Mostre-me como lutar

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   "O amor é o nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa"
   - Willis Harman e Howard Rheingold

    O dia amanhecera ensolarado. A paisagem colorida e o ambiente bem decorado envolviam o apartamento 2302, onde Viollet penteava os loiros fios de cabelo. O 4º dia começou, inexplicavelmente, com uma aura contagiante na visão da garota. Talvez fosse porque a mãe ainda não havia entrado em contato com ela. Ou, quem sabe, estaria sentindo-se mais à vontade naquele lugar.
    Já acordada há um tempo, Viollet era consumida pela forte vontade de explorar o local onde estava hospedada:

- Não é possível que eu vá ficar trancada nesse apartamento até o último dia! - Exclama a garota para si mesma. Adoraria sair, principalmente na companhia de Ryuzaki.

    Ao lembrar-se do momento em que fitou seus olhos acizentados, Viollet sente seu estômago revirar. Porém, dessa vez, sentiu como se as próprias borboletas - daquelas amarelas com vários desenhos nas asas - estivessem voando dentro de seu corpo. Assim como nas músicas, Viollet agora se sentia no lugar mais perfeito de todos por conta de uma só pessoa.

- Pensando alto, Viollet? - Watari adentra o quarto com um chá em suas mãos. A fumaça era vista de longe.

- A-ah. Estava sim! - Ri a garota, envergonhada.

- Trouxe um chá. Ouvi você dizer que quer sair para ver o hotel. O que acha de irmos? - diz o mais velho, estendendo a mão e entregando a xícara.

- Eu adoraria! Obrigada!

- Hoje vou precisar viajar. Para longe. - Senta-se ao lado da garota.

- Coisas de trabalho?

- Sim. Mas voltarei no final da semana, antes de você ir embora. É apenas uma reunião.

- Com o que você trabalha, Watari? Meu pai diz que é um trabalho bem cansativo. - Pergunta Viollet, questionando-se sobre o porquê do velho precisar viajar para tão longe por conta de uma simples reunião.

- Sou dono de vários orfanatos. - Responde, omitindo o fato de trabalhar com L.

- Que trabalho lindo! - terminado seu chá, a garota levanta da cama, ainda curiosa sobre o compromisso de Watari. - Que horas você vai?

- No fim da tarde. - Diz, retirando-se do quarto juntamente com a menina.

- No fim da tarde!? Então acho melhor você ir arrumar as coisas. Sair comigo vai tomar seu tempo.

- Não se preocupe querida! Eu... - Antes mesmo de completar é interrompido por Ryuzaki, que adentra a sala

- Não se preocupe, Watari. Pode se preparar para a viagem. Eu a acompanho. - Diz o rapaz

- Algum problema pra você, Viollet? - O velho desvia seu olhar para a garota.

   Assentiu com a cabeça. Era bom demais pra ser verdade! O que ela mais desejara naquela manhã era poder caminhar com Ryuzaki e ter mais momentos a sós com ele. O coração da menina sentia-se cálido na presença do rapaz. A sensação de estar apaixonada tornou-se prazerosa.


  
  
      Cerca de 20 minutos depois, os dois chegam ao térreo do grande prédio. Uma área enorme, com diversos caminhos de grama - a mais verde que Viollet já havia visto - e com uma grande fonte no final. Era deveras perfeito!
    O forte sol tornava aquela tarde ainda mais encantadora, sendo envolvida pela suave música que tocava em pequenos alto-falantes.
    Deslumbrada, Viollet segue o caminho esverdeado um pouco à frente de Ryuzaki, que logo a acompanha.

     Ela parecia outra pessoa. Sentia os raios de sol bronzearem sua pele branca enquanto seus pés flutuavam pelo caminho esverdeado. Sentia-se livre. Não era mais a garota deprimida, que ficava trancafiada em seu quarto ouvindo os desaforos da mãe. Agora, aproveitava o momento e agia como se fosse a dona de toda liberdade presente no mundo.

Love Line { Concluída } Onde histórias criam vida. Descubra agora