twenty five

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Dois meses depois

O jardim estava completamente decorado por flores brancas, o pequeno rancho estava todo arrumado e meus pais estavam tão felizes. Depois de explicar a eles tudo o que aconteceu, meu pai e John conversaram e ele permitiu nosso casamento na data de hoje. Meu pai achou um terreno fértil e começou o plantiu de macieiras que iriam brotar no outono, daria muito lucro para a família. John infelizmente não parou de trabalhar para o irmão, e ele me disse que o tiro que eu dei acertou o joelho de Thomas, hoje ele já está recuperado mas precisa do auxílio de uma bengala para andar. Toda a família dele sabia sobre o casamento, e apareceram como convidados, e escolhemos Arthur e Ada como padrinhos e testemunhas.

— Está tão linda filha.– meu pai diz ao me ver dentro do meu vestido de noiva, ele era robusto e acentuava bem meu corpo, como o vestido de uma princesa, no dedo eu ainda usava o primeiro anel que John me deu em compromisso, meus cabelos estavam ondulados e metade preso em um penteado que Ada fez. — Hoje é o dia de contar pra ele.

— Parece tanto não é? O casamento e agora isso...– abaixo a cabeça e encaro minhas mãos

— Ele te ama filha, da pra ver nos olhos dele.– meu pai me conforta e eu sorrio, estava tão nervosa. — Está na hora, precisamos ir.– olho pela janela do meu quarto e vejo os convidados sentados e John bebendo whisky de um cantil de Arthur, sorri com aquilo e encarei meu pai. — Está com medo?

— Só não me deixa cair pai.– ele me abraça sorrindo e beija o topo da minha cabeça

— Nunca princesa.– nós descemos e ao sair para o jardim da casa todos me olharam, uma melodia suave tocava e assim que John me viu os olhinhos dele lacrimejaram, ele sorriu e eu senti vontade de sair correndo para ele mas meu pai me conteve. Chegamos ao altar e meu pai entregou minha mão para ele, estava tão emocionada, assim que meu pai se afastou John sorriu pra mim.

— Eu vou rasgar esse vestido todo quando chegar em casa.– o padre na nossa frente foi o único que ouviu a safadeza de John e arregalou os olhos, me deu muita vontade de rir. A cerimônia seguiu tranquila, fizemos nossos votos e antes de terminar eu grudei meu olhar na entrada do jardim, Thomas entrou e estava mancando, meu coração palpitou de medo se ele decidiu vir pra fazer algo, John olhou para o mesmo lugar que eu e seu sorriso também sumiu. Thomas apenas ficou em pé no fundo observando tudo enquanto o padre terminava a benção, eu e John nos olhamos e ele sorriu pra mim.

— Eu vos declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva John.– todos começaram a aplaudir quando John me puxou e me beijou com vontade, ele segurava meu rosto e ao final do beijo me fez olhar bem fundo nos seus olhos.

— Só importa eu e você aqui.– ele diz baixo enquanto o pessoal faz uma chuva de arroz.

— E o nosso filho.– completo e vejo o olhar confuso dele, ele da um sorriso divertido

— Eu ouvi isso direito?– ele pergunta e eu assinto sorrindo, ele me beija rápido e coloca a mão na minha barriga — ARTHUR EU VOU SER PAI! PORRA EU VOU SER PAI.– ele grita e me solta para aceitar o abraço de Arthur, Ada e tia Polly vem até mim e me abraçam me parabenizando e Ada já impõe o lugar de madrinha. A bagunça pela notícia estava tanta que olhei de relance para o local onde Thomas estava antes e ele não estava mais.

Pedi licença para minha família e fui caminhando até a frente da casa, ele estava lá parado na frente do carro dele, segurei meu vestido e apertei o buquê na minha mão com força pra tomar coragem e ir falar com ele.

— Recebi o convite.– ele diz um pouco triste, ele acende um cigarro e coloca na boca.

— Me perdoe pelo tiro.– digo com vergonha e ele ri

— Eu precisava de um acessório novo.– ele balança a bengala sorrindo — Eu só vim aqui hoje pra dar minhas felicitações, seria só pelo casamento mas parabéns pelo bebê também.– não consigo dizer nada e ele termina o cigarro e entra no carro e o liga mas não sai — Mesmo que me odeie Bella...eu não consigo parar de te amar e saiba que foi gratificante te ter, eu faria tudo de novo se tivesse a chance. Mas eu quero que meu irmão seja feliz, eu amo minha família mesmo que não pareça...– ele diz calmo

— Thomas...– o chamo e ele me olha — Eu não te odeio.– digo e ele sorri e da partida no carro indo embora além da estrada.

— Amor, Arthur disse que eu tenho que beber o mijo do bebê...– John diz rindo e eu o olho, ele vê o carro de Thomas se afastando da casa e me olha — O que ele queria?

— Fazer parte da festa, mas resolveu não ficar.– passo meu braço pela cintura dele e ele passa o dele pelo meu ombro e vamos caminhando de volta até a festa. A mesma durou até o outro dia.

Os meses foram se passando, e cada vez mais John me incluía na família, a fortuna deles cresceu e John comprou uma casa enorme para nós em Londres, e enquanto ele trabalhava para Thomas e os Peaky Blinders eu ocupei meu tempo em uma faculdade de letras, comecei a escrever um romance sobre uma garota dividida entre o amor de dois irmãos, uma história bonita nada igual a minha, e resolvi publicar em uma editora, acontece que eles amaram e esse foi o início da minha carreira de escritora e dramaturga.


Fim.

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