04

3.1K 182 79
                                    

CHRISTOPHER

Dulce voltou três horas depois. Eu estava sentado no sofá encarando a televisão desligada por todo esse tempo e não me virei para olhá-la, mas pelo som de seus passos, sei que tinha seguido diretamente para o banheiro.

Ela estava querendo me evitar e levou quase uma hora para que saísse do banheiro e, ainda assim, não se juntou a mim.

— Vou ligar par ao meu pai, vou pedir para que arrume um outro lugar para que eu fique — murmurou em algum lugar atrás de mim.

— Não quer manter as coisas como antes, é isso?

— Não é questão de querer, Chris — seu tom era como se estivesse sentindo dor — No momento, eu não consigo te ver da mesma forma que antes e... Ficar trancada com você aqui por mais algumas semanas, não vai ajudar em nada.

— Eu estraguei tudo! — murmurei enterrando o rosto entre as mãos.

— Se alguém estragou não foi você. Eu te provoquei, puxei sua mão naquele dia e te beijei, Christopher. Me deixei levar pelo tesão que estava sentindo.

Minha maior preocupação era estragar as coisas entre nós dois, mas, pelo visto, tudo já estava estragado. O que eu perderia se cedesse ao desejo? Eu ainda a queria ainda mais agora que tinha provado do seu beijo, ouvido seus gemidos e sentido sua boceta molhada.

Me levantei e a procurei com os olhos, Dulce estava sentada na beirada da cama, me olhando fixamente e andei decidido em sua direção. Dessa vez iríamos até o fim. Só esperava que as consequências não fossem tão dolorosas.

Seus olhos me encaravam em um misto desejo, ansiedade e confusão quando parei em sua frente e pousei uma mão em seu rosto. Arrastei meu polegar por seus lábios e senti sua respiração acelerar.

— Vem aqui — Dulce levantou-se em um salto e segurei seu queixo carinhosamente antes de tomar sua boca mais uma vez, em um beijo calmo e intenso. Se iríamos fazer aquilo, não agiria como um brutamontes. Queria tomá-la lenta e profundamente.

Ela apoiou as mãos em meu quadril, antes de subi-las por meu corpo até agarrarem meu cabelo, como se quisesse ter a certeza de que não me afastaria dela, o que só fiz quando não restava mais nenhum resquício de fôlego.

— Vamos matar esse desejo hoje e amanhã tentaremos voltar ao que éramos antes, certo? — sussurrei em seu ouvido quando minhas mãos encontraram a barra da sua camisa — Promete para mim?

— Porra, Christopher — gemeu quando chupei seu pescoço lentamente — Prometo o que quiser, mas não para.

Dulce levantou os braços quando puxei sua camisa para cima e mordeu meu ombro quando minhas mãos alcançaram seus seios. Os sons que ela produzia enquanto eu os massageava me deixaram ainda mais excitado e desesperado. Minha vontade era jogá-la na cama e fodê-la com força, mas eu não podia fazer isso, Dulce não era qualquer garota.

Acontece que eu era o único que parecia ter boas intenções ali. Suas unhas se cravavam com força em minha pele e não demorou muito para que sua boca começasse a fazer um verdadeiro estrago em meu pescoço, sugando-o com força. Era com muita dificuldade que eu estava conseguindo controlar meus movimentos, mas o controle acabou quando ela segurou meu pau por cima da calça.

— Puta merda — gemi ao senti-la apertando-o de uma forma deliciosa. Dulce abaixou-se, escorregando sua boca por meu corpo enquanto distribuía chupões e mordidas, até estar sentada na cama. Em um movimento rápido, abaixou minha calça moletom e a cueca junto, me fazendo ver estrelas quando sua mão deslizou vagorosamente por meu comprimento — Caralho... — sussurrei excitado.

Em quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora