Capítulo 08: A verdade tem seu preço

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Se você está apenas deixando fluir pare

Não é como se isso fosse evoluir

E você finge que não sabe

A verdade dói?

Nada dói mais do que suas promessas

Que como você desapareceram sem aviso

Eu me pergunto se vou superar isso

E muitas vezes acho que não

Ouvindo músicas depressivas

Enquanto o mundo dá suas voltas...

Eu te guardei no fundo do meu peito

E mesmo agora não sinto ódio

Todo o mal que me causou

Você causou a si mesmo

Eu renasci das cinzas

Você morreu nelas...

Quem venceu a guerra?

Será que houve vencedor?


 " Apenas um perdedor, solitário

Um idiota carregado de mágoas

Um covarde que finge ser forte

Olhando no espelho tudo que vejo é um..."

LOSER-Big Bang


A imagem de desbloqueio é uma ilusão.

Muito amor. Muita dor. Parece que não dá pra separar os dois. Meu coração está rasgado, mas de uma forma que eu desconhecia. Eu achei que tudo ficaria bem, talvez se eu fechasse os olhos, tudo o que eu via não passaria de uma mentira estúpida. Mas, no fundo eu já sabia... Não concretamente, mas eu esperava.

A história em que o fim vem antes do começo.

O Sol nunca foi a minha luz. O meu sol morreu a muito tempo e se transformou na escuridão.

Mas, eu queria esconder. Queria varrer para debaixo do pano as nossas diferenças. Queria pegar um trator e passar por cima dos nossos erros.

Queria que parasse de chover dos meus olhos naquela noite.

E de repente agora eu me lembro tão bem. De tudo. Mas, eu soube no mesmo momento o porquê eu havia esquecido.

Era porque doía. Ver aquelas lembranças se repetindo era como enfiar o dedo em uma ferida profunda...

São muitas emoções correndo por meu corpo, e não consigo controlar.

"Então está chovendo, está chovendo dos meus olhos, está chovendo nas minhas memórias. Mais uma vez eu não posso ver nada, não por causa da luz, mas por causa da escuridão. A noite sem luz. Sem lua, sem estrelas.

O meu sol envolto em trevas desapareceu na noite escura. Posso escutar seus passos correndo, o som ficando distante. Sua voz desapareceu.

Eu corro sem direção na chuva, com meus olhos chovendo e embaçando tudo. Eu corro para onde você não está. Eu tropeço e caio pela rua pela qual você não tornará a passar.

Eu grito para o céu negro, para a estrada vazia sem carros, para as casas de luzes apagadas – ou sei lá para o que a noite esconde de meus olhos.

O último som. Posso jurar que chorei tanto que poderia ter enchido uma poça da água. Mas, não me pergunte o que aconteceu.

Eu apenas me lembro da dor devastadora de quando o sol desapareceu, e que algo dentro de mim sabia que seria para sempre, eu não o veria mais, eu não o tocaria mais, ele não poderia mais ser meu. Ele não voltaria para mim"

Depois do Sol se PôrOnde histórias criam vida. Descubra agora