15. PRAZER

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Sua razão a puniu por ter ousado a pedir explicações a seu marido por algo tão banal, que  talvez nem quisesse ou necessitasse saber, realmente não sabia mais , muito menos entendia o porque havia agido como uma esposa ciumenta, contudo para sua falta de sorte seu marido sabia como puni—la por ser insolente e petulante, como ele próprio havia dito.

—Me solta – insistiu novamente, rodeando seus pulsos na tentativa de se desvencilhar daqueles enormes dedos que a detinham com certa força.

Mas era perturbador a forma com que seu marido a fitava, sem mencionar que tornava impossível tentar se soltar quando seu interior se encontrava extremamente perturbado e com um incomodo que somente aqueles olhos verdes eram capazes de provocar quando a fitavam.

Aquela mulher  era capaz de tirar qualquer resquício de sanidade que havia em Lionel , ela o tornava insano, possessivo, cruel, sórdido e sem mencionar que o deixava extremamente excitado, fita—la era sua diversão predileta , ainda mais por ser perceptível o quanto aquilo a incomodava .

—Para você fugir? – indagou quase em uma afirmação , pois era visível nos olhos de sua esposa o quanto assustada se encontrava, sem mencionar a pouco disponibilidade ou vontade em ser colocada a prova da maneira com a qual ele pretendia.

Lionel  apenas a fitava, mas sua mirada não era  correspondida, pois Olívia encontrava—se com o rosto virado, como se temesse ou previsse que ele pretendia e ansiava por tomar seus lábios vorazmente, abaixando por completo as armas daquela mulher

—Seria maluca, tal qual a você se consentisse com o que pretende – murmurou, com a expressão fechada e lentamente voltando sua cabeça para frente, encarando os olhos de seu marido .

—Por que resiste? – indagou Lionel , transparecendo sua curiosidade – Se seu corpo me diz outra coisa—afirmou, com um sorriso vitorioso nos lábios.

Aquela afirmação de Lionel  não era sem fundamento, pois era visível as bochechas ruborizadas, a pele arrepiada, a respiração ofegante e o suor que se iniciava em sua esposa, era um suor que acentuava aquele aroma de rosas do campo, um aroma tão singelo, mas que na pele daquela mulher se tornava seu delírio , um delírio tamanho que podia sentir seu membro se enrijecer involuntariamente.

—E você , porque insiste – murmurou Olívia, em um tom de provocação, como se parte de si ansiasse por ferir seu marido a ponto que ele a libertasse – Se sabe ...– soltou em um sussurro, levando lentamente seus lábios o mais próximo que conseguiu até a orelha de Lionel , como se a necessidade de provoca—lo e ao mesmo tempo magoa—lo se mesclassem – Que amo outro homem, que todo meu corpo já se incêndio desta forma por outro mais viril que você – aquelas palavras saiam espontaneamente dos lábios de Olívia, não compreendia aquela súbita necessidade em provoca—lo, pois sabia o quão feroz aquele homem poderia se tornar, mas o fato de recordar que existia uma mera possibilidade de seu marido ter ou chegar a ter uma relação com Bella a perturbava de uma forma que necessitava leva—lo ao limite .

Cada letra e silaba daquelas palavras incendiaram o interior de Lionel , de uma maneira que obrigou sua expressão se tornar rígida, uma necessidade surgiu em seu interior, melhor uma vontade de jogar aquela mulher na cama e mostrar que somente ele era capaz de proporcionar a ela um prazer, um prazer que a fazia cair em um completo estado de exaustão, que era evidente nas vezes em que fizeram sexo .

Olívia Castan Olmo havia se tornado a presa mais desejada por seu marido, uma presa que naquela noite ele saborearia até ela implorar para que ele parasse ou continuasse , mas uma coisa dentro de si tinha certeza, após aquela noite sua mulher não seria a mesma , pois seu objetivo principal era vicia—la completamente em um prazer único que somente ele seria capaz de propiciar .

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