquete para fazer e não podia sair comigo também".

"Que ótimo", Antonella resmunga.

Eu balanço a cabeça, dispensando o seu aborrecimento.

"Vamos mudar de assunto", digo. "Você vai para o desfile da minha coleção com a madame Katrina, não vai?".

"Se eu for, isso chamará atenção. Pode até colocar o seu disfarce em risco".

"Ainda assim", respondo. "Além de você, só Aeryn, Miranda e Sofya sabem do meu trabalho na coleção e elas não irão. Preciso que alguém que me conhece apareça, só para parecer real que fui eu quem trabalhou nos modelos, já que não receberei créditos por ser uma aprendiz sem nome no mercado", cito a frase que madame Katrina sempre usa para justificar o fato de que estou trabalhando para que ela seja reconhecida e não eu.

SOBRE UMA PRINCESA E A SUA MENTIRA PERFEITA [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora