"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."
- Antoine de Saint-ExupérySentir saudade é angustiante. É um sentimento intenso e doloroso, que nos faz viver de lembranças. Um sentimento que nos faz contar as horas, os minutos e os segundos para poder abraçar alguém novamente.
Quando sentimos saudade, é normal que nosso corpo nos traía, proporcionando momentos de tristeza e coração apertado. Queremos, mais do que tudo, sentir o toque, ouvir a voz ou ganhar um beijo de quem amamos. A saudade é um sentimento forte, a personificação do vazio.
Porém, mesmo nos fazendo sentir incompletos, ela carrega consigo a esperança do reencontro.
A saudade é confusa, mesmo quando nos acostumamos a conviver com ela. É um sentimento tão complexo que, até quando esquecida, pode vir à tona quando menos esperamos - por meio de uma música, um cheiro ou um local -.
De fato, estão certos em dizer que a saudade dói.Watari os falou, certa vez: "o tempo voa quando estamos aproveitando..."
E ali, no último dia, Viollet e Ryuzaki puderam confirmar a dolorosa verdade presente nessa frase.As horas passavam despercebidas, trazendo consigo uma sensação de infortúnio. Quando se deram conta, o tempo já estava quase esgotado.
E assim foi o 6º dia: Coberto por uma aura terna e agradável, que presenteou o casal com a oportunidade perfeita de aproximarem-se ainda mais.
De fato, quando nos damos conta de que o tempo está acabando, é natural tentarmos correr contra ele. Ali, ambos estavam nessa exata situação.
Apesar de tudo, a noite chegara depressa.
Fora o único por do sol que não trouxe consigo o prazer. Ao invés disso, trouxe o medo. Medo da separação, quando não podemos imaginar nossas vidas distante determinada pessoa. Quando o universo inteiro se reduz a um só olhar, a uma só presença. As estrelas que apareceram no céu, de relance, remetiam à incerteza.Deitada de bruços e balançando as pernas de maneira inquieta, Viollet não conseguiu dormir. Mesmo cansada, sentia-se incapaz pegar no sono. As horas que passaria descansando poderiam ser melhor aproveitadas. Com Ryuzaki, talvez.
Não temia mais sua mãe. A mesma provavelmente voltaria a Nova York, como tanto almejou. Seria, definitivamente, o fim de seus problemas. Entretanto, onde estaria Ryuzaki? Ele ficaria bem? Voltaria em segurança?
Diferente de como estava mais cedo, acreditando piamente em um reencontro, Viollet agora sentia o pavor tocar suas extremidades, e embrulhar seu estômago. Fora tomada pela mais genuína vontade de impedir o rapaz que amava de adentrar naquele caso ridículo. Porém, tratavam-se de vidas. E ele era L. Viollet o amava tanto, que optou por deixá-lo cumprir seu dever que, além de salvar pessoas, iria fazê-lo feliz.
Assim que fechara os olhos, buscando esvair tais pensamentos, pegou no sono. Um sono tão leve, que poderia ser desfeito até com o simples farfalhar des árvores. Então, ao levantar das pálpebras, em um solavanco, foi capaz de visualizar os raios de sol transpassando a cortina e banhando seu rosto com uma calidez angustiante."Droga." Pensou, instantaneamente, logo direcionando-se ao banheiro.
Quando chegou ao hotel, Viollet tinha um objetivo em mente: "aproveitar aqueles 7 dias da melhor forma possível". E Deus, como havia!
Lembrou-se do momento em que entrara, pela primeira vez, no apartamento. O cenário de momentos incríveis e surpreendentes. Aquele apartamento não seria, jamais, esquecido por ela.
Retornando ao quarto, toma suas malas em mãos, para arrumá-las. Ali, procrastinou o máximo possível. Encarando a janela, ainda impressionava-se com o luxo daquele lugar. Era realmente lindo! Talvez, nunca fosse conseguir se acostumar com tamanha sofisticação. Rodeando os olhos pelo quarto iluminado, a garota teve certeza de que sentirá falta daquilo tudo. Da cama, do móvel, do armário, da luminária... de todos os detalhes. Conseguiu apegar-se à um quarto de hotel, bem mais do que a sua própria casa.
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Love Line { Concluída }
FanfictionSe você tivesse apenas 7 dias? 7 míseros dias para sorrir e esquecer dos problemas que te atormentam desde a infância. O que você faria? Comeria o máximo possível? Arranjaria novas amizades? Se apaixonaria? Essa é a história de Viollet Scott, a...