16 - Me apaixonei por você

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Mari:— O quê?- perguntou assustada

Adrien:— Eu me apaixonei por você, Marinette. Por tudo que você é, por dentro e por fora. Nunca senti algo assim em toda a minha vida, por ninguém. Custei a entender o que esse sentimento significava, isso é algo totalmente novo para mim. Mas tive certeza absoluta que te amo quando vi o Luka em cima de você e eu só conseguia pensar que eu seria capaz de matá-lo se ele tivesse lhe feito algum mal.

   Marinette estava sem palavras. Seu coração acelerava, seu rosto esquentava e seus olhos começaram a embaçar...

Adrien:— Eu sei que tudo isso é muito repentino e entendo que você não corresponda aos meus sentimentos. Mas eu queria ter a chance de te fazer feliz. Eu quero te proteger, te cuidar, te mimar...quero mais picnics, mais idas ao mercado, dormir abraçado e acordar vendo seu rosto. Quero você ao meu lado, Marinette, todo o tempo que a gente puder...

   Marinette deixou cair uma lágrima.

Adrien:— Você está chorando? Tá sentindo dor? O que houve? Eu disse algo ruim?

Mari:— Seu bobo...estou chorando porque essas foram as palavras mais lindas que já ouvi na vida! E porque eu também te amo a achei que ia ter que sufocar esse sentimento dentro de mim quando você fosse embora...

   Então os dois se beijaram. Não um beijo de desafio, nem um beijo embriagado ou  interrompido...foi um beijo apaixonado, completo, cheio de carinho...um beijo esperado e desejado por ambos. Adrien a abraçou e sussurrou em seu ouvido:

Adrien:— Hoje é o dia mais feliz da minha vida!

Mari:— Hum...acho que posso deixá-lo ainda melhor...-sorriu

Adrien:— O que está querendo dizer com isso, senhorita? -riu maliciosamente

Mari:— Não pense besteiras, senhor Agreste...só ia lhe oferecer uma fatia de torta de maracujá...-riu

Adrien:— Você lembrou de trazer pra mim?

Mari:— Claro, se comprei pensando em você, como não lembraria?

    Mari pegou a torta no frigobar e deu a Adrien.

Adrien: — É, com certeza vou ter que comer essa torta mais vezes!

   Marinette sorriu! Ele parecia criança quando ganha pirulito!

Mari:— Vou tomar um banho.

Adrien:— Ótimo, por que não damos uma volta depois? Podemos ir tomar um sorvete...

Mari:— Agora você falou as palavras mágicas!- apressou-se a entrar no banho

Adrien:— Vai , fominha, depois vou eu.

   Ela entrou no chuveiro e Adrien terminou sua torta. Ela acabou o banho e foi a vez dele. Enquanto ele banhava, ela se arrumou e maquiou para disfarçar o rosto machucado. Terminaram de se arrumar e estavam quase saindo quando Marinette voltou para pegar o boné para Adrien.

Mari:— Já ia esquecendo seu disfarce *riu

Adrien:— Não preciso mais de  disfarce. Quero que todos saibam que Adrien Agreste agora é um homem comprometido e apaixonado.

Mari:— Comprometido? -perguntou surpresa

Adrien:— Pois sim, não estamos comprometidos?

Mari:— Eu não sei. Vc não me fez a pergunta...-riu cinicamente

Adrien:— Ah, é? Pois então vamos lá: Marinette Dupain Cheng, você aceita ser minha namorada?

   Marinette riu e abraçou o loiro.

Mari:— É claro que eu aceito, seu bobo - disse isso e deu um beijo em sua bochecha.

Adrien:— Pois então vamos logo que eu estou precisando de um sorvete para me esfriar...

   E os dois desceram e foram caminhando de mãos dadas até a Pont des Art. Marinette procurava André, o sorveteiro dos apaixonados.

Adrien:— O que você está procurando?

Mari:— O André.

Adrien:— Quem é André?

Mari:— O sorveteiro dos apaixonados.

Adrien: — Como assim?

Mari:— Tem uma lenda aqui em Paris. O casal que toma junto o sorvete do André, fica junto para sempre. Mas ele não tem um ponto fixo. Cada dia ele fica num lugar e a gente tem que tentar achar ele pelas fotos que as pessoas colocam na internet - disse mexendo no celular- Estou vendo aqui uma foto postada há 5 minutos e ele estava na ponte. Tomara que ele ainda esteja lá.

Adrien:— E como você sabe disso tudo?

Mari:— Vim aqui uma vez com Alya e Nino.

Adrien:— E você tomou sorvete com quem?- perguntou enciumado

Mari riu:— Com ninguém. Eu não quis tomar sorvete, não quis gastar a minha sorte. Vai que a lenda é verdadeira...

Adrien:— E vai querer tomar comigo?

Mari:— Se essa lenda me fizer ficar junto de alguém para sempre, quero que seja com você!

    Adrien parou de andar e puxou a azulada para um beijo! Ela correspondeu mas logo se deu conta de que estavam no meio da rua!

Mari:— Adrien, estamos na rua! Vamos deixar isso pra mais tarde...

Adrien:— Oba! Isso é uma proposta ou uma promessa?-sorriu

Mari:— Espere e verá!

    Acharam o sorveteiro e pediram o sorvete. Era o sorveteiro quem escolhia os sabores.

André:— Oh, que casal mais bonito e apaixonado, sugiro menta e amora, para os novos namorados!

