P.o.v Autora
O sol já estava raiando quando ouvi o som insistente do meu celular tocando, sonolenta tentei acha – lo, assim que o encontrei e olhei o visor fiquei paralisada, era mensagem do Rafael e ele dizia:
- Achou que se livrou de mim? Está muito enganada, vocês não perdem por esperar.
Cai da cama ao ler a mensagem, com o barulho acabei acordando a Margot, ao me ver no chão perguntou:
- O que você está fazendo aí?
- Acabei caindo ao ver a mensagem que o Rafael mandou para mim.
- E que ele quer?
- Lembrar que ele ainda está por perto.
- E você o respondeu?
- Não, e nem estou pensando em responde – lo.
- É melhor nem se envolver com esse crápula, as meninas ainda não voltaram a confiar em você.
- Eu sei, por isso não vou nem vou me dignar a responder ele.
- É o melhor a se fazer.
- Sim.
Eu e a Margot nos trocamos para voltarmos ao hospital, mas antes passamos na padaria para comermos algo.
P.o.v Beatris
Finalmente irei sair hoje do hospital, estou super curiosa com a surpresa que a Bianca fez para mim, a conhecendo com toda a certeza vai me surpreender, o doutor veio falar comigo já passava do meio dia, quando ele me falou:
- Está de alta, mas nada de estrepolias viu senhorita Beatris.
- Tá bom. – respondi sem jeito.
A Clara me ajudou a por minha roupa, pois meu ombro ainda estava doendo, e fomos para a casa dela no orfanato, assim que cheguei lá as crianças vieram tudo correndo me abraçar, eu percebi que tinha uma menina nova com uns três aninhos, ela não chegou perto de mim, apenas sorriu para mim e saiu andado, ao ver a menina perguntei para a diretora:
- Quem é aquela menininha? É a primeira vez que a vejo.
- Ela chegou ontem, é uma criança dócil, amorosa, não vejo problema algum nela, mas até agora não ouvi a Analu falar uma palavra.
- Mas o que houve com ela?
- Não sabemos o que aconteceu e ainda por cima ela nem se pronuncia sobre o assunto.
-Posso falar com ela se você quiser...vai que consigo alguma informação.
- Pode tentar, mas espero que tenha mais sorte do que eu.
Fui atrás da Analu, a encontrei na biblioteca do orfanato, esse era um dos meu lugares preferidos, sempre viajava quando escolhia um livro para ler, ela estava sentadinha em uma das poltronas com um livro de desenho e estava pintando, estava tão distraída que nem reparou na minha presença, fiquei na altura dela para que me visse e não se assustasse, assim que cheguei perto percebi o quão assustada estava, a peguei no colo e a abracei apertado para acalmá – la, comecei a cantarolar uma musica bem baixinho, ficamos um bom tempo assim, até o momento que dei uma espiadinha para ver se essa pequenina estava bem e a vi num sono tão sereno que não tive coragem de acordá – la, levantei da poltrona que eu estava e fui a procura da Clara para por essa menininha na cama, a encontrei na sala dela e assim que entrei falei:
- Qual é o quarto dela? Ela acabou adormecendo em meu braços.
- Como você conseguiu essa proeza? Desde ontem tentamos fazer com que ela durma.
- Eu a peguei no colo e cantarolei para ela, até que adormeceu em meus braços.
- Você realmente não existe né Beatris, sempre consegue o impossível.
- Também não é assim Clara, as crianças que me amam.
- Já pensou em vir trabalhar para mim?
- Sim, por isso estava fazendo a faculdade de psicologia para poder te ajudar.
- Você vai voltar para a faculdade?
- Vou sim, mas só ano que vem, porque já estamos praticamente no fim do ano.
- Fico feliz em saber.
- O que você acha de deixarmos ela melhor acomodada, pra que durma tranquila?
- É uma ótima ideia, me siga.
Andando pelos corredores do orfanato, me veio a nostalgia do tempo que eu passei aqui e em como eu conheci o amor da minha vida, fora as amizades que fiz aqui dentro e que tenho um carinho muito grande por todas as amizades que fiz durante toda minha estadia aqui, quando entrei no quarto falei:
- Nossa... Tenho tantas lembranças desse dormitório, principalmente com a Bianca.
- É verdade, foram tantos momentos.
Deitei a Analu na beliche de baixo, a cobri e dei um beijo na testa dela, como a Clara sempre fazia comigo, nós duas saímos em silencio para não acordá – la, me despedi da minha mãe postiça e segui até atrás do orfanato e olhando ao redor vi a arvore que eu fiz um coração com o meu nome e o da Bia, cheguei perto e fiquei boquiaberta, pois fiz isso quando a minha amada partiu e eu achei que nunca mais a veria, passei os dedos pelo entalhe na madeira e não pude deixar de lembrar do dia que eu fiz esse desenho.
Flashback on
Já havia passado um mês que a Bianca tinha ido para os Estados Unidos, desde então nunca mais a vi ou recebi notícias dela, olhei para a árvore e fiz o ué o meu coração estava mandando fazer, peguei o canivete que eu ganhei da Clara e fiz um coração com nossos nomes, sorri ao ver o trabalho final, mas por dentro eu estava dilacerada, era como ter perdido um pedaço da minha alma, depois de chorar muito, fui atrás do meu diário para escrever nele.
Flashback off
Voltei a olhar ao redor até porque a Bianca disse que tinha uma surpresa para mim aqui atrás, entrei na casinha que e percebi que tinha uma carta lá dentro e ao abri – lá estava escrito:
Oi Beatris
Talvez você nunca encontre essa carta, resolvi te escrever para que não se esqueça de mim, não sei nem por onde começar, mas vamos lá, desde o dia que eu cheguei ao orfanato e te vi pela primeira vez quando você pediu para se sentar ao meu lado, eu senti um carinho tão grande por ti, mas com o tempo esse sentimento de carinho foi se tornando amor, e quando eu percebi já não conseguia mais ficar longe, nós nos divertimos muito durante o tempo em que passei ao seu lado, e a cada dia que passava eu me via mais e mais encantada com o seu jeito moleca de ser, com o seu sorriso, com a forma que sempre me surpreendia, em como sempre me olhava com ternura e amor, mas por azar do destino eu fui adotada e iriamos nos afastar, quando soube disso fiquei muito triste, porque iriamos nos separar para sempre, e eu nem tinha ideia se voltaríamos a nos falar, então pensei em te deixar essa carta na esperança de que algum dia iria encontrá – la, não tive a chance de dizer o que sinto por você, então aí vai eu sou completamente e perdidamente apaixonada por ti, nunca se esqueça que mês o que eu esteja em São Paulo ou no Japão, sempre irei te amar.
Beijos da sua Bia
Como eu pude ser tão boba e não perceber o quanto a Bianca gostava de mim, eu achava que ela só me via como amiga e nada mais, vieram lágrimas em meus olhos ao lembrar que ela está no hospital inconsciente e tudo por causa do crápula do Rafael, olhei para o céu e já estava anoitecendo, resolvi ir para o quarto que a Clara preparou para mim, me deitei na cama e adormeci logo em seguida.
P.o.v Autora
Eu e a Margot chegamos ao hospital e fomos atrás das meninas, pelo que eu conhecia da Luisa, ela não saiu do lado da irmã, a encontrei sentada na poltrona junto da Nica cochilando, acordei às duas e falei:
- Bom dia, se vocês quiserem podem ir para casa que eu cuido da Bianca, prometo que irei cuidar dela e que não irei deixar o Rafael chegar perto dela.
- Vou confiar em você mãe, qualquer coisa me liga.
- fica tranquila que não irá acontecer nada.
- Depois eu volto mãe.
- Está bem.
Depois de me despedir de minha mãe e da namorada dela, eu e Nica fomos ao Big bread e pedimos alguns lanches antes de voltar para a casa dela, eu estava muito nervosa, pois essa seria a minha primeira vez com a minha namorada e eu quero que seja perfeito, fomos andando até porque o seu apartamento era perto, quando estava faltando dez passos para chegar eu falei:
- Feche os olhos por favor.
- Mas por que tenho que fazer isso?
- Você irá descobrir.
Assim que ela fechou os olhos a vendei, segurei em sua mão e fui guiando até a casa dela, peguei as chaves em seu bolso, assim que entramos a sentei no sofá e falei:
- Promete que irá esperar antes de tirar a venda?
- Prometo.
Peguei as flores, que estavam em minha bolsa e fiz um caminho até o sofá, depois apanhei os óleos para a massagem que eu iria fazer nela, o chocolate e o chantilly, deixei tudo pronto e fui atrás da vestimenta que estava na minha mochila, fui até o banheiro e coloquei a camisola vermelha que eu comprei, fiquei sabendo que essa é a cor preferida dela, então escolho essa a dedo para atiçá – lá ainda mais, me olhei no espelho e fiquei vermelha na hora, quem diria que eu iria usar uma camisola sexy um dia, depois de me acalmar fui caminhando até a Nica e falei em seu ouvido:
- Agora pode tirar a venda. – falei maliciosamente.
Assim que ela o fez, vi o sorriso safado que me deu, foi vindo em minha direção e fez questão de andar sensualmente para o meu deleite, ela parou de frente pra mim e ficou babando pelo modelito que eu escolhi, sorri por dentro por saber que eu tinha escolhido a lingerie perfeita, quando mais perto de mim ela chegava mais o meu coração acelerava, dava para ver o desejo estampado em seus olhos, senti suas mãos em minha cintura e me vi sendo puxada, até uma ouvir o coração outra, senti os lábios dela nos meus, o beijou começou inocente mais a medida que os minutos iam passando ele ia ficando mais exigente, fui passando minha mão pelo seu corpo, a cada toque que eu dava a ouvia gemendo, escutá – la fazendo isso fez com que minha libido fosse lá em cima, ela foi me puxando até o quarto dela, não nos desgrudamos o caminho todo, a deitei em sua cama, tirei a roupa dela e deleitei – me com seu corpo, beijei cada pedacinho deixando um rastro de por onde eu passava, fui descobrindo onde a Nica sentia mais prazer, registrava e continuava a minha exploração, fui até os seios dela, enquanto eu brincava com um, me deliciava com o outro, como se fosse a fruta mais saborosa do mundo, ouvi - lá gemendo para mim, atiçava ainda mais a minha imaginação, desci ao umbigo dela e dei um beijinho e fui até a virilha dela e dei uma mordidinha de leve ali e ao observá – la percebi o quanto ela estava se segurando, então disse em seu ouvido:
- Não precisa ficar tímida, se solta. – disse maliciosamente.
Assim que ela ouviu isso foi como se tivesse soltado a puta interior que tinha dentro dela, fiquei hipnotizada por essa mulher, a cada toque eu dava em seu corpo ou ouvia ela gemendo pronunciando o meu nome, eu já estava em êxtase, e nem tinha chegado aonde eu mais ansiava, cheguei na entradinha dela e dei um beijo ali, vi seu corpo se arrepiar e ela suspirar algumas vezes, e ela me disse:
- Não seja má Lu, me possua logo, me faça gozar antes que eu tenha um treco aqui.
Eu sorri do jeito dela falar e fiz o que ela ansiava e eu digo o mesmo de mim mesma, quero muito estar no meio das pernas dela bebendo de seu gozo, mesmo nervosa fui ao centro de prazer dela e a chupei, hora devagar, ora rápido, quando percebi que ela estava para gozar parava e fazia o caminho reverso, até que num rompante ela disse:
- Me faça gozar logo luisa.
- Com todo prazer. – disse maliciosamente.
Voltei a chupá -la, com mais vontade e velocidade até eu sentir ela tendo espasmos de prazer e gozar em minha boca, bebi cada gota de seu gozo, ficamos alguns minutos respirando quando a Nica subiu por cima por cima de mim e disse em meu ouvido:
- Minha vez.
