38. AÇÃO OU REAÇÃO

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As mãos de Lionel  lentamente se afastaram da pequena cintura de sua esposa, malditamente, necessitava de ar, algo irônico já que estava ao ar livre, seu estomago estava embrulhado, sentia uma enorme ânsia , asco , uma forte dor para respirar, como se sua traqueia houvesse se fechado, sem mencionado seu peito doía , como se houvesse sido apunhalado por uma adaga , em um ferimento profundo que não era visível a olha nu, apenas sentido por aquela região de seu corpo.

Desgraciadamente seu corpo respondia a lei da física, a ''Lei da Ação e Reação'' , ou seja ele estava reagindo a aquela ação, que havia sido aquela revelação, que o havia deixado completamente confuso, onde realmente não sabia o que sentia.

Cabisbaixo, completamente desnorteado, se afastou de Olívia , logo alcançando o parapeito e envolvendo com força o metal daquela proteção, com  uma força desnecessária, mas demasiada , buscando compreensão cerrou suas pálpebras com força , com a respiração ofegante devido a dificuldade que seu corpo lhe produzia para sanar uma singela necessidade.

—Lionel  – murmuro Olívia, meio temerosa com aquela falta de reação de seu marido, pelo menos uma falta de reação visível .

Um chamado que ele buscou ignorar, não sabia o que pensar de sua esposa, se sentia aliviado com sua sinceridade ou se aquela sinceridade era apenas culpa, culpa por mais uma vez estar mentindo .

—Desde quando você sabe que ele está vivo ? – indagou com os dentes cerrados, sem fita—la .

—Sei lá—murmuro confusa, afinal os dias haviam se tornado semanas com tantos acontecimentos – Dois ou três dias – afirmou calmamente, uma calma que buscava passar para seu marido .

—Dois ou três dias – repetiu, abrindo suas pálpebras e balançando sua cabeça, realmente não sabia o que pensar – Vocês se encontraram? – indagou, lançando um olhar de fúria para sua esposa , apenas em pensar naquela possibilidade.

—Lionel  – murmuro, buscando fugir daquela indagação, que era visível nos olhos de seu marido que a resposta  o desagradaria.

—Responde—ordenou alterando seu tom , o tornando agressivo, enquanto seus dedos envolveram com mais força o metal entre seus dedos.

—Si...—gaguejou , temendo a reação explosiva de seu marido – Sim – respondeu por fim .

Lionel  inspirou profundamente o ar, podia sentir seus olhos arderem, apenas em imaginar sua esposa com outro homem , aquilo, aquelas imagens de outro a tocando, beijando, cheirando e sabe—se lá mais o que, pois malditamente sua mente apenas se fazia capaz de cogitar o pior , todas aquelas cenas aumentavam  a fúria em seu interior.

—Como ele sobreviveu? – indagou rispidamente – Como e onde vocês se encontraram? – prosseguiu seu questionamento .

—Naquele dia, do acidente, estavam levando outro homem, que acreditaram depois ser o corpo de Juan, mas ele escapou antes que o carro explodisse – respondeu um pouco nervosa, pois necessitava que aquelas palavras acalentassem ou consumissem com a fúria dos olhos de Lionel  – Ele passou esse tempo em coma – completou com certo pesar , um pesar que a obrigou inspirar profundamente o ar.

—Como vocês se encontraram?—indagou furioso, agarrando com mais força o metal entre seus dedos

—Aquele dia que fui visitar minha tia – recordou – Ele foi me procurar na casa dela – contou – Lionel  juro que não sabia que ele estava vivo—afirmou , em um tom de suplica, como se ansiasse que ele não voltasse a desconfiar de si .

—Era ele quem vinha ligando ?—indagou recordando as estranhas ligações, justamente na época daquele fatídico retorno

—Sim – respondeu brandamente

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