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DULCE

Pensei que Christopher mudaria de ideia depois da noite incrível de sexo quente que tivemos, mas quando acordei pela manhã, ele foi firme ao dizer não iriamos repetir aquilo e manteríamos nossa promessa.

Uma semana tinha se passado, é difícil estar com ele sem poder tocá-lo e beijá-lo depois que experimentei tantas sensações prazerosas em suas mãos, mas estava me controlando e não estava provocando-o – tanto.

A noite que tivemos só serviu para aumentar nossa cumplicidade, nós tínhamos voltado a agir como antes, podendo estar perto um do outro e sermos carinhosos sem as coisas ficarem tão estranhas, mesmo que o desejo ainda não tivesse morrido em mim, me sentia mais calma desse jeito. O que aconteceu só serviu para provar que o terei comigo independente de qualquer coisa e Christopher era alguém que eu queria sempre em minha vida.

— Vem logo tomar café antes que esfrie — ele me chamou do balcão da cozinha e puxei o lençol por cima de mim — Maria!

— Não me chama assim, sabe que odeio — resmunguei sem me descobrir.

— Então vem logo comer.

— Christopher, são sete horas da manhã! Estamos no meio de uma pandemia mundial, para quê está acordando tão cedo? — perguntei irritada.

— Acordar cedo faz bem, sabia? Além disso, fiz café da manhã.

— Não quero comer, quero dormir! — agarrei a almofada ao me virar para o outro lado.

— Você está cada dia mais chata — provocou — Porque não vem comer, depois podemos fazer algum exercício aqui em casa.

— Qual parte do quero dormir você não entendeu? — levantei o tronco para encará-lo com os olhos estreitos de sono. Christopher me olhava com um sorriso debochado que só me irritou ainda mais.

— Você está precisando malhar um pouco, come porcaria o dia inteiro e não faz nada além de ficar em cima desse sofá assistindo filmes ou lendo.

— Você está me chamando de gorda, Uckermann? — o olhei irritada e o vi rir — Não ouvi ninguém reclamar quando estava me comendo — rebati, voltando a me deitar agarrada ao travesseiro. Tudo bem, eu o provocava ocasionalmente, não sou de ferro.

— Dulce! — repreendeu.

— Me deixa dormir, Chris — supliquei.

Como ele não voltou a falar, imagino que tenha cedido ao meu pedido e me deixado dormir mais um pouco.

Ainda de olhos fechados, me ajeitei melhor no sofá, virando para o outro lado e agarrando ainda mais o cobertor que eu usava. Abri os olhos devagar, esperando minha vista se acostumar com a claridade da sala enquanto eu bocejava silenciosamente, mas a imagem que vi, congelou meus pulmões.

Christopher estava em pé no meio da sala, com as pernas bem separadas o tórax brilhando com uma camada fina de suor enquanto seus braços flexionavam a cada movimento que fazia com a espada que segurava. Sei que ele praticava Hapkido há anos, já o tinha visto treinar muitas vezes, mas nunca tinha me parecido algo tão erótico antes.

Fiquei em silêncio, assistindo-o. Fascinada com seus movimentos e seu corpo delicioso. Queria poder lambê-lo inteiro agora. Apertei minhas coxas, excitada enquanto mordia o lábio.

— Puta merda! — murmurei baixinho.

Christopher me olhou e tenho certeza de que percebeu o quanto eu estava excitada, porque rapidamente se recompôs e deixou a espada de lado.

— Bom dia, bela adormecida! Seu humor está melhor agora? — provocou, mas eu ainda estava com os olhos fixos em seu delicioso abdome suado — Dulce, para de me olhar assim — pediu e suspirei, deitando-me de barriga para cima e olhando para o teto.

Em quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora