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LARISSA


Brad me convidou para nosso primeiro encontro oficial, e eu não acredito que disse sim.

Acho que realmente estou levando a sério essa história de aproveitar o tempo que temos. Continuo tendo um pouco de medo, porque às vezes me pego imaginando como vai ser quando ele for embora, mas decidi ignorar essa parte por enquanto. Brad disse que eles ainda não têm uma data certa para ir embora, então não tem como eu saber também. Então sem estresse, vai ficar tudo bem.

(O ar da insegurança pairando depois da frase)

— Eu quero ir na tal feira. Não conheço muita coisa aqui, então provavelmente é você quem vai nos levar — foi o que Brad disse quando perguntei onde iríamos. 

Os dias em que a feira estava aberta eram terça, quinta e sábado. Como já tínhamos planos para o sábado, optamos por ir na quinta-feira mesmo, no fim da tarde.

Peguei o carro da minha mãe emprestado (sim, eu não tô falando com ela mas uso o carro dela. Enfim, a hipocrisia), e busquei Brad no hotel, chegando na feira por volta das cinco e meia da tarde. Ele usava seus óculos de grau e estava vestido com uma camisa bege com finas listras pretas verticais, que estava com o primeiro botão aberto, e uma calça preta. Simples, mas lindo.

— O pôr do sol aqui é lindo — ele sorriu, apertando os olhos enquanto observava o céu alaranjado. — E você também. 

Senti minhas bochechas corarem com o elogio mais clichê da face da terra. Eu estava usando apenas uma camiseta vermelha com estampa do Mickey por dentro de um jeans rasgado e All Stars, nada demais.

— Obrigado — murmurei, sorrindo. — Vamos entrar?

Ele assentiu e entrelaçou seus dedos com os meus, enquanto entrávamos na feira quase lotada. A feira era ao ar livre, mas era toda fechada aos arredores para facilitar o funcionamento e a segurança, deixando apenas duas portas de entrada e saída. Além de ser um ótimo lugar para comprar frutas, verduras e legumes frescos, ali também tinha barraquinhas de lanche, espetinho, pastel, tapioca, crepe, sorvete e por aí vai. 

Andamos pela feira e observamos as tendas e os produtos vendidos, e eu podia sentir os olhares em nossa direção, a maioria femininos. Enquanto andávamos, expliquei para Brad o que eram algumas coisas que ele nunca tinha visto, como a carambola, que encantou Brad por causa de seu formato, e a castanha-do-pará.

— Parece uma estrela quando se corta, é tão legal! — Brad comentou, parecendo uma criança que acabou de descobrir algo maravilhoso, e eu ri.

— Sim, e é gostoso também — ri baixo, tirando uma mecha de cabelo de seu rosto. — Agora que você já conheceu tudo, vai querer comer o que?

— Tudo parece muito gostoso, mas... — ele observou ao redor. — Acho que vou querer tapioca

— O que? Não entendi. 

Tapioca — Brad repetiu, achando que eu realmente não tinha entendido, mas percebeu que eu estava fazendo de propósito quando viu meu sorriso aumentar. — Engraçadinha.

Bradley Will Simpson falando tapioca é a minha nova religião. 

Ri e puxei ele comigo até a barraca de tapioca. Pedi uma de frango com catupiry e bacon para Brad e uma de pizza (tomate, bacon, presunto, queijo e orégano) com carne seca para mim, e deixei que Brad pagasse nosso pedido, já que ele sempre fica chateado quando não deixo que ele faça.

Right Now || The VampsOnde histórias criam vida. Descubra agora