7 - Quem é você?

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Mari: —Então você trabalha com moda? Que interessante...nunca poderia imaginar...

Adrien: —Sim, eu nasci nesse meio...não tive muita escolha -  disse abrindo uma garrafa de vinho

Mari: — Mas você não gosta? Eu sou apaixonada por moda. Estou fazendo curso de design na faculdade Francoise Duppon e pretendo ser uma estilista tão famosa quanto Gabriel Agreste -falou inocentemente

Adrien:— Meu pai ficaria lisonjeado...- disse sorrindo

Mari:— Seu pai?

Adrien:— Você não sabe mesmo quem eu sou, Marinette? Pode mesmo ser tão desligada assim?

Mari: —Não entendi...

Adrien: — Meu nome é Adrien Agreste, Marinette...sou filho do Gabriel Agreste.

   Mari deu um pulo pra trás que quase caiu da cadeira...estava congelada, pasma! Como ela não o reconheceu? Já o tinha visto em capas de revista, em varias matérias com Gabriel...agora tudo fazia sentido: o bom gosto, as roupas, o fato de não querer outras mulheres como acompanhante...

   Mari ficou em silêncio. Adrien a chamava, mas parecia que estava em órbita. Até que ele tocou em sua mão e a trouxe se volta pra realidade.

Adrien: —Tá tudo bem Marinette?

Mari:—Sim, claro. Desculpe. Eu jamais poderia imaginar que você era você...não sei porque...eu acompanho o trabalho do seu pai há anos, ele é meu ídolo, minha inspiração...como não reconheci você?

Adrien: —Eu realmente estranhei, não estou acostumado a ser anônimo e confesso que foi uma experiência, digamos, interessante...espero que nada mude no nosso acordo

Mari:— Não se preocupe, nada vai mudar. Segunda feira eu saio da sua vida e provavelmente nunca mais vamos nos ver.

   Aquelas palavras incomodaram Adrien. Nunca mais vamos nos ver...por que isso parecia tão ruim? Já estava tarde e decidiram que iriam dormir. Marinette pegou a bolsinha que estava com os pijamas e foi pro banheiro, mas quando abriu...

Mari: —Não, não, não...não pode ser...não acredito nisso...

   Adrien estranhou e perguntou se estava tudo bem.

Mari: —Não, não está nada bem, nada bem...

Adrien: —O que houve Marinete? Qual o problema?

Mari: — Eu comprei pijamas hoje a tarde, mas parece que a vendedora colocou as roupas erradas na minha bolsa. Não posso dormir assim...

Adrien: —Qual o problema? Não são do seu tamanho?

Mari: —São sim, mas não são roupas apropriadas!

   Mari coloca o babydoll de seda rosé e veste um roupão por cima. Toma coragem e sai do banheiro.

Adrien: — Ué? Ontem vc falou que dormir de roupão seria desconfortável

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Adrien: — Ué? Ontem vc falou que dormir de roupão seria desconfortável...mudou de ideia?

Mari:— Não...é porque o pijama que veio não foi o que pedi...e estou com vergonha de dormir assim ao seu lado.

Adrien: —Por que? Por acaso é um pijama de joaninha? *disse rindo* deixa de ser boba, pode dormir de qualquer jeito...prometo que não vou rir...

Mari: —Tudo bem então, só quero que saiba que não foi isso que pedi, não era essa a minha intenção...

   Mari tira o roupão e Adrien perde o fôlego. Seu corpo todo queimou por dentro. Sentiu um calor, seu rosto ficou vermelho, não conseguia disfarçar...

Mari:—Tá tudo bem, Adrien? Você está vermelho!

   Adrien fez um enorme esforço para se recompor.

Adrien:— Sim, está tudo bem. Deve ter sido o vinho. Acho que preciso de outro banho, mas dessa vez bem frio...

   Saiu apressadamente do quarto e foi para o chuveiro. Entrou debaixo da ducha gelada, mas não conseguia tirar aquela imagem da cabeça. Como podia ser tão linda, tão perfeita? Como podia ser inteligente, divertida, educada e altruísta tudo ao mesmo tempo e ainda por cima linda e gostosa daquele jeito? Calma, Adrien...você não pode se apaixonar de novo, você não vai aguentar sofrer tudo aquilo outra vez...ela é só uma mulher bonita e atraente, você já viu muitas assim...mantenha o foco no seu negócio porque é por isso que você está em Paris...Adrien saiu do chuveiro, colocou seu pijama e voltou para o quarto. Marinette já estava dormindo no seu cantinho, então ele se deitou em silêncio para não acordar a mestiça. Enquanto olhava pra ela aqueles pensamentos perturbadores voltavam a sua mente. Esquece isso Adrien - pensou - e logo fechou os olhos para tentar dormir.

Nosso amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora