XXVII

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"'Cause every single day

Before I knew your name

I couldn't see your face

But I prayed for you

Every heartbreak trail when all hope

Fell on the highway to hell

I prayed for you"

Prayed For You - Matt Stell

— Noivos? — Betty grita quando Graham termina de contar para ela.

— Eu sei, sou um sortudo filho da mãe. — Ele beija minha testa. Eu não discordo, mas sei que a sortuda na realidade sou eu.

— Uau, estou sem palavras — Emma diz.

— Isso sim é chocante — eu brinco.

— Então, vocês já sabem quando vão fazer a festa? Vamos chamar todos os Wilsons espalhados pelo estado? Podemos montar uma tenda sob a grama no quintal do casarão...

— Irmã, ainda não conversamos sobre nada disso. Desacelere um pouco. — Fico subitamente aliviada ao ouvir essas palavras saírem da boca de Graham e acho que ele sabe disso.

— Tudo bem. Mas precisamos comemorar, vou abrir um champanhe.

Tento dizer a ela que não precisa, mas ela some para o fundo do bar antes que eu consiga.

— Sinto muito sobre isso. Ela está animada porque nunca teve o próprio casamento que sempre sonhou.

— Não se preocupe. Eu entendo.

— Eu prometo que podemos ter o casamento que você quiser. Uma festa grande ou apenas nós dois, você manda.

— Obrigada. — Beijo sua bochecha. — Preciso te perguntar uma coisa.

— Manda.

— Você me disse que Harper fazia enfermagem.

— Sim — ele confirma.

— Onde?

— Duke. Por quê?

— Eu estudei em Duke também, que coincidência, né?

— É — ele concorda. Parece perdido nas próprias memórias por um tempo enquanto seus olhos azuis ficam menos focados. — Ela costumava elogiar muito a faculdade e eles foram muito atenciosos depois do acidente, nunca conseguiram achar quem a atropelou, mas fizeram alguns memoriais e homenagens.

As palavras de Graham fazem meu estomago revirar e algo queima o fundo da minha garganta. Quando Betty e Emma voltam com o champanhe e as taças eu só consigo me concentrar em tentar não vomitar.

Algumas horas depois, ainda estou com o vômito acumulado no fundo da garganta e quando recebo uma mensagem de Patrick dizendo que precisamos conversar, despisto Graham, Betty e Emma e saio para o estacionamento colocar o que quer que seja que está me fazendo mal para fora.

"Me encontre no meu carro, é do seu interesse" é a única mensagem que Patrick envia. Aproveito que já estou no estacionamento e decido dar um fim nisso de uma vez por todas. Encontro seu carro no meio fio em frente ao bar.

— Isso foi rápido — ele diz quando entro no Mercedes.

— Diga o que você quer, Patrick.

— Quero te mostrar isso, querida. — Ele me passa um envelope. Abro e reconheço os papéis de cara. A versão assinada do contrato de venda do rancho que eu tinha negociado com a Betty uma semana atrás.

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