Capítulo XIX

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Oi gente! Como vocês estão? 

Vou proveitar esse início de semana para atualizar a fanfic e agradecer a todos vocês que estão acompanhando! Já chegou a 20 mil visualizações e isso é fantástico. Obrigada!

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— Então é isso? — Digo a seguindo pelo corredor, ela já está quase descendo as escadas. — Você veio até aqui para esclarecer as coisas, e na primeira pergunta que não pode responder, vai embora?

Ela para em cima do primeiro degrau e se vira para mim.

— Não hoje. — Ela diz olhando para a parede em sua frente, como se estivesse buscando alguma coisa que ainda não conhece.

Quase caio na gargalhada, mas tenho medo de que se eu fizer isso, vou rir de forma insana, sem controle, e isso me deixa apavorada, pois já acho que estou enlouquecendo.

— É claro, Lauren. — Digo balançando a cabeça, deixando transparecer meu descontentamento. — Faça o que Vossa Graça achar melhor. Estou à disposição. Não tenho para onde ir, nem o que fazer. Toda hora é uma boa hora.

Ela se apoia no batente da escada e se vira ainda mais para mim, enquanto me encara em silêncio.

Está mais escuro no corredor do que em meu quarto. Como estamos no meio da mata, o sol começa a sumir muito cedo, então é difícil identificar a expressão em seu rosto. No entanto, dá para ver que está triste. Seus olhos jamais conseguem esconder a tristeza. Ela inclina-se para a frente e ergue a mão, levando-a até minha bochecha.

Ela sabe que estou frustrada e magoada, ela me conhece.

Seu rosto se aproxima do meu, e me odeio nesse instante por permitir isso. Por mais que eu esteja furiosa, sua proximidade ainda é minha fraqueza. Ela leva os lábios até minha bochecha e depois até a orelha.

— Eu vou voltar com a resposta que você tanto quer. — Ela diz, quase como um sussurro.

Não consigo identificar os sentimentos no tom de sua voz. Ela se afasta e fica me observando por vários segundos, então, se vira devagar e desce as escadas, seguindo para fora de casa.

Fico alguns segundos parada em cima da escada, não consigo acreditar que ela realmente foi embora. Desço os degraus correndo e abro a porta que ela deixou encostada, mas vejo apenas sua silhueta em cima do cavalo, já afastada.

Entro novamente e bato a porta com força, ouvindo o barulho alto que ecoou pela casa. Olho para o lado e vejo Isabel me encarando curiosa. Não devo satisfações a ela, mas sei que quer alguma resposta para a cena que acabou de presenciar.

— Como ela pode ser tão petulante? — Digo negando com a cabeça.

— Assim como todos os nobres, você quer dizer? — Ela responde entre um sorriso.

— Talvez você tenha um ponto. — Digo me sentando a mesa, em sua frente.

Ela está acendendo algumas velas para coloca-las pela casa. Seus olhos estão refletindo a luminosidade.

— Você me deixa curiosa, sabia?

Ela ergue as sobrancelhas e desvia seu olhar para mim.

— Como assim, Vossa Alteza?

— Eu não sei, apenas não consigo entender. — Digo a encarando. — Você sabe que estão me procurando, não sabe?

— É claro que sei.

Sua voz soa tranquila.

— Então? Por quê está aqui mesmo sabendo que poderia me entregar? Você poderia ganhar muito dinheiro.

Castle Walls - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora