• Uma Conexão Talvez? •

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(Imagine Thomas)

POV S/n

Sabe o que é olhar para alguém que você nunca viu, mas ter certeza que a conhece?
Sabe o que é ter uma sensação de conforto quando está com alguém? Mesmo isso sendo a coisa mais estranha que você já sentiu?

Bom, é como eu me sinto desde que um certo garoto chegou a clareira. Eu não sei explicar, na verdade é tudo muito confuso... Deixa eu começar do início.

Dias antes...

Hoje é mais um dia qualquer e entediante na clareira, trabalhar como Corredora e Med-jack nas horas vagas é bem exaustivo pra falar a verdade, no começo não achavam certo eu trabalhar como duas coisas, mas depois perceberam que eu era bem "flexível" em relação à isso.
Muitos acham que vai ser de boa, pois, nem sempre alguém se machuca... Mas aqui não, toda hora alguém se machuca, às vezes tenho as minhas dúvidas se não fazem isso de propósito - não é fácil ser a única garota na clareira.
Eu entrei pra essa droga de labirinto há uns 6 meses, foi bem difícil no começo, demorei pra me acostumar a idéia de não ter mais garotas e viver com meninos assanhados o tempo todo, mas acabei me adaptando, todos me respeitam aqui, afinal sou a terceira em comando. Quando o Alby não tá, o Newt comanda, quando o Newt não tá - o que nunca aconteceu - eu estou no comando.
De qualquer maneira, Newt me deixa tomar mais a frente que ele, ele é mesmo um fofo. Minha relação com o Newt é meio... Diferente, nos damos bem, quer dizer, nos damos muito bem, é apenas estranho, gosto muito dele e sei que ele gosta de mim, mas nunca dizemos isso, apenas demonstramos.
Com o Minho também me dou bem, mas ele é mais interesseiro, dá pra sacar suas intenções.

— "S/n vamos logo!" – chama Chuck, me tirando de meus pensamentos.

Eu estava sentada debaixo de uma árvore apenas relaxando e aproveitando meu tempo de descanso.

— "O quê foi meu gordinho?" – eu pergunto.

— "A caixa! Ela está subindo!" – Ah, era isso.

— "Ahm... Eu não vou ir não Chuck, tá bem bom ficar aqui, depois você me avisa como que é o novo azarado" – digo e então me recosto na árvore, colocando os braços atrás da cabeça.

Ele vai embora e poucos minutos depois escuto o barulho chato da caixa subindo. Estava entediada demais para ir ver quem era o "felizardo", mas também estava cansada de ficar na árvore, então resolvo ir na cozinha para pegar água ou comer alguma fruta, aproveitando que o Caçarola não está na cozinha.
Eu estava no meio do caminho quando ouço Zart gritar:
— "Ih temos um corredor!".

Eu me viro apenas a tempo de ver um garoto desconhecido vindo correndo na minha direção, ele não me vê, mas acaba dando um tombo feio há poucos metros de mim.

— "Uhh..." – assobio e faço uma careta de dor por ele.

Vou até onde ele ainda está caído, e paro em sua frente, ele ainda não olha pra mim, mas sim para meus pés, estendo minha mão para que ele se levante.

— "Parece que você teve um tombo feio aí novato, vêm, deixa que eu te ajudo".

Ele finalmente aceita minha mão, mas sem olhar para mim. Quando ele se levanta, eu consigo ver seu rosto mais claramente, e ele o meu.
Ele olha no fundo dos meus olhos com uma expressão... Confusa? Eu tenho certeza que também estou com a mesma.
Ficamos nos encarando de forma intensa, é estranho, é como se eu tivesse certeza que já o conhecia... Impossível S/n, para de fazer papel de tonta, o garoto vai te achar uma louca.
Nosso contato visual é quebrado pelo resto dos meninos que começam a gritar e dar risada. Ele fica olhando em volta, provavelmente assustado e impressionado com tudo isso.

IMAGINES // Dylan O'Brien Onde histórias criam vida. Descubra agora