two

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Fiquei pelo menos duas semanas sem ir ajudar meu pai no pub, ele só me chamava quando eram dias lotados, geralmente eu ficava em casa ajudando minha mãe com meus irmãos já que eu sou a mais velha. Pretendia me mudar pra Londres e arrumar um emprego, eu adimirava Ada Shelby por ironia do destino, elas deixou tudo aqui pra ir trabalhar na política e fazer tudo o que queria, eu pensava em fazer meu futuro sozinha, porque não? Nada me prende a está cidade.

— Oi papai, muito trabalho?– dou-lhe um beijo na bochecha e coloco meu avental

— Querida não precisava vir hoje.– ele diz meio relutante

— A casa está cheia, não precisa ser orgulhoso, pode me pedir ajuda de vez em quando.– estava realmente cheia, muitos homens cantando e bebendo.

— Não gosto quando eles ficam te olhando, fique atrás do balcão e não saia daqui.– eu e meu pai éramos bastante unidos, era muito apegada a ele. E ele como um pão coruja tradicionalmente era muito ciumento, por ele nunca casaria.

Ele me deixou sozinha por instantes no balcão servindo, vejo o John sair da salinha e assim que ele me vê vem e se senta em um dos bancos a frente do balcão.

— Olha o que temos aqui.– ele mordisca o palito entre seus dentes e eu bufo sem ele ver — Não veio trabalhar.

— Diferente de você eu não tenho uma vida fácil, eu tenho ocupações e só posso ajudar meu pai quando ele precisa por aqui.– eu não devia explicações mas foi bom alfinetar ele.

— Acha que eu tenho uma vida fácil?– ele ri e eu sirvo um copo de whisky pra ele.

— Você é um Shelby, você mesmo se orgulha de dizer isso as vezes não?– ele trinca o maxilar e me encara sério.

— Você me irrita.– ele diz entredentes

— Você que veio conversar comigo.– dou de ombros e ele se levanta e sai bravo, sorrio achando graça em ter feito ele ficar atacado. Mas meu sorriso some ao ver o líder Shelby a frente do balcão.

— Boa noite Bella, veio ajudar seu pai hoje?– assenti sem dizer nada e ele acende um cigarro ainda me encarando — Como naquela noite? Aquela noite que ouviu minha conversa com a minha noiva? – senti meu corpo ficar gelado mesmo com o clima bom da noite da Inglaterra, ele sabia que eu sabia do segredo dele. — Eu espero que como seu pai, sua lealdade seja só não dos Peaky Blinders como minha. Eu tenho sua lealdade Arabella?– ele me pergunta sendo frio, e totalmente maldoso, sinto meus olhos marejados. Estava mesmo com vontade de chorar, estava sendo ameaçada e não poderia gritar meu pai, eu ouvia desde que me entendo por gente as histórias sobre Thomas Shelby, ele sim dentre os três irmãos tinha maldade no olhar como um demônio, eu respondi a John porque ele tinha o olhar mais calmo, eu sabia que as tiradas dele não passavam de provocações, mas Thomas... E então eu com toda a coragem do mundo tive uma ideia louca, e retomei minhas postura pra tentar uma besteira.

— Eu posso não ter ouvido nada Sr Shelby, depende do favor que pode fazer para mim.–  senti minhas mão trêmulas, Thomas olhou pra mim quase soltando uma gargalhada

— Está querendo barganhar comigo?– ele riu baixo — O que uma garota como você poderia querer? Um pônei? – a risada dele aumentava — Uma noite comigo?– disse o convencido.

— Como acha que é uma garota como eu?– pergunto interessada na preposição dele

— Você é uma menina de boa família, apega aos estudos, já sei... Sua família quer te casar com um homem rico e importante não é?– ele sorria como se não fosse tão difícil me desvendar

— Você é péssimo em decifrar as pessoas, como ainda é um líder?– respondi sem pensar e vi seu semblante fazer uma carranca, seus olhos ficaram escuros e eu vi meu fim.

Webelong    ✨John Shelby✨Onde histórias criam vida. Descubra agora