11. MAL ESTAR

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A alegria daquelas crianças preenchiam o interior de Lionel , seus olhos fitavam a cena satisfatoriamente , onde aqueles pequenos seres que ou batiam em sua coxa ou cintura corriam de um lado para o outro, carregando em suas pequenas mãos o brinquedo ganho, fosse uma bola, boneca, jogo ou boneco super—herói , a felicidade era tamanha que preenchia ele, pois era uma alegria pura, sincera, genuína e autentica, onde aquele singelo acontecimento se fazia o mais especial perante aqueles pequenos olhos, onde por fim sentiam—se amados e queridos.

—Seus olhos estão brilhando – comentou uma voz masculina, ao lado de Lionel .

Movendo a cabeça para o lado , encontrou o velho Anton, parado ao seu lado, com as mãos para trás e a mesma expressão serena e compreensiva que mantinha , até mesmo para punir alguma travessura.

—Sua esposa expressou o mesmo olhar quando viu os bebês – anunciou Anton , formando uma curiosidade na expressão de Lionel , que tornou seu olhar sereno, ao mesmo tempo que ansiava por saber mais —Não entendo como dois jovens, recém casados , que adoram crianças, compartilham os mesmo ideais não encontram—se felizes – constatou, voltando seu olhar para as crianças a sua frente.

—Anton – murmurou Lionel , em um tom de advertência, prevendo o possível sermão que estava prestes a ouvir.

—Lionel – proferiu o diretor o detendo – Você não é assim, está mais rude, sério e até magoado—constatou, uma constatação fácil devido ao fato de conhecer aquele homem .

Aquela constatação desagradou a Lionel , que prontamente se pôs a revirar seus olhos, levando suas mãos até dentro do bolso de sua calça , inclinando sua cabeça para trás, como se buscasse, previamente, aliviar a tensão que aquela conversa geraria .

—Infelizmente descobri da forma mais cruel como o dinheiro manda nas relações – afirmou, levando seu olhar para baixo, como se aquelas palavras trouxessem recordações que doíam em seu interior —A Olívia se casou comigo por dinheiro, para salvar sua família , sem mencionar que ama a outro – recordou, tornando sua expressão rígida e um olhar de desprezo com um misto de magoa – Agora me diz como não mudar? – indagou , voltando o olhar para o homem ao seu lado.

—Realmente fica difícil permanecer intacto com estes acontecimentos—concordou Anton, o fitando com uma expressão singela.

O silencio imperou naquela conversação, nada ousou Lionel a dizer, apenas se pondo a pensar , como se recordar daqueles fatos o torturasse e trouxesse uma amargura sombria, algo que o estava cegando e tomando seu corpo por um ódio e sede de vingança que apenas percorria suas veias.

—Por isso vou fazê—la pagar – murmurou em um tom quase de sussurro com os dentes entrecerrados .

—Como?—indagou Anton com uma expressão de espanto , voltando seu olhar para Lionel – Lionel o que você pretende fazer? – questionou, horrorizado com aquela afirmação.

—O que o senhor ouviu – afirmou, fitando Anton com uma expressão rude

—Está explicado porque ela crê que você é um homem insensível – afirmou horrorizado – Por favor Lionel está não foi sua criação – proferiu alterado – Um homem sedento por vingança – completou o fitando com completo horror .

—Anton—tentou contestar Lionel , sendo bruscamente interrompido

—Não Lionel – interrompeu Anton, em um tom autoritário – Sua esposa pode ter errado, mas não acredito que ela seja tão má a ponto de ter feito isso com a intenção de te machucar – afirmou , mantendo o mesmo tom – E você estará agindo errado se iniciar uma vingança contra a mulher que jurou respeitar perante a Deus – recordou

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