OK

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Anunciar quem você é para o mundo é aterrorizante
Por quê?
E se o mundo não gostar de você?

Com Amor, Simon-2018

Obito:
—Obi, você querendo ou não, seus pais são muito, muito, muito, muito legais e certeza que eles te aceitariam.

—Aconteceu a mesma coisa com o Deidara lembra? Os pais deles eram muito legais, mas quase o espancaram.

—Mas seus pais não são os pais do Deidara. E se você não se assumir, eu faço isso por você—ela disse rindo e me deixando envergonhado. Rin era louca o suficiente, mas não a esse ponto. Eu esperava que não fosse.

Me despedi de minha amiga, que havia enfiado uma bandeira LGBT na minha mochila. Eu não era totalmente assumido. Mas, acredito que eles já tenham percebido pelo menos que eu não curto meninas. Nunca levei nenhuma pra casa, a não ser Rin. Kakashi, que era meu melhor amigo (e minha paixonite), não sabia. E se ele quisesse se afastar??? Oh meu Deus.

—Pai, Mãe. Cheguei—os dois apareceram no final da escada—Ahn, podemos conversar?—deixei a mochila no cabideiro, com as mãos suando.

—Claro filho—peguei meu celular para ver as notificações. Eram do Kakashi.

"Chegou em casa?"
"Amanhã eu passo pra te levar na Vila da Pedra as 08h"
"Você vai na plantação com a Rin?"
"RESPONDEEEEE"

Rio anasalado, mas logo o sorriso morre, quando me pego pensando em qual seria a reação dele ao descobrir que eu sou gay.

Cheguei em casa
Okay, as 08h estarei esperando
Vou sim
Respondi, tá feliz?!

Tô.
Filho da puta, vai se foder Obito.
Caralho.
Mano, a Rin me disse um negócio.
Chego na sua casa em 20 minutos.
E você vai me explicar isso direito.
Mds, QUE RAIVA

—Filho?—meu pai me chamou. Guardei o celular no bolso e me sentei no sofá na frente dele—O que houve?

—Er... Então, vocês estranham que eu nunca trouxe ninguém além da Rin e do Kakashi em casa?

—Quem você engravidou Obito?—perguntou minha mãe.

—Ninguém! Credo!

—Então, o que é?

—Antes de tudo, quero que vocês saibam que eu vou continuar sendo Obito, o filho de vocês, melhor amigo da Rin e do Kakashi, okay?—eles assentem—Eu sou gay. E antes que vocês fiquem em choque, isso não muda em mim, tirando o fato de que eu gosto de homem e só—aperto as unhas na palma da mão e abaixo a cabeça. Fecho os olhos, com medo da surra que eu provavelmente levaria ou dos olhares de decepção.
Mas eles não vieram. Meu pai apenas se sentou ao meu lado e me abraçou.

—Filho, o que te fez pensar que não te aceitaríamos?

—O-os  p-pais  d-do  D-dei  d-demoraram  u-um  a-ano  p-pra  a-aceitar.

—Ainda bem que não somos eles certo?—ele perguntou e eu assenti inconscientemente—Talvez eu nunca tenha te contado isso, mas o vovô Indra é gay. E eu sou bi.

-C-como? P-por q-que n-não m-me c-contou?

—Não queria que te disessem que foi por influência. Sei o quão difícil é andar na rua com um homem.

—Eu meio que gosto do Kakashi...

—Bom, boa sorte. Vou estar torcendo po você—eles sorrirram e me abraçaram, até que alguém bate na porta.
Me levanto para ir atender. E era Kakashi.