O dia passou tranquilo, não lembro de como as aulas correram, na verdade gastei todo o meu tempo e atenção mirando nela. Martina!
É incrível como sua atenção fica virada aos professores, sempre mantendo a boa pose, ela escuta tudo com atenção. Não consigo mais ficar longe dela, e o meu ciclo está se fechando.
Quando Carla abrir a boca e contar tudo, aí nesse instante, todas esperanças por mim cultivadas, serão inundadas por cheias, e de quebra tudo se tornará uma grande tempestade. Estou no meio de um furacão.
Andando entre os cantos do quarto com uma toalha enrolada em minha cintura, tento não pensar já necessidade de tê-la. Eu preciso dessa garota, necessito Martina mais do que uma vez, eu precisei de alguém. Tentando afastar ela de meus pensamentos, caminho até ao grande armário, a pouco tempo ele era todo meu, agora preciso dividir com Marcos. Remexendo nas roupas, a camiseta de listras brancas, e a Bermuda azul sem bolsos, chamam minha atenção, sem demora me troco.
Assim que fecho a porta do armário, outra é aberta em seguida revelando Marcos e seu sorriso doentio. O mesmo, tira a calça e jeans e sua camiseta preta, jogando em vários cantos do quarto. Ele sabe que odeio isso.
—Vai sair?.—A voz de Marcos gruda em meus ouvidos. Passando por mim, Marcos joga seu corpo pesado em sua cama, tirando um livro do criado mudo.
—Não te importa—Fui curto e grosso. Na verdade estou apenas tentando segurar a vontade de socar a cara dele.
—Ainda bravo pelo beijo?. — Questionou sorridente. — Ela tem um lábios tão macios, e aquela boca.—Seu riso ecoa no quarto. —Como foi beijar ela sabendo que, antes seus lábios foram meus?. — O sorriso cínico continuava estampado em seu rosto.
Raiva. Raiva é tudo que sinto agora, meu coração palpita de maneira descontrolada, meu corpo necessita reagir. Cerrando o punho direito, respiro fundo caminhando até Marcos seu sorriso continua estampado em seu rosto, aumentando minha raiva.
Talvez seja apenas a adrenalina, ou a vontade de depositar toda minha raiva nele. Em um movimento voluntário ainda com o punho cerrado, me aproximando de Marcos aos poucos, acerto em sua cara com o soco forte o suficiente para o fazer gritar. Sei que não devia, mas quero continuar fazendo isso.
— Esse é por te atuar tanto— Novamente o acerto em outro canto de cara. Seus gemidos de dor, relaxam meu corpo. — Esse é por ela. — Acerto o último em sua barriga. Queria eu, acertar em seu peito igual ou pior ao que ele fez a Martina.—Esperei tanto por isso.— caminhei de volta a porta sorrindo enquanto o mesmo gemia de dor.
— O director vai ficar sabendo disso.— Entre gemidos, sua ameaça é ouvida. — Gargalhei.
- Isso, vai correr e fazer a sua denúncia. As garotas, vão gostar de saber que você apanhou feito uma menina indefesa.— O ego, tal como eu, Marcos tem um ego gigantesco, ele não vai querer perder a " fama" de fortão que vive passando.
— Isso não acaba aqui.— Deitado em sua cama gemendo de dor, Marcos mostra seu dedo do meio. — Eu te odeio.
— Você e eu, temos problemas que jamais serão resolvidos. — Olhei mais uma vez para Marcos, sem remorso abro e fecho a porta caminhando pelo corredor.
Suspiro passando entre os corredores, vibrações invadem instantaneamente meu bolso frontal, ignoro a sensação. Pela segunda vez, meu celular torna a vibrar anunciando a entrada de outra mensagem. Apalpando a parte externa dos bolsos em busca do celular, o sinto no lado direito, aos poucos encaminho minha mão até o local, puxando o celular rapidamente. Clicando no botão power uma dúzia de mensagens estampa o local. Carla é a remetente.
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Último beijo
Teen Fiction" O amor é um jogo, e apenas dois podem jogar" Martina Ross teve seu coração quebrado da pior maneira possível, e no pior dia de sua vida. Apartir desse instante ela mata sua antiga personalidade. Durante um tempo ela fez do amor um jogo, onde apena...