Mari: — Nossa, André, como adivinhou que menta é meu sabor preferido?

Adrien:— E eu amo sorvete de amora, mas é tão difícil de encontrar...

André:— Basta sentir, não fiquem intrigados. O destino quis assim, estava escrito, marcado. Era pra ser vocês dois, sempre estiveram conectados. Minha função é só servir aos corações enamorados!

    Eles pegaram o sorvete e caminharam até uma praça. De lá dava pra ver ao fundo a torre Eiffel. Já estava escurecendo e as luzes estavam acesas. Era uma paisagem linda.

Mari:—Acredita que nunca subi na torre Eiffel?Adrien:— Pois eu nunca vou subir!Mari: —Deve-se ter uma vista maravilhosa lá de cima

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Mari:—Acredita que nunca subi na torre Eiffel?

Adrien:— Pois eu nunca vou subir!

Mari: —Deve-se ter uma vista maravilhosa lá de cima.

Adrien:— Não acho. Pra mim a vista mais maravilhosa está bem aqui diante dos meus olhos...

Mari sorriu:—Assim vc me deixa sem graça...

Adrien:— Pois vá se acostumando -riu

Mari:— E como ficou o negócio da padaria?

Adrien:— No final, deu tudo certo. Resumindo, lembra o mercadinho que nós fomos? Então, o dono colocou à venda. Comprei o imóvel e vou transferir a padaria pra lá.

Mari:— Nossa, que incrível! Mas isso vai te custar um dinheirão!

Adrien:— Digamos que vai ser um investimento pro futuro...-piscou

Mari:— Então deve ser por isso que o Luka estava furioso...

Adrien:— Ele ainda nem sabe disso. Ficou furioso porque eu coloquei uma cláusula no contrato de compra e venda que, caso a padaria não fosse mantida com seus funcionários, haveria uma multa a ser paga no valor do imóvel.

Mari:— E por que você decidiu fazer isso?

Adrien:— Conheço bem o Luka. Só a minha palavra naquele negócio não ia valer muito. Com certeza ele ia dar um jeito de passar por cima e colocar a padaria no chão.

Mari:— E é esse tipo de pessoa que você tem como amigo? Tá precisando rever suas amizades...-riu

Adrien:— Ele não era assim. Luka sempre foi um cara do bem, um bom amigo. E o meu único amigo por muito tempo. Mas os anos e a Agreste o deixaram ganancioso. Talvez a convivência com o meu pai. Uma vez cheguei a ouvir de Gabriel Agreste que Luka parecia mais ser filho dele do que eu. Agora entendo o por quê...-disse triste

Mari:— Pois não precisa mais ficar assim -segurou a mão do loiro- agora você tem a mim, a Alya e o Nino. Somos seus amigos verdadeiros. Nunca mais você vai estar sozinho!

Adrien:— Não sei como consegui viver até hoje sem você, Marinette - beijou a azulada

Mari:— Por falar em amigos, a Alya perguntou se eu posso ir amanhã de manhã lá pra ajudar ela a tirar a geladeira velha e arrumar a nova. Teremos algum compromisso amanhã de manhã?

Adrien:— Não, tudo bem, pode ir. Precisa da minha ajuda?

Mari:— Obrigada, mas não precisa. A nossa tem rodinha, é só empurrar para o corredor e deixar na porta do vizinho até o homem do ferro velho ir buscar.

Adrien:— Deixar na porta do vizinho? Ele não vai gostar disso - riu

Mari:—Não tem vizinho, o apartamento está vazio à venda. A Alya está com a chave para mostrar, caso alguém queira ver. É um apartamento bonito, tá reformado. E é maior que o nosso, porque é de frente pra rua. Tem uma boa sacada com vista pro parque e uma varanda particular no telhado. Nem te mostrei a nossa, né?

Adrien:— Não tem problema, acho que eu não ia gostar mesmo - riu

Mari:— De onde vem o seu medo de altura?

Adrien:— Quando nos mudamos para Nova York, eu fiz uns amiguinhos em um parque onde a minha mãe me levava para brincar. Eu tinha 5 anos e era meio "bobo". Eles fizeram uma aposta pra ver quem subia mais alto em uma árvore. Eu acho que desde pequeno eu já não gostava de perder, porque eu topei o desafio e ganhei. Só que eu fui muito alto e depois não consegui descer. Eles saíram correndo e eu fiquei lá um tempão até minha mãe me achar. Ela teve que chamar os bombeiros pra me tirarem de lá e depois desse dia passei a ter um certo "medo" de altura.

Mari:— Nossa, que crianças malvadinhas!

Adrien:— Minha mãe passou a me "superproteger" e eu não fui pra escola, só estudava em casa. Fiz aulas de piano, artes marciais, esgrima, natação e  falo cinco idiomas. Tudo isso estudando em casa. Acho que criei na minha cabeça a ideia de que todo amigo que eu tivesse iria me sacanear. Até conhecer o Luka na faculdade. Ele foi o primeiro a se aproximar de mim e conseguir ficar. Por isso eu o tinha em grande consideração.

Mari:— Não quero que você rompa sua amizade com ele por minha causa.

Adrien:— Vamos ver como ele vai agir depois disso tudo. Se ele se desculpar com você, quem sabe eu o perdoe...

   Eles terminaram o sorvete e voltaram para o Hotel.

Nosso amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora