O amor de Bianca

Indo novamente a delegacia

P.o.v Beatris

  Eu e a Bianca sempre escapávamos de casa para nos encontramos às escondidas, numa dessas saídas que fizemos, acabamos avistando uma menininha de uns três anos de idade, olhando ao redor percebemos que ela estava sozinha, mas por algum motivo a perdemos de vista, nos duas passamos a tarde toda procurando essa pequenina, como não a encontramos resolvemos procurar no dia seguinte, pois ela encantou a nos duas, me despedi dela e fui para casa, antes de ir embora marcamos de nos encontrar as oito horas da manhã do dia seguinte.

  Como sempre a Bianca estava atrasada, olhei no relógio da igreja e marcava mais de oito e meia, fiquei preocupada com a demora dela, minutos depois ela me apareceu toda sem graça falando:

- Me desculpa a demora, meu pai quis apresentar um novo pretendente e só consegui escapar agora.

- Achei que você não viria mais, fiquei com medo de que algo tenha acontecido.

- Eu jamais deixaria de estar com você meu amor.

- Mas e esse pretendente aí?

- Não se preocupe que nunca terei nada com ele.

- É bom mesmo.

- Eu te amo sua boba.

- Eu sei. – disse sorridente.

- Bom... Vamos procurar essa pequenina, ontem fez tanto frio na cidade, espero que ela esteja bem.

- Verdade não é mesmo, temos que encontrá – la logo.

  Passamos boa parte do dia procurando por essa garotinha, olhamos cada canto da cidade para ver se a encontrávamos e nada de acha – la, era quase seis horas da tarde quando eu ouvi um choro de criança e aquele som me chamou, segui o barulho e encontrei aquela pequenina encolhida morrendo de frio, cheguei perto dela, e falei próximo a ela:

- Oi meu anjinho, como você se chama?

  Ela me olhou com o sorriso triste e me abraçou e depois de acalmá – la um pouquinho, consegui ouvir a vozinha fraca dela dizendo para mim:

- Me chamo Analu. – disse timidamente

  A olhei mais uma vez e a Bianca chegou perto para abraçá – la também, para podermos esquentar ela, pois estava muito gelada, em um dado momento ela desfaleceu em nossos braços, nos duas olhamos para ela e ficamos preocupadas, pois os batimentos cardíacos dela estava muito fraquinho, levamos ela às pressas ao hospital, chegando lá entregamos ao médico e ficamos esperando do lado de fora, depois de horas esperando vimos o doutor vir em nossa direção e nos falou:

- Eu sinto muito... Nós não conseguimos salvar a menina.

  Ficamos um bom tempo em silencio sem dizer nada, apenas ficamos abraçadas e choramos muito, pedimos para ver ela e o médico nos levou até ela, assim que entramos no quarto seguramos as mãozinhas dela e nos despedimos dela, mesmo conhecendo ela a pouquinho tempo, eu já tinha um carinho grande por ela.

  Acordei assustada sem saber onde estava, meu coração estava super acelerado, ao lembrar do que sonhei fiquei abismada, pois a Analu que eu conheci ontem tinha o mesmo rosto da menina do sonho que tive, depois de muito pensar fui falar com a Clara para dizer o que sonhei para ela, a encontrei no escritório, dei três batidas na porta, entrei e falei:

- Oi mãezinha.

- Oi minha filha, está tudo bem?

- Estou bem sim, só meio confusa.

- Com o que?

- Eu tive um sonho meio estranho.

- E como foi?