OK

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Obito:

Gemi baixinho quando Kakashi pressionou seu joelho em meu membro. Minhas pernas estavam bambas, e eu segurava em seus ombros tentando não cair. Ele deixou três selinhos em meus lábios antes de voltar e beijar meu pescoço.

Não tinha levado a sério quando ele disse para nos encontrarmos as sete da noite na esquina da casa da Rin, até ele aparecer na porta me chamando.

Quando descemos, ele não perdeu tempo em me empurrar contra a parede e começar a me beijar loucamente. Ele estava com vontade de me foder, mas as nossas condições não deixavam. Rin disse que eu deveria voltar para casa em trinta minutos, então eu deveria aproveitar.

Seus lábios gélidos foram traçando uma linha de beijos e chupões em meu pescoço enquanto eu mordia o lábio com força para não gemer alto. Ninguém precisava saber que eu estava louco de prazer.

Até aquilo acontecer.

~//~

—Ei, você está bem?—perguntou Rin pela milésima vez desde que eu tinha chegado.

—Estou, foram só alguns socos de nad...Ai! Cuidado Kure—disse para a de cabelos pretos que passava álcool em meus ferimentos.

—A denúncia foi feita—Guy desligou o celular e olhou para nós—Ainda vamos no baile?

—Se eles qui...

—Podem ir. Eu fico em casa—disse sorrindo levemente.

—Não! Começamos juntos e vamos terminar juntos!

—Rin, você sempre sonhou em aproveitar sua formatura. Pode ir, eu fico em casa.

—Obito...

—Tá tudo bem!—eu gritei bravo—Parem de me tratar como um menininho de 6 anos!

—A questão não é te tratar como um menininho, mas nós estamos preocupados. Você reconheceu um deles, certo?

—Hm, sim.

—E não quis nos dizer quem era. Então, se você confia em mim, me fale—ela se sentou na minha frente.

E eu sabia que se contasse quem estava envolvido naquilo, Rin procuraria aquela pessoa até no inferno.

E eu não estava preparado pra contar quem bateu em mim.

—Eu tive uma ideia!—disse Kurenai—E se os meninos comprarem bebidas e nós fazemos nossa própria formatura em casa? Aproveita a casa do Kakashi, que é enorme.

—Tem certeza?—perguntou Asuma.

—Eu gostei da ideia!—disse Rin.

—Então nós vamos comprar as coisas. Vocês quatro, pra casa do Kakashi—ordenou Guy, saindo com os meninos. Sorri levemente para Rin, que negou com a cabeça.

—Obito, porque não quer conversar comigo?

—Porque eu não preciso. Eu estou bem Rin.

—Não está—disse Kurenai, recebendo um olhar tedioso de mim—Nem adianta olhar assim, você sabe que não está bem.

—Eu estou bem! Por que não acreditam em mim?

—Obito, você foi...

—Não termine a frase—interrompi Hinata.

—Tá vendo? Você nem consegue ouvir alguma palavra que tenha a ver com o que houve. Já pensou se Kakashi não estivesse?

Silêncio.

—Entendemos que isso te abalou e você está tentando se fazer de forte, mas não rola com a gente—Hina terminou de dar o sermão—Entende que só queremos seu bem?

—Uhum.

—Garotas, como vocês aguentaram essa marrentice por anos?—ela perguntou para Rin e Kurenai.

—Ah, eu sei lá. Esse daí é marrento desde que nasceu, não sei nem como os pais dele aguentaram.

—Já deu de ficar falando mal de mim? Obrigada—me meti no meio das duas—Vamos? Ainda temos que arrumar a nossa formatura em casa.

~//~

—Quinto copo de bebida, isso não é um bom sinal—disse Kakashi se sentando do meu lado e tirando o copo da minha mão.

—Ei, me dá meu...—o albino colocou o indicador em meus lábios e eu fiquei quieto.

—Por que está bebendo tanto?

—Porque eu quero, agora me dá o copo?—ele negou e eu suspirei, cruzando os braços—Eu só quero esquecer o que aconteceu hoje, tá legal?

—Rin, Kurenai e Hinata me disseram que você não consegue nem ouvir aquela palavra.

—Isso são só nos dois primeiros dias, eu supero. Devia saber que quando decide assumir sua sexualidade, está sujeito a todo tipo de julgamento e tratamento—mordi um pedaço de coxinha enquanto olhava os casais valsando um com o outro.

—Nunca te levei pra dançar né?—ele pegou minha mão e me puxou para junto dele.

—Não Kakashi, não não—reclamei, o aue foi em vão. Ele me puxou até seu corpo. Colocou a mão na minha cintura e começou a mover o corpo lentamente de acordo com o ritmo da música.

—Dança comigo vai—fiz um biquinho—Por favor—ele pediu em meu ouvido. Suspirei e segui os passos ditados por ele.

O álcool estava fazendo efeito, então deite a cabeça no ombro do albino, abraçando a cintura dele com os olhos pesados de sono.

—Eu disse que você bebeu demais.

Hinata:

—E então, o que faz aqui sentada?—perguntou Rin se sentando do meu lado—Sim, a parte ruim de estar grávida é não poder beber. Quantos meses?

—Cinco—Rin sorriu para mim. Sorri falso.

—Ei, o que houve?—ela me perguntou se aproximando mais de mim—Você está bem?

—Eu vou tentar resumir a história. Eu tenho um colega de trabalho no café, e a gente começou a...ficar? Não sei, não sei quando essa merda começou—Rin assentiu—Enfim, nós conversamos e ele me chamou em um dia pra ir até o apartamento dele e nós...bem, você sabe. Fui lá uma última vez e...bom, ele disse que não pode namorar uma mulher sem faculdade e ainda por cima, grávida de outro cara.

—Oh...Ele te negou por estar grávida?—perguntou ela.

—Sim e...Porra Rin, eu nunca senti tanta vergonha por estar grávida. Eu só queria poder tirar esse bebê de dentro de mim sem ser julgada. Sabe o pior? Ele fica...fica me olhando com desejo enquanto eu trabalho e eu simplesmente não consigo Rin. Se eu tirasse esse bebê, será que ele ficaria comigo?—respirei fundo tentando não chorar.

—É complicado...Primeira coisa, a decisão é sua e somente sua. O corpo é seu e somente seu. A escolha é somente sua. Se vai tirar o bebê ou não, ninguém vai poder levantar um "a" falando o contrário. Mas, pensando como uma mãe. Eu também pensei em abortar Levi. Mas, hoje eu imagino "E se eu tivesse abortado Levi?". Óbvio que no meu caso foi mil vezes mais fácil, eu tive Guy ao meu lado e depois de amanhã, nos casamos. Mas e se eu tivesse tirado a coisa mais importante da minha vida? Se você quiser tirar, tudo bem. Mas se não quiser, eu vou dar todo o apoio necessário a você—olhei com os olhos cheios de lágrimas para a morena e a abracei.

—Obrigada por tudo Rin.

Amo vocêsssss