Sempre foi você - Irmãs Riggs 03

Epílogo I

Simon

02 anos depois...

Aquela altura de minha vida, já havia apresentado-me em milhares de consertos, para milhares de pessoas, mas em nenhum deles, fui capaz de sentir tamanho nervosismo como sentia agora.

Nada comparava-se à estar ali, cercado de todas as pessoas que conhecia e amava, em pleno altar...

Passei os olhos por cada centímetro daquela capela, observando a quantidade de pessoas ali presentes.

Depois de 02 anos, Elizabeth Riggs finalmente havia dito-me sim e bem... Cá estava eu, plantado no altar à sua espera.

Ouvi a risada familiar de Harry à meu lado.

- Acalme-se Simon, parece que estás prestes à passar mal.

Olhei para ele.

- E irei, se ela não chegar logo!

Ele riu.

- Não se preocupe, as noivas parecem ter esta " tradição" de chegar atrasadas no altar.

Bufei.

Desviei os olhos para meus irmãos e primos, que corriam alegremente ao redor dos assentos da igreja.

Annabeth surgiu da porta, repreendendo cada uma daquelas crianças e pondo-as em seus respectivos lugares.

Amélia estava sentada exatamente ao lado de seu marido. Assim como Lilianna e Laura, lágrimas também dispunhavam de seus olhos.

De repente, o som inconfundível do violino de Edward começou a tocar, indicando a chegada de minha noiva.

Olhei imediatamente para frente e a porta abriu-se, revelando Elizabeth.

Ela usava um vestido branco simples, com um buquê de orquídeas sob suas mãos. Seus cabelos estavam presos em uma trança, que descia ao redor de seu pescoço.

Estava linda...

Nossos olhares se encontraram à medida em que ela caminhava em minha direção, no altar.

Assim que pôs-se à meu lado, um sorriso sereno e belo passou por seus lábios, enaltecendo ainda mais a sua beleza.

Ela uniu suas mãos às minhas, e erguendo o olhar, pude perceber Laura e Lilianna aos prantos, apoiadas por seus maridos. Edmund sorriu, enquanto Edward lançou-me uma piscadela.

Voltei a atenção para Elizabeth.

Certamente, o padre já deveria estar falando, mas sendo totalmente sincero, nenhuma de suas palavras fora capaz de chamar a minha atenção. Meus olhos e meus pensamentos, estavam todos absortos na mulher á minha frente. Em minha Elizabeth...

O sentimento parecia recíproco, já que os olhos dela também estavam cravados em mim. Beijei suas mãos, sem perder por um segundo sequer, o contato visual.

- Eu te amo... - sibilei e ela sorriu.

- Eu também te amo...

Não sei ao certo por quanto tempo permanecemos apenas fitando-nos, mas sei que finalmente o padre proferiu as seguintes palavras:

- Pode beijar a noiva.

Virei-me para ela, tocando seu rosto. O semblante dela era de completa felicidade.

Inclinei-me e fiz exatamente o que o padre pediu; uni nossos lábios, selando nosso matrimônio e vida juntos.

Ainda que já tivesse perdido a conta de quantos beijos havíamos compartilhado, a sensação de ter seus lábios nos meus era sempre a mesma; o sentimento de pertencimento e prazer.

Porque era exatamente isto o que acontecia conosco: pertenciamos um ao outro, de alma e coração.

Recuei um passo, separando nossos lábios e ela voltou a tocar meu rosto.

- Sempre foi você, Simon Laurence...

Sorri.

- Ainda que eu não soubesse, sempre pertencemos um ao outro. - beijei suas mãos -, e assim seguiremos: unidos e completos.

Ela assentiu, chorando.

- Para sempre...

- Para sempre...

E assim fomos recebidos: em meio à aplausos e lágrimas por cada uma das pessoas que amávamos e conhecíamos.

Agora eu e ela, jaziamos do mesmo sobrenome e da mesma vida...

Éramos Simon e Elizabeth, duas almas separadas pelo destino e unidas pelo amor...