Capítulo 14

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— Cerol falou contigo? ele e Carol chegam amanhã. - Sinto alguém me cutucar, tava quase caindo no sono no sofá que estava deitada, as bebidas que tomei no nosso after ao bloco faziam efeito.

— Meu celular tá descarregado lá perto da piscina, pega pra mim? - Abro os olhos ainda sonolenta e vejo que é Bak quem me avisou.

— Sai daí e vai dormir na tua cama, cara.

— Ih me erra, Gabriel.

— Depois fica com dor nas costas e reclamando no meu ouvido, vou logo mandar você caçar o teu, mandada. - Dá um tapa na minha cabeça e quando ele sai dali, eu caio no sono de novo.

                                  °•°

Desperto com uma música alta tocando, me espreguiço e sinto o conforto da cama, estranho não lembrar de como cheguei ali, mas ainda bem que cheguei, se não acordaria morta de dor hoje.

Rolo pro lado aproveitando estar numa cama sozinha nessa viagem, já que a que tinha eu dividia com Letícia.
O celular marca 3 horas da manhã, só agora percebo que tá escuro e frio lá fora.

Depois de um banho bem tomado e roupas quentes, desço pra ver o que o pessoal tava fazendo.

— Finalmente a lindona acordou. - Babi que estava na sala sozinha diz pra mim.

— Você sabe como cheguei no quarto? porque não faço a mínima ideia. - Sento do lado dela no sofá.

— Bak te levou, ele é magrelo, mas é bem forte né? conseguiu subir as escadas contigo no colo. - Rio e empurro ela.

— Depois agradeço a ele.
— O que você tá fazendo sozinha aqui na sala? - Pergunto a menina que fica vermelha antes de me responder.

— Tava marcando de encontrar com um menino que conheço e ta por aqui. - Ela fala e eu sorrio maliciosamente. — Não faz essa cara não, ele é só meu amigo.

— Você não tava de rolo com uma menina? - Pegunto enquanto desbloqueio meu celular pra ver se tinha alguma mensagem da minha mãe, esqueci de ligar pra ela hoje. Não encontro mensagem dela e fico aliviada por não ver nenhuma bronca.

— Não deu muito certo, eu não quero namorar agora sabe, prefiro não iludir ninguém. - Ela diz e eu concordo.

— Tá mais que certa, beijos vou procurar algo pra comer. - Dou um beijo na bochecha dela e saio dali indo até a cozinha.

Faço um sanduíche rápido e encho um dos copos grandes com coca cola, amo demais.

Olho em volta da piscina e não encontro o resto do pessoal, vou pra parte do salão de festas que é aberto.

— Cadê todo mundo? - Pergunto a eles que estão reunidos numa parte mais afastada da piscina, lá tem uma rede, vejo que colocaram uns colchões de ar no chão e edredons também. Sento no único lugar vago que era na rede ao lado de Gabriel.

— Bruno, Let e Crusher foram comprar comida em algum lugar que esteja aberto essa hora. - Voltan me responde.

— Coitado do Crusher, vai segurar vela. - Jeni fala e eu rio.

— Deixa ela escutar você zoando ela, falsa. - Falo e mordo um pedaço do sanduíche. Bak me cutuca, olho pro lado e ele acena pro sanduíche.

— Me dá um pedacinho aí. - Pede com uma carinha de cachorro que caiu da mudança.

— Eu não, faz um pra você. - Nego e sinto ele puxar meu cabelo.

Vejo que todo mundo tá tendo uma conversa alheia e não prestando atenção na gente. Vou até o ouvido dele e falo num tom mais baixo:

— Gosto que puxem meu cabelo num lugar mais reservado sabe, numa hora mais apropriada.

— Tá me provocando né? Depois tu não guenta. - Ele fala dando um sorrisinho de lado e deitando na rede. Dou risada e levanto da rede pra deixar o copo na cozinha e escovar os dentes. Sinto alguém vir atrás de mim e nem preciso olhar pra saber que é ele.

— Nem disfarçam que vão se comer agora. - Leeboy grita e eu olho pra trás rindo, Bak dá dedo pra ele que ri junto com todo mundo.

— Ainda tô com fome. - Falo assim que passo da porta da cozinha.

Deixo o copo na pia e me viro vendo Gabriel encostado do outro lado balcão me encarando.

— O que foi? - Pergunto com vergonha do jeito que ele tava me encarando.

— Tu é muito gostosa. - Ele fala e eu rio, ele vem até mim e me pega no colo me colocando no balcão, sento no mesmo e ele fica entre as minhas pernas.

— Você tem que parar de ser descarado, eu sou tímida. - Falo acariciando a nuca dele e olho pra boca desenhadinha que ele tem, a mão dele que tá na minha cintura escorrega pra minha bunda, ele acha que não tô percebendo, safado demais.

— Tímida aonde? para de caô. - Ele fala e quando eu ia rebater, ele me cala puxando meu rosto até o dele e matando nossa vontade.

Nosso beijo se encaixava muito, parecia que as duas bocas foram feitas uma pra outra, como pode esse garoto saber usar a língua e a boca tão bem? o desgraçado não tem um defeito.

Uma mão dele acaricia o lado interno da minha coxa enquanto a outra tá na minha nuca, mordisco o lábio dele e sorrio quando ele puxa meu cabelo, nossa que calor que tá nessa cozinha.

Quando a coisa tava esquentando de verdade, ouço passos e separo nosso beijo, abro olhos e Fac passa pela porta da cozinha.

— E ae Facção, vai empatar mesmo? - Bak fala puto com o garoto e eu só rio.

— Nem sabia que vocês tavam aqui, a culpa não é minha não parceiro, vocês querendo fazer putaria na cozinha com tanto quarto livre, tem nem vergonha na cara. - Ele fala e passa do nosso lado pra ir até a geladeira.

— Fala direito muleque. - Bak dá um tapa na cabeça dele que só gargalha e sai da cozinha com uma coca na mão.

— Bora voltar lá pra fora, acho que chegou o povo com a comida. - Desço do balcão e puxo Gabriel pra andar do meu lado, ele resmunga alguma coisa sobre dar um tapa no Facção depois, mas eu nem dou bola.



Notas da autora

Roi, leitores né?
sentiram minha falta?
gente gostaria de começar pedindo desculpa mas bloqueio criativo não é algo que a gente controla, eu queria muito escrever, mas não saía nada, enfim, desculpas mesmo assim. espero que gostem desse capítulo e tem atualização semana que vem, juro. não vou sumir de novo. beijinhos







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