Nessa hora meu corpo se arrepiou todinho, ela tirou a minha lingerie e ficou observando o meu corpo, antes dela continuar o que estávamos fazendo eu precisava confidenciar algo para ela, mas eu não sabia como dizer que eu ainda era virgem, busquei coragem dentro de mim e falei:
- Eh... Posso te falar uma coisa antes de continuarmos?
- Claro que pode meu amor, sou toda ouvidos.
Me sentei de frente para ela, meu nervosismo já estava a mil, e se a Nica risse de mim por eu ser virgem com quase 27 anos, comecei a andar de um lado para o outro sem saber o que dizer, olhei em seus olhos e eles me passavam uma paz, num impulso acabei falando:
- Então Nica... Ainda sou virgem.
Ela ficou tanto tempo parada olhando para minha cara, que eu já estava entrando em desespero por dentro, quando ela sorriu e me disse:
- Isso não importa meu amor, isso só vai acontecer se você o quiser, esperarei o seu tempo.
Quando ouvi isso de sua boca, foi como se eu tivesse tirado um peso dos meus ombros, mesmo envergonhada acabei falando:
- Mas eu quero agora... – disse envergonhada.
- Tem certeza?
- Tenho sim.
Ela começou me beijando e sem pressa alguma, ela fez eu me sentir à vontade, à medida que percebia que eu estava mais confiante, ia explorando mais e mais o meu corpo, sempre me olhando pedindo permissão para continuar, ao chegar em meus seios eu suspirei e ela disse:
- Está bom assim?
- Sim. – disse timidamente
Ela voltou aos meus seios e chupou o direito enquanto brincava com o outro, aquilo estava sendo novidade para mim, até porque menina nenhuma tocou em meu corpo, as sensações que eu estava sentindo não tenho nem como descrever, quanto mais ela explorava meu corpo nu, mais ia sentindo coisas que jamais senti com nenhuma garota, me entreguei ao sentimento e me soltei, me permiti deixar a timidez de lado deixei meu lado safado vir a tona, estava tão bom que eu já nem disfarçava os gemidos, ela foi beijando cada parte do meu corpo ate chegar na minha entradinha, ela levantou o olhar para ter certeza que era isso mesmo que eu queria, assim que assenti com a cabeça ela voltou ao que estava fazendo, abriu as minhas pernas e deu a primeira lambida e meu corpo reagiu na hora, o prazer que eu estava sentindo era indescritível, não conseguia nem descreve – lo com palavras, a cada línguada que ela dava em minha buceta mais excitada eu ficava, já estava no meu limite a ponto de gozar quando ela parou o que estava fazendo e fazia o caminho reverso, aquilo estava me deixando maluca, falei ofegante:
- Não para Nica, eu estava para gozar.
- Eu sei.
- Então pede que eu volto.
- Eu não vou pedir.
- Que pena, você iria ter o melhor orgasmo da sua vida, se não quer tudo bem.
Eu a vi levantar da cama e entrei em desespero e num rompante falei:
- Me faça gozar logo Nica.
Ela sorriu vitoriosa par mim e desceu ao centro do meu prazer e me fez ir as estrelas, ela usou a língua tão bem que não demorei nada a gozar, ela absorveu cada gota como se fosse o manjar dos deuses, ela me beijou ternamente e eu falei:
- Fiz bem em esperar para ter a minha primeira vez, assim tive com alguém que realmente amo.
Ela sorriu para mim, e nesse momento eu tive mais certeza ainda que ela é a mulher da minha vida, voltamos a nos amar noite adentro, até exaustas adormecemos.
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O amor de Bianca
RomanceBianca conhece Beatris em um orfanato e com o tempo se tornaram inseparáveis e ambas se apaixonam mas por azar do destino a Bianca vai para os Estados Unidos e elas tem que se separar, Bianca conhece muitas pessoas enquanto esta nos Estados Unidos e...