Não acredito que Dallas Sokolov me deixou no tapete da sala! Aquele canalha não vai sobreviver para contar o que fez hoje.
Levantei e subi as escadas. O quarto de Blake está vazio, como o de Penélope e o resto da casa. Há sangue por toda parte, metade é da minha irmã.
Alguém bateu na porta e dessa vez eu não estou muito contente em atender.
Desci as escadas furiosa e abri a porta.— Wendy? — a garota baixa com olhos verdes perguntou, ela me lembra alguém.
— tenta de novo. — falei.
— Louise? — ela demonstrou surpresa — onde está a sua irmã?
— quem é você exatamente?
— Marie Jane Devereaux. — ela falou.
É óbvio. Essa garota é a cópia quase perfeita de Jacqueline, o que muda é a altura e a cor do cabelo, ela é apenas dois centímetros a mais que eu, 1,57 eu diria. Olhos verdes, lábios bem desenhados, maçã do rosto contornada e um cabelo dourado e ondulado de dar inveja, uma verdadeira princesa. Mais uma francesa para encher meu saco.
Deixei a porta e sentei no sofá, Marie Jane fez a mesma coisa. Ela olha os cantos surpresa como eu estava há minutos atrás.
— onde está a minha irmã? — ela perguntou observando cada canto da sala.
— onde estava você esse tempo todo? — questionei. Nunca a tinha visto antes.
— moi?
— sim. — forcei um sorriso.
— estava garantido a segurança do império da minha família. — ela contou — agora que sua irmã está de volta meu propósito mudou. — revirei os olhos — você ainda não respondeu minha pergunta, mon cher.
— eu não sei onde está Jacqueline, Wendy ou qualquer um que estava aqui antes.
Marie Jane começou a procurar algo na bolsa que só me dei conta agora que ela carrega.
Ela pegou um papel, uma carta, e me entregou.— chegou hoje cedo no meu endereço, não imagino porque foi entregue lá. — ela contou.
Meu nome está escrito em letra cursiva, uma caligrafia belíssima e delicada.
Abri o papel e comecei a ler. “querida Louise, imagino que agora você já deve estar se perguntando onde está a sua família. Pois bem, ela está comigo. Eu pensei muito em como teria minha vingança e a forma que eu consegui é quase perfeita. Um beijo, Allison Nikolaev”.
Rasguei a carta e gritei. Marie pegou os pedaços da minha mão e começou a ler.— quem é Allison? — ela perguntou.
— você não sabe?
— desde que eu fui transformada não saí muito da França. — Marie contou.
— por que? — questionei.
— sua irmã tem interesses lá.
É claro que tem. Wendy sempre quis aliados naquele lugar de esnobes.
Eu tenho que salvar minha família com a ajuda de uma princesa francesa que não sabe de muita coisa, pelo que parece. A sorte não sorriu para mim essa semana. Na verdade, estou sem sorte toda a minha vida.
Peguei meu celular e liguei para Abraham, o estranho é que ele não atendeu. Niels comentou que ele não apareceu no trabalho, o garoto deve estar viajando. A minha outra opção está na Alemanha e o amigo de Blake a conhecia... Lembrando disso, talvez ela tente me matar.— hoje é seu dia de sorte, Marie. — falei e ela estreitou os olhos — conhece a Alemanha?
— não, por quê?
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Crônicas de Louise
FantasyEm revisão Louise é uma vampira vivendo numa cidade esquecida. Quando uma nova ameaça surge ela se ver obrigada a recorrer a uma ajuda que preferia evitar. No meio de conflitos, vingança e paranóia, Louise se ver perdida e sem esperança. Além das p...