•RIVAIS•

Capítulo 24

Chegamos no apartamento em horário recorde, Victor tinha trago a gente já que estávamos com criança e seria perigoso pegar Uber já escurecendo, além do que, nos trazer aqui não atrapalharia ele.

Decidimos assistir um filme de Princesas da Disney.
Coloquei Bela e a Fera pela milésima vez, eu amava e viciei a garotinha no filme junto comigo. Já sentia sono e a Vitória na mesma, mas ela não podia dormir tão cedo ou ficaria acordada durante toda a madrugada.

Estávamos na sala, o sofá era enorme e muito confortável, eu estava com a cabeça apoiada no ombro de Gabriel e com Vitória deitada na minha frente.

Levantei a cabeça pra olhar pra ele e o bonito nem percebeu, estava muito concentrado no filme junto com a garotinha, quando ele sentiu que eu tava encarando, ele desviou o olhar da TV e me olhou.

- Que foi?

- Tá com fome? - Pergunto e ele confirma que sim com a cabeça. - Quer pedir McDonald's?

- Bora, mas hoje é o último dia. - Ele fala e eu olho pra ele segurando a risada. - Tô falando sério, cara. Vou parar de comer besteira.

- Acredito em você, bebê.

- Chamou de bebê tem que botar pra mamar, tu sabe né? - Ele fala me zoando e eu sinto vergonha na hora, olho pra Vitória que nem moveu os olhos da televisão.

- Se manca, Gabriel. - Respondo e dou um tapa leve em seu braço, ele me olha debochado.

- Tá ligada que o pai não deixa a desejar.

- Totoya, você quer comer hambúrguer? - Chamo a atenção da garota pra mim, ignorando Gabriel.

- Quero! quero sorvetinho também. - Ela se anima, criança ama comer besteira.

Peço o lanche pelo app e espero pela confirmação do pedido, quando a mesma chega, largo o celular e volto minha atenção pra TV.

Tava na cena que a Fera começava a se apaixonar pela Bela, chega dava pena do bichinho, mas ele merecia.

- Isso aí é o que tua prima faz comigo, Vitória. Ela só me maltrata. - Gabriel fala e Vitória começa a rir, reviro os olhos e prendo um sorriso.

- Posso te contar um segredo? - Ela pergunta pra Bak que afirma com a cabeça, indicando que ela podia.

Ela levanta, vai até o ouvido dele e fala alguma coisa que eu não consigo escutar, Gabriel apenas dá um sorriso enorme e responde: É o que eu quero.

Peço para os dois me contar o segredinho, mas eles negam e nem me dão bola, fico curiosa o resto do filme todo.

Os lanches chegam assim que o filme acaba, ficamos comendo e fazendo palhaçadas pra fazer Vitória rir, ela estava bem mais calma que o normal, provavelmente era efeito do sono, ela já começava a bocejar.

- Vamos dormir? - Pergunto pra Vitória assim que ela acaba de comer, a levo até o banheiro pra escovar os dentes e faço o mesmo, aviso a Gabriel que vou colocar ela pra dormir quando o mesmo passa por mim pra escovar os dentes também.

Deito Vitória em sua cama no quarto que ela tinha no apartamento, faço um cafuné nela enquanto sua respiração vai ficando mais calma, a menina não leva nem 5 minutos pra dormir, o que me tranquiliza.

Vou pra sala e encontro Bak mexendo no celular, já deitado no sofá e com uma carinha de sono.

- Vamo pro outro quarto, você tá quase dormindo aí. - Ele levanta e me segue até a porta ao lado do quarto que a menina estava.

O terceiro quarto que tinha aqui era meu, mas estava apenas com coisas básicas e alguma roupas.

Quando acho uma tomada próxima a cama, conecto meu celular ao carregador e aviso a minha tia que Vitória já dormia.

Olho pra cama e Gabriel já está esparramado nela com os braços abertos e os olhos fechados, solto um sorriso e ligo o ar condicionado, me jogo ao seu lado e o mesmo abre os olhos virando de lado pra me olhar.

- O que a Vitória falou no teu ouvido? - Pergunto o que me deixou curiosa naquela hora.

- Tu é fofoqueira hein, puta que pariu. - Ele gargalha e eu rio junto com ele, esperando pela resposta.
- Ela falou que no final eles ficavam juntos e que a gente também ficaria. - Ele dá de ombros e eu sinto meu coração palpitar lembrando da resposta dele que foi: É o que eu quero.

- E aquela tua resposta foi pra valer ou você só falou por falar? - Não consigo segurar minha língua e pergunto a ele.

- Foi pra valer. - Fico sem reação, não sabia que ele queria algo sério mesmo, achei que era apenas brincadeiras pra me zoar.

- Você tá falando sério? - Continuo em dúvida, ele coloca as mãos no meu rosto e olha no fundo dos meus olhos.

- Tô falando sério, Maria Luiza.

Não esperava por isso, não hoje, no fundo é o que eu queria ouvir, mas a minha insegurança falava mais alto.

- Eu acho que você tá se confundindo, sério.- Ele revira os olhos e me puxa mais pra perto.

- Para com isso, cara, eu não tô confuso, tô disposto a tentar algo sério contigo.

- O problema é que eu não quero incerteza, Gabriel, eu não quero te dividir com outras pessoas, nem quero me magoar ou ficar chorando por você. - (de novo) penso. - Se for pra ser, eu quero do jeito certo.

- Tô sendo homem o suficiente pra te falar e pra te pedir pra gente ao menos tentar, não posso dar a certeza que vai dar certo, mas posso afirmar que vou fazer de tudo pra funcionar tá ligado.

Fico sem resposta e penso na probabilidade disso dar certo, minha autoestima era altíssima, mas quando se tratava de relacionamentos, ela não ajudava muito, nunca me achei o suficiente pra ser par de outra pessoa, pra formar um casal mesmo.

- Eu só penso em você, morena. - Ele fala e dá um beijo no meu pescoço. - Só quero você.

- Para de ser sonso que tu beijou outra menina um dia desses.

- Vai começar, Maria Luiza? Demonia. - Gargalho e ele volta a beijar meu pescoço, meu corpo arrepia e ele percebe, sinto seu sorriso na minha pele.

Ele junta nossos lábios num selinho longo que logo vira um beijo lento, separo nossas lábios quando me falta ar, ele continua abraçado em mim e eu acaricio sua cabeça.

- Você quer tentar ou deixa tudo como tá? - Ele me olha ansioso pela minha resposta.

°•°

Aviso:

se esse capítulo tiver muitos comentários e muito votos, eu solto o próximo logo logo e ainda coloco um bônus instagram que vcs vão pirar.

cês acham que maluzinha vai aceitar entrar em algo sério com o bakzin? rsrs cenas do próximo capítulo.