Os Sinos - Parte 1

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"Arriscar a vida e desperdiçá-la totalmente em vão, são coisas distintas."
  - L Lawliet

     " Era uma noite escura, onde eu caminhava pelas ruas de winchester. Havia acabado de inaugurar meu primeiro orfanato pelos arredores. Então, em meio à neve fina que caía dos céus naquele dia, eu vi você. Um garoto pequeno, envolvido por um casaco grosso e um gorro que quase cobria-lhe o rosto. Nos seus olhos dava para ver o medo, por mais que não transparecesse tanto. Você foi um garoto corajoso. "

      A voz de Watari ecoava em seus ouvidos. O mais velho costumava sempre contar essa mesma história. Era uma parte da vida de Lawliet que, inexplicavelmente, fora apagada de sua mente.
      Não se sabe o motivo, porém, a última memória do rapaz é a grande e colorida janela da Wammy's House, o orfanato no qual foi criado. Gritos altos de crianças rebeldes incomodavam seus ouvidos, juntamente com o choro desesperado de um garoto. - memórias claras até demais para alguém que na época tinha 5 anos -
      Lawliet não achara aquele ambiente agradável de primeira. Entretanto, a mente brilhante e precoce do jovem menino chamou a atenção de Watari. Ele era um tanto quanto isolado e não tinha nada além de breves minutos com as outras crianças. Um menino de bom coração, mas que não era compreendido pelos demais. Talvez sua forma de pensar fosse avançada comparada a dos outros. Ou quem sabe, apenas o mesmo não se interessasse. O velho grisalho, na época mais novo e com os cabelos pretos, sentiu a necessidade, se não o dever, de criar aquele menino como um filho. Agora, ele teria todo o carinho que não recebeu durante toda a vida.

     L sempre lutou pela justiça desde os primeiros dias na casa de Watari e no orfanato onde cresceu.
     Quando decidiu ser detetive fora por mera diversão. Resolver casos complicados da mídia parecia mais interessante do que ler os mesmos livros de trigonometria pela 4° vez.
     Entretanto, após ganhar notoriedade ao redor do mundo com o nome de "L", o rapaz passou a dedicar toda sua vida à isso. Para ele, arriscar-se em prol de outras vidas era uma atitude nobre.
   Até hoje, nem o próprio detetive sabe a motivação que o faz sentir tanto desejo pela justiça.

     
     Ao adentrar na investigação de Kira, Lawliet pretendia acompanhar tudo de longe, como havia feito durante toda sua vida. Seria mais seguro dessa forma. Porém, algo inesperado aconteceu.
      Alguns dias depois de ter enviado agentes do FBI ao Japão, todos eles foram encontrados mortos ao mesmo tempo. Aquilo era, com certeza, obra do assassino. Um desafio, talvez? Não importa. Lawliet, então, decidiu se expor um pouco.
 
     Com os óbitos dos agentes, muitos policiais se demitiram com medo de perder suas vidas. Uma atitude compreensível, tendo em vista que Kira era alguém perigoso. Com isso, L viu uma oportunidade para saber quais eram os profissionais em que realmente podia confiar. Quem eram aqueles homens que, mesmo com tanto perigo, optaram por ficar e arriscar suas vidas naquilo.
     Tomou a decisão complicada de se apresentar aos 5 policiais restantes, pela primeira vez, como L.

     As investigações, ali, iniciaram-se de vez. Com a companhia de Watari e dos 5 indivíduos, Lawliet dedicara todos os dias e todas as noites revendo vídeos, lendo arquivos e obtendo informações sobre os assassinatos. Tudo para chegar ao culpado ou pelo menos ter alguma base para suspeitos. E tudo correu como planejado.

   Pelo menos até a chegada do 2º Kira.

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Intervalo de tempo: 1 ano, aproximadamente:

   Ao remover as algemas de Light Yagami, L sentia-se perdido. O jovem no qual tinha depositado toda a sua certeza, parecia não ser Kira. Além disso, Misa Amane, suspeita de ser o 2º Kira, também não se mostrava mais culpada. Nada fazia sentido. Era inexplicável como todas as provas que tinha foram contrariadas a partir do momento em que obteve o Death Note em suas mãos.
      Death note. O caderno trazido por um Shinigami, um deus da morte, para o planeta terra. A arma do assassinato em massa mais cruel que o mundo já presenciou. A droga de caderno que fez Lawliet precisar deixar Viollet na Inglaterra.

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