eight

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Os dias estavam passando e eu tinha mesmo que aturar eles, ainda bem que passava o dia inteiro no trabalho, mas ao chegar em casa ainda tinha que olhar pra cara deles. Estava quase dando a hora de ir embora, e eu só queria dormir na empresa.

— Senhorita Arabella, estou começando a achar que gosta muito de trabalhar aqui.– o Sr Caisar diz rindo — Já passou da sua hora de ir embora.

— Alguns assuntos estão me aborrecendo em casa.– passo as mãos no rosto e ele ri

— Mas você realmente precisa ir. César te acompanhará até a saída.– ele diz e se despede, César era o filho dele, e creio que ele tem certo interesse em mim, vive fazendo perguntas indiscretas.

— Não precisa ficar aqui até o táxi chegar.– digo ao jovem bonito, ele tinha mais ou menos minha idade, mais velho com certeza, bem educado e bonito não dá pra negar.

— As vezes eu acho que você está me evitando.– ele comenta rindo — Eu estou sendo um monstro?

— Não, claro que não. – pensando por um lado Cesar só era irritante porque queria algo comigo, mas era só isso de resto ele parecia uma boa pessoa. Ele sorri pra mim e vejo um carro preto parar perto de nós na rua, vejo John dentro do mesmo, ele encara Cesar e me espera entrar no carro.

— O que faz aqui?– pergunto quando ele dá partida

— Não é óbvio? Vim te buscar– ele estava mordendo o palito em sua boca.

— Não precisava, eu sempre vou embora de táxi.– reclamo e cruzo os braços.

— Pelo jeito precisava sim, quem era aquele cara?– ele pergunta um pouco enciumado

— Um amigo.– digo simplesmente

— Eu quero o nome dele.– ele me encara por canto de olho e eu sorrio

— Querer não é poder.– respondo e vejo seu olhar nervoso sobre mim.

— Para um Shelby é.– reviro os olhos — Eu descubro.

— E vai fazer o que?– ele sorri tirando o palito da boca, e me olha — John!– o repreendo mas ele continua rindo. Ao chegar em casa saio de seu carro e bato a porta com força, ao entrar na casa acabo esbarrando com Thomas.

— Olha por onde anda.– ele diz de cara fechada.

— Hoje não Thomas Shelby.– digo nervosa e subo as escadas correndo, jogo minha bolsa no chão e me jogo na cama, seguro o travesseiro contra o rosto e grito, espero até me acalmar para descer pra jantar.

E por incrível que pareça todos estavam muito quietos, jantamos em paz e quando terminou ajudei Ada a limpar a cozinha, enquanto nós riamos de nossos empregos e estávamos terminando vemos Thomas entrar na cozinha.

— Bella, eu posso falar com você?– ele pede tão educadamente que até estranho. Sigo ele até o escritório da Ada e ele fecha a porta e fica em silêncio.

— O que aconteceu? É algo com meu pai ele está bem?– pergunto desesperada

— Não, se acalme, seu pai está bem.– ele diz e se senta na mesa, fico em pé encarando ele — Você...gosta do meu irmão?– ele pergunta um pouco sem jeito

— O que? Claro que não eu...– dou uma risada de nervosismo e nego

— Então...– ele diz baixo e caminha até mim lentamente, ele para na minha frente bem perto do meu rosto — Eu não sinto culpa em fazer isso.

— Fazer o que Thomas?– ele encosta seus lábios nos meus e agarra minha cintura, eu não consigo assimilar bem o que aconteceu só me dou conta quando Ada entra com tudo no escritório rindo.

— Eu sabia! Sabia que rolava algo entre vocês dois.– Thomas me soltou abruptamente, e eu fiquei atônita sem saber o que fazer ou falar.

— Não tem nada entre a gente.– Thomas diz exasperado

— É melhor não ter mais mesmo, seu casamento é semana que vem e você faz isso com Grace?– Ada estava fazendo tantas reclamações, eu parei de escutar e só sai do escritório sendo movida pela vergonha.

Me jogo na minha cama e tento assimilar o que acabou de acontecer, Thomas Shelby não me odiava?

Webelong    ✨John Shelby✨Onde histórias criam vida. Descubra agora