14- alguém sabe o seu nome?

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  Eu me afastei e encarei os olhos castanhos de Tomas, mais claros por causa da luz solar. A respiração dele faz cócegas no meu rosto, ele é realmente encantador.
O som de passos nos tiraram do transe, nos afastamos e consertamos a postura. É Penélope com o aviso que minha mãe já tem um plano. Ela foi rápida.
Voltamos para a sala do apartamento, agora parece pequena com tanta gente reunida.

— o que tem lá? — Mike questionou. Pergunto-me do que se trata.

— híbridos. — Annie respondeu.

— mãe, eles podem nos matar. — Wendy falou.

— você viu algum vampiro morto? — Annie perguntou e Wendy negou — então você vai fazer o que eu mandei se quiser salvar esse lugar e o resto do mundo.

— ok. — minha irmã quase sussurrou.

— vem comigo, Wendy. — Annie seguiu para o quarto.

Quando Wendy entrou ela trancou a porta. É impossível escutar o que as duas estão falando, Annie sempre usa um feitiço para atrapalhar nossa audição.
Perguntei a Mike o que está acontecendo. Ele me explicou: às bruxas tem um espião com o exército de Allison, pelo visto não era só Alie o objeto descartável. Annie foi informada de um lugar onde alguns híbridos estão agora esperando por ordens. Ela quer fazer um ataque para mostrar que não temos medo da ameaça.
Por que diabos as bruxas tem que se meter em tudo?

— e então? — eu perguntei quando as duas saíram.

— Wendy vai encontrar o meu contato no prédio e enquanto isso vocês vão segurar os híbridos. — Annie contou.

— ótimo, Mike vem comigo.

— não. — minha mãe me interrompeu — vai apenas você, sua irmã, Kallie Eastey e Abraham... Vocês não vão chamar atenção.

— Helsing ainda é inexperiente. Ele não vai.

— não me importo com o laço que você tem com um membro do seu clã. — Annie falou ríspida — essas são as ordens, siga ou tudo pode piorar. Lembre-se que a culpa é sua. Tem sorte das bruxas terem me escolhido. — ela não mediu palavras. Fechei as mãos e senti minhas unhas rasgando minha pele.

— Louise, ele vai ficar bem. — Wendy sussurrou e segurou meu braço. Eu me afastei do toque dela — desculpe.

  Esperamos até o anoitecer para cumprir as ordens da general. Ninguém pediu ajuda para as bruxas, podíamos lidar com isso só. a ideia de Abraham ir conosco é imprudente e minha mãe sabe disso. Ele vai acompanhar Wendy até o andar superior, pior ainda porque não vou poder ficar de olho.

  Fomos de carro até duas ruas antes, a partir deste ponto seguimos a pé.
Eu entendo o porque de Allison manter os híbridos dela aqui, ninguém procuraria nada aqui onde só tem alcoólatras e drogados. Um pequeno exército de monstrinhos como ela.

— vamos esperar até vocês chamarem a atenção deles. — Wendy falou e se separou de nós junto com Abraham.

  Kallie Eastey e eu entramos no prédio. O cheiro de toxina de lobisomem é tão forte que chega a afetar a mente.
Um cara surgiu na nossa frente, um híbrido. Pelo que parece eles já sabem usar a velocidade.

— Little reaper.

— faz uns séculos que não me chamam assim. — falei encarando o híbrido — eu vim matar Allison, ela está?

— não, ela não fica aqui — ele respondeu — mas isso não importa, você estará morta em pouco tempo.

  Kallie Eastey tocou meu braço e olhou para trás, eu olhei também.
Na frente da saída há mais híbridos do que eu posso contar. Eles estão no cercando e isso quer dizer que o plano da ardilosa da minha mãe vai dar certo, ela não se importa se vamos viver. O que importa é Wendy encontrar o contato e alguns híbridos morrerem.

Crônicas de Louise Onde histórias criam vida. Descubra agora