#11

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O almoço foi bom, sim comemos praticamente 14h, mas tava bom!. Eu passei a tarde jogando "Quem sou" com todos do acampamento. Nunca ri tanto com eles e nunca vi o professor ficar tão apreensivo para ganhar. Quem acertasse mais de três vezes em menos tempo no jogo iria ganhar um saco de marshmallow. Quem ganhou foi o filha da mãe do Fong.

Já passava das 18h e estávamos juntos perto da fogueira conversando por um tempo.

—[...]Olha... Amanhã vai começar as apresentações, lembrando que quem ficar entre os melhores vai ter indicação em qualquer Universidade que querer... —Professor fala colocando um marshmallow na boca. —E claro o wi-fi né.

—Depois disso?. —Fang pergunta.

—Vocês estariam livres para irem a qualquer área daqui. Tem um lugar perto daqui que tem areia e uma água fria que dói na alma. Deveriam conhecer. Temos mais uma semana contando com a que vem por aí. Depois vai ser só três dias. Iremos voltar antes, pois temos a formatura de vocês.

—Hum, verdade. —Falo desanimado. Foi meio difícil de engolir isso, claro que não iria ficar aqui por muito tempo. Só que passou tão rápido...

—Ano que vem estarão na faculdade. Então se animem!. —Ele diz quisesse se livrar de nós.

—Admita professor... Vai sentir saudades da gente. —Ele sorri ouvido Phuak dizendo isso.

—Vou sim... Vocês são difíceis de lidar, mas nada que uma dose de paciência e puxões de orelha não resolva.

Eu apoio meus braços no chão atrás da costa e levanto minha cabeça vendo as árvores altas que mal deixavam ver o céu escurecido e estrelado. Aqui é longe da cidade, então as estrelas são até mais nítidas. Tenho certeza que tudo que vivi aqui vai ficar na memória por um longo tempo. Sinto saudades da minha mãe já, e do Type¹... Nem tanto.

—Bom! Desejo boa sorte amanhã para vocês. Vou deitar porquê meu corpo dói. —Professor se levantou indo até a barraca dele afastada das outras.

—Tinha que ser velho né?. —Ohm diz e faz o mesmo virar.

—Rum!. Só tenho 34! Respeita!. —Ele entra na barraca fazendo bico.

—Agindo assim parece que tem 18. Que bico ridículo. —Fang fala rindo.

Ficamos falando um pouco até que um assunto veio á tona.

—Então... Tine. Se lembra de quando tínhamos que conversa sobre, bom... Você sabe. —Ohm fala se referindo ao cigarro.

—Não se preocupem. Só tive uma recaída e foi há um mês.  —Falo abrindo um pirulito.

—Só que, desde de quando você começou a fumar? E por que exatamente?. —Fong pergunta e faz eu revira os olhos.

—Estresse. Nervosismo... Só isso. Eu não fiquei viciado, eu sabia que era errado. Mas no início foi curiosidade só isso, depois...

—Depois virou costume. —Fang completa. —Fez bem você parar.

—Hum. Uhum.

O motivo foi minha mãe. Desde de quando meu tio materno ficou com câncer de pulmão por causa de cigarro minha mãe repreende com todas as forças do corpo cigarro, narguilé ou qualquer outra coisa que entre no pulmão o prejudicando.

—Ahn... Eu... Eu vou andar um pouco. Estou sentindo minha bunda ficar dormente aqui. —Levanto e saio meio sem graça.

É uma sensação muito ruim, os olhares que recebi de primeira deles foi de arrepiar. Era com se me dessem  advertência com o olhar. Ainda dei foi sorte de tê-los, com o tempo eles me fizeram, devagarinho, para de usar. Atrasei o uso do cigarro, e quando tinha estresse ou me frustrava, corria ou fazia algo que me deixasse focado para não pensar em fumar. Hum... Apesar de lembrar muito bem da sensação da fumaça entrando, não quero sentir mais.

𝐌𝐔𝐒𝐈𝐂𝐀𝐋 𝐂𝐀𝐌𝐏, 2gether × BLOnde histórias criam vida. Descubra agora