A noite...

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Guinevere

(Já é noite... E eu aqui pensando em hoje mais cedo. O Dylan foi fantástico... Ahh... Como eu queria ama-lo; mas não sei, eu gosto muito dele, mas sinto que para ele não é o suficiente. Ahhhh...).

--- Gui?... -Gritou minha mãe adentrando em casa.

(Sai do quarto e desci as escadas para ir ao seu encontro).

--- Oi mãe.

--- Como estão as coisas? -Perguntou ela colocando suas coisas em cima da mesa...

--- Bem... Nada de diferente; fui ao mercado e de lá vim direto pra casa mesmo. (Nem em sonho eu poderia contar pra minha mãe sobre o dia de hoje... Que um doido quase passou por cima de mim com o carro e ainda me seguiu até em casa... Se bem que... Suspirei... Enfim, e tem o Dylan também... Ahh como foi maravilhoso...).

--- O que temos para para o jantar? Filha, estou faminta, hoje o dia foi puxado. -Perguntou ela se dirigindo ao banheiro.

--- Strogonoff de frango, não é por nada não mãe, mas está uma delícia.

--- Eu imagino... E o Camilo? Ainda não chegou? -Perguntou ela sobre o meu padrasto.

--- Não mãe... Ainda não...

--- Bem... Então, vou me aprontar, para quando ele chegar podermos jantar. -Disse ela.

(Conscenti com a cabeça...).

Arthur

(Não sou muito de beber, mas as vezes é preciso para esfriar a cabeça... É um barzinho até que legal, costuma a ser bem frequentado, toca umas músicas bacanas e tals, me lembra bastante meu tempo de mocidade...).

--- Boa noite. Está só? - Perguntou uma moça bem charmosa e atraente se aproximando do balcão onde eu estava.

--- Boa noite... Bem, estou... E prefiro permanecer assim... (Não que eu não quisesse uma companhia, mas por hora eu quero ficar apenas com os meus pensamentos).

--- Que pena. -Resmungou a moça e saiu.

(Depois de alguns minutos...).

--- Ahh... Me vê uma tequila bem forte, com sal e limão por favor. -Pediu um rapaz que se sentou ao meu lado no balcão.

--- Aqui está. -Entregou o atendente.

(O vi misturar tudo aquilo e tomar em uma só golada... Devia estar afogando as mágoas).

--- Você já se apaixonou?! -Perguntou ele se virando para mim.

(O olhei de cima á baixo, mas não dei ligância, afinal não estava afim de ser ombro amigo de ninguém).

--- Pois eu estou completamente apaixonado por uma mulher que não pode ser minha, quero dizer, entre aspas né... -Disse ele.

(Consegui perceber seu sorriso malicioso quando falou isso... Bem, eu não ia ficar ali ouvindo baboseiras de um cara alucinado).

--- A conta por favor... -Pedi ao atendente do balcão. (Se esticou para me entregar... Olhei para a cara do sujeito que permanecia ali...).

--- Com licença...

--- Toda... -Respondeu ele.

(Me levantei... Sai do bar, entrei no carro e fui para casa).

Guinevere

--- Mãe... Vamos jantar. Você não disse que estava faminta?!

--- Não vou comer sem que o Camilo chegue. -Disse ela olhando o celular.

--- Mãe, já é tarde... Ele deve ter ficado no serviço, no trânsito...

--- O pior é que ele não atende o celular. -Suspirou ela.

(Me parte o coração ver minha mãe aflita).

--- Bem... Vou dormir...

--- Como você é insensível Guinevere, eu aqui morrendo de preocupação com o Camilo, e vc nem aí... Está pouco se lixando. -Disse ela num tom "julgador".

--- O que?!

--- O que ele fez pra você ser tão rude com ele? Ele sempre quis o seu bem.

(Suspirei de raiva, mas não ia discutir com minha mãe por causa daquele calhorda). --- Eu estou indo dormir, se a senhora quiser ficar aí esperando por ele... Sinta-se a vontade... Boa noite.

(Dei as costas, e fui para o meu quarto, não ia ficar ouvindo desaforo por um homem que não valia o gasto da saliva).

Arthur

(Enfim... Casa).

--- Ufa, que dia puxado hoje... Fortes emoções... (Sorri, enquanto me dirigia ao banheiro).

--- Nada melhor que tomar uma ducha bem quente agora, para dar aquela relaxada, antes de deitar... (De repente, surgiu a Gui em meus pensamentos).

--- O que será que ela esta fazendo agora?! Ela estava tão linda hoje... Bem, tirando a parte que eu quase a atropelei. (Risos). Menina maluca.

(Desliguei o chuveiro, enrolei a toalha na cintura, e fui na cozinha fazer algo para comer... Hoje eu não posso dormir tão tarde, pois amanhã entro para trabalhar de manhã...).

--- Pelo menos agora sei onde ela mora... Ficará mais fácil para eu me aproximar, já é o meu caminho de casa mesmo... Amanhã falarei com ela novamente... Quero muito...

TriânguloOnde histórias criam vida. Descubra agora