twenty one

2.5K 221 5
                                    

Tive que esperar algumas semanas até poder ir a casa da Ada buscar minhas coisas, antes de sair de casa vi um buquê de flores na sala e tinha um cartão do Tommy, ele estava mesmo disposto a me ter mas eu decidi me afastar dos Shelby. Com as minhas economias e as do meu pai,conseguimos comprar um pequeno rancho longe da cidade, seria bom pra nós.

— Então, não vai mais ser a minha irmãzinha?– Ada pergunta triste e eu a abraço

— Eu posso ser o que você deixar eu ser na sua vida.– digo sorrindo e a solto — Sempre vou estar aqui por você. – volto a sala para pegar minhas malas e escuto alguém bater na porta de entrada, Ada vai até lá atender enquanto eu vejo como vou carregar duas malas gigantes, havia comprado muita coisa. Paraliso onde estava assim que vejo John entrar na sala, sendo seguido por Ada. — Não acredito, você avisou ele que eu estaria aqui?

— Vocês precisam conversar, foi tudo um mal entendido.– ela tenta explicar mas a raiva me sobe

— Foi um mal entendido ele ter colocado uma arma na cabeça do meu pai?– pergunto indignada

— Me perdoa por isso.– ele diz e se aproxima de mim mas eu me afasto — Preciso te contar uma coisa, e depois que souber deixo você ir embora e não vou mais atrás de você.

— Você tem 5 minutos até meu táxi chegar.– digo e me sento no sofá mesmo querendo sair correndo dali, Ada nos deixa a sós e John se senta ao meu lado.

— Foi tudo um plano do Thomas.– ele diz e eu sorrio

— Eu fui até o Thomas por vontade própria.– digo e ele amassa a boina em suas mãos c raiva

— Me deixa terminar.– ele pede e eu levanto as mãos em rendição — Eu não me lembrava de nada daquele dia porque tudo aquilo não aconteceu, fui atrás da Lizzie e ela parecia nervosa e fez um sinal de que estava sendo vigiada, então fui atrás do Michael e o ameacei para dizer a verdade, ele me disse que Thomas pagou os dois para mentir pra mim e você. Ele sabia que se você soubesse de uma traição, você iria correndo para ele.– tudo fazia sentido, eu sentia que ele estava sendo sincero, mas eu ainda estava com raiva.

— E você confia na prostituta que seu irmão pagou?– pergunto com raiva

— Ela nunca mentiria pra mim, temos uma amizade de longa data.– ele explica se controlando

— É claro que tem.– digo com sarcasmo e ele se levanta do sofá.

— Você pode acreditar ou não, mas naquele dia eu tenho certeza que não te trai. Eu não vou pedir pra você voltar, não vou mais te procurar se não quiser. – ele diz com voz de choro, mas John não se permitiria chorar — Vai haver a festa de abertura do instituto de caridade Grace Shelby, se você for comigo eu vou ser o homem mais feliz desse mundo, mas se não for eu saberei sua resposta.– ele diz sério e me encara ainda triste.

Passo as mãos em meus cabelos e sinto uma raiva profunda de ter sido tão ingênua, todos me avisaram que Thomas sempre toma o que quer, sempre consegue um jeito de ter o que almeja. Ele parecia tão sincero falando de seus sentimentos que eu não percebi a farsa por trás disso.

— E então? Voltaram?– Ada pergunta entrando na sala

— Mesmo que eu morra por isso, preciso contar uma coisa a vocês.– digo tomando coragem, Ada se senta ao meu lado e segura minhas mãos — Eu sei sobre um segredo do Thomas, por isso ele sempre me ajuda. Eu o ameacei quando ele me pediu pra não contar pra ninguém.

— E o que é?– John pergunta impaciente e Ada o repreende com o olhar

— Grace era uma agente da Coroa britânica, ela se se envolveu com Thomas e acabou engravidando e quando ela disse a ele eu escutei tudo no pub do meu pai.– vejo John passar as mãos no rosto exasperado — Pelo que eu entendi da conversa deles, a função dela era derrubar toda a família Shelby e os Peaky Blinders.

— E porque Thomas não nos contou isso?– Ada pergunta nervosa

— Porque Ada? Porque ele é o líder, e Thomas quer ser líder sozinho. Nós não temos mais reunião em família temos funções como funcionários dele.– John diz ainda mais nervoso que ela.

— Eu preciso que mantenham isso em segredo, até chegar a hora certa.– pedi e os dois me encararam com medo.

— E quando vai ser a hora certa?– John pergunta

— Você saberá.– respondo e ele sai da casa nervoso, meu medo era ele não conseguir segurar

— Seu táxi chegou.– Ada avisa — Você não precisa ir embora.

— Não, não vou embora.– ela me encara esperançosa — Eu vou me vingar. Vou até a mansão do Thomas. – saio para fora da casa com a Ada me seguindo e gritando mas não dou bola, digo o endereço ao motorista e espero até que o táxi pare na frente da grande mansão. Thomas estava me esperando na porta, ele deve ter visto o táxi se aproximando.

— O que aconteceu? Porque está aqui a essa hora?– ele pergunta preocupado e eu o encaro com muita vontade de bater na cara dele mas ao envés disso eu o abraço fortemente e ele retribui.

Webelong    ✨John Shelby✨Onde histórias criam vida. Descubra agora