cap 28

216 10 5
                                    

FERNANDA NARRANDO

Entramos na casa da mulher, ela mandou agente sentar nas cadeiras que tinha e ela sentou numa cadeira de madeira com uma roupa branca, rezou o pai nosso e pediu mais algumas coisas aos espíritos de luz.

Simone: fizeram uma macumba pra você filha, pra ele se atrair por qualquer uma, e vocês terminarem - falou de olhos fechados - e tem mais, essa mulher não vai parar por aí viu - assenti - e tu menino - apontou pra Vicente - tu te orienta que essa daí é de ouro visse ? Tu te orienta - juntou as mãos - vou limpar vocês, não se preocupem.

[•••]

Eu: tá vendo tu ? Aquela mulher é uma praga, aquela caralha de asa, eu recebo a baiana aqui e ela se fode na minha mão, agora tu - apontei pra ele - EU TO GRAVIDA DE TU CABRA SAFADO - joguei o sapato no chão, acabamos de entrar em casa.

Vicente: Fernanda eu tava com macumba mulher.

Eu: NÃO INTERESSA, EU TE PEGO NA PORRADA, e não deixo você ver as suas filhas tá ouvindo ? Tu me cutuca pra tu ver febrento.

Vicente: a partir de hoje tu não sai sem segurança entendeu ? Não sei o que ela pode fazer enquanto eu não estiver por perto - olhou pro chão pensativo.

Comecei a chorar.

Eu: amor eu não tenho sossego na minha vida cara, agente não tem paz, minhas filhas vão viver com medo amor, como uma pessoa pode ser tão infeliz a esse ponto cara ? Como ?

Ele sentou do meu lado, e pegou minhas mãos.

Vicente: agente tá junto nessa porra, agente não vai se separar, mas tu vai precisar ter calma por nossas filhas po, batalhar por elas e pra elas, vou falar com o chefe pra ele te colocar em segurança, fiz um monte de favor pra ele, ta me devendo uma.

assenti.

eu: mas cuidado, tu pegou o cargo agora pouco, ele não vai achar que tu ta sendo folgado não ? 

Vicente: relaxa que com ele eu me resolvo - me abraçou, coloquei minha cabeça em seu peito e ele pousou seu queixo em minha cabeça - vai se arrumar que nois vai comprar as coisas das pirraia - soltei um sorriso malicioso - ta liberada, ja recebi o da semana, o suficiente pra tu comprar as coisas né ? - assenti sorrindo - então vai la que eu vou mandar alguem fazer a feira pra cá - fui correndo até as escadas - NÃO CORRE PORRA - gargalhei - MALUCA.

{...}

Vicente estacionou o carro no centro da cidade e pegou meu guarda chuva colocando em cima de mim me protegendo do sol, uma parte minha agradeceu e a outra achou o maior exagero, andamos um pouco até a rua das quebradas ( sim existe essa rua no final eu explico ) e la tinha uma loja de bebe, entrei puxando ele, que estava amarrando o guarda chuva de novo, por que nessa rua o pessoal que tem suas lojinhas ou as barraquinhas colocam um saco em cima pra se esconderem do sol, ninguem merece passar o dia inteiro assim, entrei na loja que era enorme e tinha o terreo onde eu tava e os outros 2 andares de cima, ou seja, estava no paraiso.

fiquei de frente pra ele

eu: amor olha, pega uma cesta dessa - apontei pegando uma pra ele, e peguei um carrinho pra mim - olha só, voce vai pegar coisas que voce acha que é nescecario, e coloca na cesta, que eu vou ver com as atendentes com a listinha que elas dão ok ? 

ele assentiu 

eu: tem mais dois andares voce pode ir, depois agente se encontra, agora vai - sai andando e quando olhei pra tras vi ele negando com a cabeça olhando pra mim, sorri.

fui na bancada onde vi que tinha algumas atendentes.

eu: oi, boa tarde, eu to gravida de gemeas, será que voces poderiam me dar a listinha do enxoval e me ajudar ? - falei sorrindo gentilmente.

Coração Sem LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora