42. UMA SUSPEITA

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As singelas, mas significantes palavras de seu marido haviam sido as últimas coisas a invadiram a mente de Olívia, possibilitando que seu descanso fosse imediato, profundo e tranquilo, uma tranquilidade que somente aqueles braços eram capazes de lhe proporcionar, era incrível como havia buscado fugir daquele homem, certamente havia fugido por saber que assim que se entregasse a aquele sentimento  seu destino estaria entrelaçado de outra maneira no dele, não somente por laços matrimoniais, mas por laços que nem a morte seria capaz de romper, tão pouco o tempo ou a distancia, laços que jamais havia criado com uma outra  pessoa, apenas com Lionel Olmo .

Um toque, as vezes um singelo toque, que pode ter mais de uma intenção oculta ou nenhuma, apenas ser um ato de carinho, se pôs a despertar os sentidos de Olívia, sentidos adormecidos desde que ouvira aquelas palavras dos lábios de seu marido , um suave toque que percorria suas costas e outro que se concentrava na região de seu pescoço, obrigando que seu ombro levantasse em busca que aquele toque cessasse, uma vez que estava começando a lhe causar  cocegas .

—Hum – gemeu, apertando algo macio entre seus braços

Assim que notou que algo macio, extremamente macio estava entre seus braços, demasiadamente macio para ser seu marido, subitamente abriu seus olhos , encontrando um travesseiro entre seus braços, um travesseiro que guardava o aroma de Lionel   , completamente confusa, girou sua cabeça para trás , encontrando um sorriso branco e os olhos verdes de seu marido, que já se encontrava devidamente banhado e trajando uma camiseta manga longa bordo e uma calça caqui .

—Bom dia mi amor – proferiu os lábios  masculinos, se inclinando e selando suavemente a face de sua propriedade mais preciosa.

—Lionel  – murmurou confusa, girando o restante de seu corpo envolto a um lençol – Que horas são?—indagou buscando se situar .

—São quase dez horas – afirmou, afastando delicadamente com seu dedo algumas mechas que caiam sobre a face de sua esposa – Apenas te despertei para me despedir – afirmou com um olhar de pesar

—Ficaria triste se não fizesse isso – afirmou, levando sua mão a face de seu marido e acariciando com seu polegar – Odiaria acordar sem saber aonde você foi – completou o fitando ternamente .

—Assim não conseguirei me despedir—afirmou , evidenciando a tentação que era para ele aquela mulher que a cada segundo se tornava viciante e necessária .

Com um sorriso que evidenciou sua felicidade por aquela confissão, Olívia levou suas pequenas mãos até a nuca de seu marido, empurrando sua cabeça em direção a seus lábios, que sem demora os selou, iniciando um beijo sereno e calmo .

Curiosas , as mãos de Lionel  deslizaram  pelo lençol, contornando o belo corpo de sua esposa, apenas parando quando chegou em sua coxa, onde sentiu uma enorme necessidade de aperta—la com força, pois aquela mulher se tornava um objeto insaciável a seu desejo, um desejo que aumentava e o fazia sentir ganas de arrancar aquele lençol de seda e consumi—la durante todo o dia fazendo amor até o simples e puro sexo  guiado pelo desejo.

Com sofreguidão e ofegante, Lionel  afastou seus lábios dos de sua esposa, antes que iniciasse um ato que seus compromissos daquele dia o impossibilitasse de concluir com a satisfação que seu corpo ansiava .

—Definitivamente você é  minha perdição – sussurrou ofegante, roçando seus lábios nos de sua esposa.

—Melhor ir querido – aconselhou , prendendo entre seus dentes aquele lábio inferior masculino – Antes que ouse detê—lo comigo pelo restante do dia – informou em um tom provocativo .

—Assim você consome com minha concentração para o trabalho – afirmou, completamente apaixonado e sentindo o desejo consumir seu corpo.

—Não me desagrada a ideia de você pensar em mim durante todo o dia – informou provocando  seu marido.

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