memórias : nada deve ser esquecido. Vol 1.

capítulo 4

Benjamin

Eu sempre fui sozinho, nunca precisei de ninguém pra ser feliz...

Bom era o que eu desejava, eu perdi minha família em um acidente de carro. Foi um momento muito estúpido na verdade. Eles estavam ruins de memória, apenas eu me lembrava de tudo e do nada todos se lembraram. Eu fiquei tão feliz, eu finalmente era alguém. Decidimos andar de carro, meu pai, eu, minha mãe e minha irmãzinha de seis anos, estávamos indo bem, até minha irmã olhar pra mim e gritar, ela havia se esquecido, meu pai entrou em desespero por que não se lembrava de como dirigia, minha mãe estava em desespero por não saber o próprio nome. O carro perdeu o controle e caiu na água, ninguém conseguiu sair, tentei salvar eles, mas eu não consegui. Perdi todos naquele dia, vaguei sozinho pelas ruas por muito tempo, mas me lembrei de meu avô, que também se lembrava ele poderia ajudar, meu avó killen era muito bom. Levei dias para chegar lá, eu estava com fome, com frio e estava sujo. Cheguei à casa de meu avô. Era um lugar enorme, cheio de cores, em um mundo tão cinza a casa dele era deslumbrante! Bati na porta três vezes, ele logo abriu, ele estava velho, mas seu rosto e animo eram de puro vigor.

- Bom dia, o senhor precisa me ajudar, por favor! - ele me olhou preocupado e fez sinal para que eu entrasse me buscou uma coberta me deu comida e então perguntou

- O que aconteceu Ben? Onde estão seus pais?

- Eu não sei o que aconteceu, eles perderam a memoria e então lembraram e quando estávamos no carro esqueceram de tudo novamente e isso fez com que o carro caísse na água. Eu juro que tentei ajudar, mas não tinha como!

- Tudo bem! Você vai ficar bem! Tudo ficará bem novamente!-ele disse passando a mão em meus ombros.

Ele não parava em casa quase nenhum dia, as semanas se passavam e menos coisas eu lembrava, já não me lembrava de onde eu morava como eu tinha ido parar ali a cada dia que se passava mais coisas iam sumindo, um dia meu avô tinha ficado em casa! Eu fui até seu escritório e devagar tentei espionar, nada estranho para um jovem de 18 anos, eu era curioso, não havia problemas nisso, não é?

- Ora Ben, saia de trás da porta, eu já vi que está ai- eu dei um sorriso sem graça e entrei na sala, ele estava sentado à mesa e uma mulher estava na cadeira de frente pra ele, os cabelos completamente vermelhos, Samantha. Olhei por todo lado e em cima da mesa, havia quatro seringas grandes, cheias de sangue, o que era aquilo?

- Você vai fazer o que com todo esse sangue? Oh não, meu avô é um sanguessuga- eu ri, eu via graça em coisas sem graça, já bastava o mundo ser sem graça, as coisas poderiam ter certa graça em tudo.

- Você me mata de rir! Sua cota comigo já acabou!- ele falou serio e fez sinal para os guardas, senti uma dor forte na cabeça e tudo apagou, quando acordei minha cabeça latejava, eu estava em um lugar escuro, logo a luz se acendeu, e meu avô apareceu.

- Você já amou Benjamin?- que raio de pergunta era aquela? - responda Benjamin- ele gritou

- Não!- eu gritei em resposta.

- É algo decepcionante, sabia? Certa vez eu me apaixonei, confiei a minha vida, e ela me abandonou o nome dela era Maria, ela era tão linda, mas ela me traiu pelas costas, ela me deixou pra morrer, então finalmente uma luz, me salvaram, e eu não sabia o quão incrível era roubar memórias! - mas do que ele estava falando?

-E eu sei que você é um deles, eles vão vir te buscar. E você vai fazer com que confiem em você e então você vai trazer todos os objetos pra mim, certo?

- Eu não sei do que você está falando!- eu gritei pra ele, ele era idiota? Era psicopata? Desde quando ele era assim?

- Você vai fazer o que eu mandei ou não?- ele perguntou serio