Capítulo 12

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Simon

   Arqueei uma sobrancelha, ainda no aguardo pelas explicações de Elizabeth.

    — Então...? Sobre o quê a carta falava? O que você queria dizer á mim, que era tão importante assim para ser dito numa carta e não pessoalmente?

Annabeth e Lilianna dirigiram seus olhares para sua irmã caçula, que por sua vez, piscava e engolia em seco, nervosamente.

     — Bem, eu... — começou ela —, era uma carta de... — mordeu o lábio inferior —, am...

Antes que ela terminasse sua frase, fomos interrompidos por o som de uma porta abrindo-se abruptamente, fazendo um estrondo.

Annabeth e Lilianna arregalaram os olhos, fitando à algo atrás de mim.

Observei o rosto de Elizabeth, que parecia-me... aliviado...?

    — Elizabeth Marie Riggs...! — disse a voz atrás de mim —, que história é essa de você ter saído de casa sem dar explicação alguma?! 

Ao virar-me, visualizei Laura Riggs, com as mãos sob a cintura, esbanjando raiva.

Elizabeth desvencilhou-se de suas irmãs e caminhou lentamente, até ficar diante de sua mãe.

    — Bom dia para você também, mamãe... — disse Elizabeth, sarcástica.

Laura bateu um dos pés e cruzou os braços, ainda esperando pela resposta de sua filha.

Elizabeth bufou.

    — Eu tinha assuntos à resolver, mamãe.

Laura arqueou uma sobrancelha.

    — E que assunto seria este?

Elizabeth mordeu o lábio inferior, no que presumi ser indecisão.

Afinal, pelo que havia ouvido, ela teria vindo justamente aceitar a proposta de casamento de Christian, e todos sabiam, o quanto Laura Riggs desejava ver as três filhas casadas. Certamente, assim que Elizabeth revelasse sobre sua recusa ao pedido de Christian, Laura a repreenderia fervorosamente.

    — Apenas um mal entendido. — atrevi-me à dizer.

Os olhos de Laura desviaram-se de sua filha, para mim, fazendo uma careta assim que identificaram-me.

De soslaio, percebi Elizabeth observar-me com um fraco sorriso formando-se pelos cantos seus lábios.

Laura suspirou.

    — Apenas avise-me antes de sair novamente! Quase matou à mim e seu pai de preocupação.

Elizabeth assentiu.

    — Desculpe, mamãe.

Lilianna pigarreou, intervindo no clima tenso que já formava-se ali.

    — Tia Laura, por quê não permanece para o jantar? Será um prazer servi-la.

Laura abriu um sorriso.

    — Bom, já que insistes tanto, permanecerei.

Annabeth levantou-se da poltrona, quase desequilibrando-se ao fazê-lo.

    — Chame papai também, por favor... Sinto tanto a falta dele.

Laura aproximou-se de sua filha, com olhos piedosos.
   
     — Oh, querida! Eu sei! Entendo-a perfeitamente! Seu pai está trabalhando tanto ultimamente...

Perdi a concentração na conversa, assim que notei Elizabeth diante de mim.

Ela deu um sorriso e inclinou-se, de modo à sussurrar em meu ouvido:

Sempre foi você - Irmãs Riggs 03Onde histórias criam vida. Descubra agora