Em geral, nas histórias que Lemos, ao narrador e há as personagens. O narrador diz onde, como, por quê, o quê... E as personagens vão representando ação que ele inventa para elas, vão dizendo as palavras que ele escolhe para elas.
Vivina e Ronald quiseram romper a distância entre narrador e personagens, rebelaram-se contra o poder do narrador de dispor da vida de seus personagens. E Vivina, narradora de tantas belas histórias, fez-se personagem - Fez-se Ana; e Ronald, narrador de tantas belas histórias, fez-se personagem - Fez-se Pedro. Ana e Pedro se buscaram, vem sendo Rios vírgulas mares, montanhas, e se encontraram em cartas, Ana/Vivina escrevendo para Pedro/Ronald, de São Paulo, Pedro/Ronald respondendo a Ana/Vivina, de Belo Horizonte. durante um ano, cartas verdadeiras, descendo uma trama de encontros vírgulas às vezes desencontros, sobretudo de sentimentos e emoções - as personagens inventando elas mesmas sua história, dia a dia, carta carta, donas de seus próprios destinos.
e a gente ganhou este livro em que nenhum narrador se intromete, este livro em que são só os três: o leitor, Ana, Pedro. Não, somos só nós três: eu, ou você, Ana/Vivina e Pedro/Ronald. Construindo, só entre nós, uma bonita história de descoberta do amor e da ternura. De descoberta do outro.Revisado
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Ana e Pedro cartas
Teen Fiction"Oi, Pedro, vou te avisando: você não me conhece. Quem me falou em você foi a Malu, que eu conheci nas últimas férias, em Cabo frio. (...) estou escrevendo, mesmo sem saber se você vai gostar. Se você for responder, te juro vou adorar. Adoro cartas...