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LARISSA

Essa aqui vai ser a Emma — sorri, amarrando uma fitinha cor-de-rosa no pescoço da filhote com cuidado.

Joy havia dado à luz a treze filhotes, há exatos dezessete dias: oito fêmeas e cinco machos. O dono do pai dos filhotes vai ficar com seis dos filhotes, enquanto eu vou ficar responsável por achar um lar para sete dos treze filhotes. Mas eles ainda não estão na idade para serem desmamados, então vão ficar aqui por algum tempinho ainda.

Agora eles já não estavam mamando com tanta frequência. Hoje foi a primeira vez que eu toquei neles, já que não é recomendado tocar os filhotes quando são muito novos, a não ser que seja realmente necessário (o que não foi), por causa do risco de rejeição da mãe. Eu apenas checava a temperatura deles, trocava a água e a ração da Joy e fazia de tudo para eles ficarem confortáveis. Hoje, porém, eu estava finalmente identificando cada um por sexo. 

— E você, o último caboclo, tem um pêlo um pouco mais dourado, então pode se chamar Jace — sorri, amarrando uma fitinha azul no pescoço dele. — Sim, Jonathan Christopher Herondale, o caçador de sombras. Coisa fofa.

Até agora, tínhamos Chandler Bing, Klaus Hargreeves, Theodore Finch, Luke Hemmings e Jace Herondale de machos e Allison Argent, Emma Carstairs, Bella Swan, Blair Waldorf, Adele, Katy Perry, Elizabeth Bennet e Claire Fraser eram as fêmeas.

E como está minha menina, uh? — fiz carinho em Joy, que apenas lambia seus filhotes com afeto enquanto eles mamavam.

Estou em casa! — ouvi a voz do meu pai e pulei levemente. Que bom que Brad não pode vir hoje, senão já estávamos encrencados. — Cadê o bebê do vovô? — meu pai chamou, se referindo a Joy, que apenas abanou o rabo, deitada. Ele veio até mim e beijou minha cabeça, antes de voltar sua atenção para Joy, mais uma vez. — Que princesa mais linda desse mundo, meu Deus! — ele começou a usar aquela voz de criança que usamos com cachorros e bebês e ficou falando com ela por alguns minutos.

Podemos conversar? — minha mãe me chamou à parte, enquanto meu pai estava com a Joy.

Até me assustei. Eu não a via fazia dias, e quando a vi, ela não falou comigo. Apenas assenti, seguindo ela pelo quintal até a cozinha.

Eu... olha, eu não quero que as coisas continuem assim — ela me olhou nos olhos, e eu apenas a encarei de volta.

Ficamos em silêncio por vários segundos, até ela suspirar. 

Eu falei com o seu pai, e... me desculpe por ser tão... cabeça dura. Eu sei que a música não vai estragar seu futuro. É algo que você gosta e está dentro de você, algo que eu não posso impedir — e ela parecia sinceramente frustrada com isso. — Você tem talento e potencial, então se for isso que você realmente quer... você tem a minha permissão para isso. Por mais que eu não queira — ela respirou fundo, como se ela estivesse prestes a tomar um remédio muito amargo, e então disse algo que eu achei que nunca iria ouvir dela: — é a sua vida, e você faz o que quiser com ela. A decisão é sua e eu vou te apoiar, independente de qual for a sua escolha.

Eu juro que senti meu queixo raspar no meu pé, de tanto que eu estava chocada em ouvir aquilo. Vários sentimentos começaram a borbulhar dentro de mim, e eu não sabia qual deles era mais forte: felicidade, por finalmente ser livre, ou a vontade de ir na faculdade e desistir do curso, ou então a vontade de compartilhar isso com Brad e a galera.

Right Now || The VampsOnde histórias criam vida. Descubra agora