02. NOITE DE NÚPCIAS

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Meses antes

—Vilu – entrou em seu quarto completamente sem ar Felipa, era notável e audível sua respiração ofegante.

Olívia que encontrava—se sentada no pequeno sofá que havia em seu quarto, em frente a janela que dava vista para o belo jardim daquela moradia , rapidamente se pôs em pé, como resposta ao susto e a expressão que havia na face de sua amiga, uma expressão se susto, com pânico ao mesmo tempo que uma palidez tomava sua face que já era branca.

—O que houve Lipa?– indagou nervosa e rapidamente

—O Juan – murmurou em um tom pouco audível , como se ao pronunciar aquelas palavras sem incredulidade tomasse conta de seu corpo .

—O que houve? – indagou demonstrando seu nervosismos ,sentindo certa tensão e temor tomar conta de seu corpo – Anda – ordenou apressando para que ela falasse logo o que havia para contar sobre o amor de sua vida.

—O automóvel em que ele estava viajando – começou, tragando o ar necessário para prosseguir com o que havia para contar.

—Fala Felipa – ordenou Olívia já sentindo uma angustia somar—se a irritação com a demora de sua amiga em falar .

—O automóvel bateu – afirmou abrandando seu tom – Segundo meu pai o automóvel bateu embaixo de um caminhão – contou na tentativa de explicar sua noticia .

Assim que aquela noticia adentrou os ouvidos de Olívia o chão pareceu desaparecer, seu coração parecia haver levado um forte golpe a ponto de impedi—lo de exercer a função necessária e habitual, bater , sentia—se inerte com relação ao mundo ao seu redor .

—O Juan ? – indagou em um tom de murmúrio, enquanto seus olhos encontravam—se fitando o nada , pois não se fazia capaz de entender aquela situação .

—Não houve sobreviventes – afirmou Felipa se pondo a caminhar em direção de sua amiga – Olívia ....

Presente

—Olívia – chamou uma voz masculina, trazendo—a novamente para a realidade

Seus olhos prontamente alcançaram uma das ruas de Buenos Aires , que passavam rapidamente, devido ao movimento do carro, logo pode sentir uma mão quente pousar sobre as suas, que encontravam—se gélidas e pousadas sobre seu colo, seu olhar percorreu aquele contato, encontrando uma mão grande sobre a sua, ainda meio inerte levou seu olhar até o rosto do homem que pertencia aquele membro, encontrando a face de Lionel Olmo, seu marido, a fitando com uma expressão de preocupação.

—Está bem querida? – indagou preocupado

Nada ela respondeu, apenas se pôs a fita—lo, como se estivesse tentando recordar quem era aquele homem, um homem que a fitava com ternura, serenidade ao mesmo tempo que possuía certa preocupação, de maneira instantânea sua mente se pôs a recordar todos os singelos momentos que a haviam trazido até aquele automóvel, que agora os guiava até o hotel.

—Sim – murmurou tentando esboçar um sorriso, mas sem êxito .

Bruscamente voltou sua cabeça para seu lado, fitando novamente a cidade que passava por seus olhos , seus ouvidos puderam ouvir seu marido proferir um suspiro, como se aquela situação fosse de seu desagrado , contudo estava com sua mente dispersa demais para dar importância a tal fato , mal havia prestado atenção na festa , parte de si sentia—se aliviada por ver a felicidade de seu pai , seus amigos e parentes , contudo podia dizer que havia estado inerte aos acontecimentos daquela festividade , todavia em sua mente outra preocupação estava se sobressaindo , o fato de que naquela noite teria que dividir a cama com Lionel Olmo ; tal recordação a fez engolir com certa dificuldade a saliva em sua boca, sentia—se mal por ir para cama com alguém que não sentia nada , sendo que apenas havia pertencido a um homem e uma única vez , sua pálpebras lentamente se fecharam, uma parte de si ansiava por regressar ao passado, enquanto sua razão lhe ordenava para concentrar—se no presente e aproveita—lo , afinal mesmo a contragosto aquela era sua vida e aquele homem seu marido .

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