Crônicas de Louise

Prólogo

  Londres, era o ano de 1064, meu povo vivia perto das margens do rio Tâmisa sem chamar nenhuma atenção. Minha irmã gêmea e eu tínhamos acabado de completar quinze anos, estávamos aprendendo a controlar nossa força a cada dia.
Até que um povo rival se sentiu ameaçado, eles tinham medo do que nós podíamos nos tornar. Então se juntaram, vieram de todas as regiões e massacraram meu clã. Minha família.

  Eu sou Louise filha de Annie Aiken, bruxa poderosa do coven búlgaro. Sou filha de Nicholas Beckmann, o herdeiro de Edgar Beckmann.
Minha linhagem é sem dúvidas a mais poderosa que existe: sangue bruxo por conta da minha mãe, sangue de vampiro por causa do meu pai e apesar do meu avô não ser lobisomem a minha avó paterna era. Eu sou três coisas em apenas uma.

  Eu não viro um lobisomem mutante com sede de sangue, o meu lado vampiro prevaleceu entre os outros dois. Não faço magia e não uivo pra lua, mas continuo tendo a força dos três. Sem contar que consigo controlar os quatro elementos e minha irmã tem a psicocinese. Nenhum dos vampiros que vieram antes de nós teve algum poder assim.

  Minha família foi separada para sempre no dia do massacre pelos lobisomens ao nosso refúgio próximo ao Tâmisa, o clã Noctem era o último dos sete clãs primordiais... Ele desapareceu como fumaça no céu assim como meu pai, meu avô e o tio Steven. Os únicos sobreviventes daquela noite foram minha mãe, tia Gabriella, Matthew, Wendy e eu. Mas eu não vejo Wendy desde a morte do Matthew duzentos anos depois de tudo. Ela está adormecida numa câmara na Inglaterra há mais de setecentos anos e por mim​ ela ficaria lá para sempre.