OK

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Rin:
—Por favor, eu juro que não demoro mais de 1 hora e venho dar de mamar para Levi—disse para meu namorado que estava preocupado comigo.

Desde que minha mãe disse que meu pai havia voltado, eu tentei marcar algum dia para vê-lo, mas os intervalos entre as mamadas de Levi eram curtos. Aproveitei para ir a tarde, já que ele dormia depois do almoço até a hora da janta.

Guy estava preocupado pois tinha medo de que eu pirasse ou fizesse algo estranho. Mas eu tinha que correr atrás da minha história. E eu sempre quis conhecer meu pai, mesmo que ele tivesse me abandonado.

—Tome cuidado Rin, por favor—ele se levantou e beijou minha testa demoradamente. Assenti, mordendo o lábio discretamente.

—Me ligue qualquer coisa. Tchau—beijei meu filho e sai do quarto. Me despedi de meus sogros, e passei um gloss nos lábios enquanto cruzava o portão.

Combinamos de nos encontrar no café perto de casa. Óbvio que tinha que ser perto, Levi gritava de fome quase como se estivesse sendo torturado. Nem sei como a garganta dele aguentava.

—Rin?—me virei para trás e vi um homem com a mesma cor de cabelo, mesmo tom de pele. Era como um eu na versão masculina.

—Pai?—o homem assentiu—Oi.

—Podemos conversar? Te devo algumas explicações.

—Por favor. Rin Nohara.

-Henry Nohara.

~//~

—Bom, eu conheci Ryota no final do Ano Sênior. Ela era líder de torcida e fizeram aquele famoso "7 minutos no céu"—peguei minha xícara de café com as duas mãos, assoprando sobre o líquido para esfriar—E foi nesse jogo que nós fizemos você...

—Logo na primeira?—soltei um riso e ele curvou os lábios em um sorriso—Perdão, pode continuar.

—Foi muito rápido e nós já queríamos isso, então nem nos preocupamos. Até que começamos a ter algo mais sério e Ryota foi se afastando cada vez mais. Fui até a casa dela, seus avós me mandaram embora, disseram que eu não poderia falar com ela. Na escola, ela disse que estava grávida de você e que não queria que eu chegasse perto de você. Eu juro que fiz de tudo Rin. E a única coisa que ela fez foi colocar meu sobrenome, ou eu iria processá-la. Ela não aceita pensão e está em maus bocados com a justiça desde o dia que você nasceu. Eu...sempre quis uma filha com Ryota. Eu a amava...Mas então, um amigo bem próximo meu me avisou da situação que você se encontrava.

—Que amigo?

—Hiruzen—assenti, prensando os lábios numa linha fina com a quentura do café—Rin, eu te juro que tentei ficar com você e te dar a criação que um bom pai deveria dar. Mas sua mãe não deixou, dizia que eu a deixei...Não pude nem chegar a um metro de você. Então, por favor. Me deixe ser o pai que você merece e o avô que seu filho merece...—abaixei a xícara.

—Bom...Henry. Provavelmente, você sabe o que aconteceu entre eu e Ryota. E sabe o quanto eu queria um pai para mim. Então eu...—somos interrompidos por meu celular tocando—Um minuto. Pode falar Guy.

—Rin, sua mãe está no hospital. Parece que ela foi atropelada quando estava saindo. Meus pais querem ir ver a situação, e pediram pra que a gente ficasse em casa...Seguros.

—M-mas...Okay, eu estou indo-me levantei, desligando o celular—Ryota está no hospital.

—Eu vou vê-la! Precisa de carona?

—Eu e Guy vamos ficar em casa cuidando de Levi—me levantei, guardando o celular—Relaxe, a casa é aqui perto.

—Tudo bem...—ele deixa o dinheiro em cima da mesa.