XI

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"For every laugh there is a silent cry

For every day there is a darker night

Sometimes this life doesn't treat us right

And I don't know what to do

But I know it's better with you"

Better with You - Jesse McCartney

— O que esse fodido está fazendo aqui? — Graham pergunta, tremendo de raiva.

Betty olha para nós dois, completamente chocada.

— Não vim aqui para brigar — Aaron se defende.

— Eu deixei bem claro a última vez que esteve aqui que você não era bem vindo.

— Sua irmã me convidou.

— Parece que eu ligo? Pelo que eu sei essa terra ainda é minha e aqui você não pisa.

— Graham... — Betty tenta argumentar.

— Não, Betsy, chega. Eu não vou deixar esse babaca enganar você outra vez.

— Isso não vai acontecer — a irmã garante.

Isso é muito pessoal, eu não deveria estar aqui ouvindo essa conversa. Não tenho nada a ver com os problemas de Graham e Betty, mas não posso simplesmente virar as costas e ir embora.

— Eu só quero me reaproximar da minha filha — Aaron diz. Esse é limite de Graham, vejo seus músculos se tensionando quando ele se prepara para atacar Aaron. Betty também vê e reconheço o pânico em seus olhos.

Ajo sem pensar. Me coloco meio na frente de Graham, tentando segura-lo pelo braço.

— Por favor, não — peço. Ele para, perdido por um momento tentando entender por que estou tentando segura-lo e por que ele está permitindo que eu faça.

— Saia, Stella — manda. Meu primeiro impulso é obedecer, mas firmo meus pés e aperto mais as unhas em seus braços.

— Não — digo.

Betty que finalmente se recupera do susto, decide fazer algo.

— Aaron, vá embora — diz. — Conversamos depois.

Só largo Graham depois que o Impala velho sai do rancho.

— Que merda, Betsy! — Graham reclama. — Não quero esse cara cercando nossa casa.

— Graham Wilson! — ela grita. — Você está sendo um pé no meu saco ultimamente.

— Pé no saco?

— É! Eu sei que você odeia Aaron e não tiro sua razão. Deus sabe o quanto eu o odeio quando lembro o que ele fez. — Ela passa a mão pelos cabelos loiros, exausta. — Mas a Calamity é filha desse babaca e se ele diz que mudou e quer conhecê-la eu tenho a obrigação de dar uma chance.

— Você não tem obrigação de nada. Esse cara não mudou, Betsy. Como você não vê isso? — Quero cavar um buraco no chão e me enfiar.

— Não interessa! É minha decisão para tomar e você não pode impedir.

— Posso sim! Esse rancho ainda é meu.

— Esse rancho também é meu!

— Como você pode ser tão ingênua e não ver que esse safado está te enganando outra vez? — Graham se senta no banco da varanda, cansado. — Stella, me ajude aqui.

Enlaçada por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora