Capítulo XV

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Oi gente! Como vocês estão?

Quero pedir desculpas por não ter atualizado antes, algumas coisas aconteceram e acabei não conseguindo escrever. Depois, veio essa situação toda do coronavirus, que me deixou totalmente improdutiva e abalada. Agora prometi a mim mesma que irei me dedicar e voltar a rotina aos poucos.

Já agradeço de antemão à todos que tiveram a paciência de esperar até agora.

Prometo que irei atualizar com mais frequência nesse período, afinal, chegamos na metade da fic! (Pelas minhas contas, espero que feche certinho).

Espero que vocês estejam bem, assim como a família de vocês.

Fiquem em casa!

Boa leitura a todos!

((Estou revisando ele aos poucos, então qualquer erro, relevem com carinho!)).

✧───✧

Mary me bombardeou com as mais diversas perguntas sobre meu relacionamento com Lauren. Ela parecia querer compreender a sequência cronológica dos fatos, enquanto eu tentei responde-la com o máximo de detalhes que pude me lembrar.

Conversamos por cerca de meia hora antes de ela se levantar e se esgueirar sobre o peitoral da janela, como se estivesse buscando um pouco de alívio na brisa fresca que insistia em adentrar no quarto.

Estou sentada encarando minhas mãos enquanto espero, sem animo, o momento em que ela irá se virar e falar que está insatisfeita comigo, que essa não é uma postura que eu deveria adotar, e que irá rezar por mim. Consigo até imaginar a expressão que irá fazer, o semblante decepcionado e amargurado de quem teve suas expectativas destruídas.

— Você se lembra quando Vossa Majestade, a rainha, lhe enviou para o chalé real em Norfolk, por alguns meses? — Ela diz desviando seu olhar para dentro do quarto, enquanto caminha em minha direção. — Acredito que você tinha em torno de 10 anos.

— É claro que sim. — Respondo. — Ficamos alguns meses afastadas.

— E mesmo assim, trocávamos cartas diariamente, você se lembra? — Ela pergunta.

— Sim, Mary. — Digo.

— Você me disse em uma das cartas, se me lembro bem, que não se sentia tão sozinha pois tinha encontrado uma amiga. — Ela faz uma pausa enquanto se ajeitava na cama. — Eu nunca fiquei tão triste. Me senti traída e substituída.

Continuo a olhando enquanto tento adivinhar o rumo que está conversa pode tomar.

— Desde esse dia, me esforcei ao máximo para dar meu melhor em todas as esferas de minha vida, pois eu tinha um objetivo, eu queria ser escolhida para ser sua dama de honra. Queria que você me escolhesse. — Ela diz. —Eu me dediquei às aulas de etiqueta, me esforcei para aprender latim, estudei música, e quando finalmente fui chamada para servi-la, nunca fiquei tão feliz em minha vida.

Ela faz uma pausa antes de continuar.

— O que estou querendo dizer, é que minha vida inteira foi voltada a você, Camila. Para mim, ser uma de suas damas não é apenas a oportunidade de arranjar um pretendente, é muito sobre ter a chance de ter uma amiga, de te aconselhar, de estar lá para você nos momentos em que você precisa de alguém. Eu jamais ficaria contra você, jamais. E isso é o que mais me magoa, saber que você não confiou em mim o suficiente para compartilhar algo assim.

— Mary, eu... Eu não sabia em quem podia confiar, eu estava perdida. — Digo tentando controlar o nervosismo em minha voz.

— Você sempre vai poder confiar em mim! — Ela diz um pouco mais alto, visivelmente chateada. — Eu faria de tudo por você, Camila!

Castle Walls - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora