capítulo 28

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Acharam que não iam sofrer não é? Mais sofrencia nesse capítulo amores 🥺♥️
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[...]

— Ele acabou ajoelhado.— Conto para Vanessa. A encontrei deitada em sua cama, enquanto lia um livro.

— Não acredito.— Em tom de surpresa ela falou.— E o que você pretende fazer agora?.— Questionou.

Queria eu ter a resposta para essa pergunta, o golpe foi baixo, tudo tão... doloroso, uma dor pela qual não quero passar novamente. Esse é o problema dos relacionamentos, cada um faz o máximo para não magoar o próximo, e acaba se magoando.

— Nada.— Disse simples.— Ele não confiou em mim.

— Não estou querendo ficar entre nenhum dos dois, mas olha para o lado dele, você tem uma péssima reputação por esses lados. — Deu uma leve pausa.— É claro que, depois de ver a foto ele sentiu-se traído.

Mesmo que eu quisesse negar, ela tinha razão, minha reputação sempre estará  atrás de mim. As pessoas nunca esquecem as coisas que você faz mesmo que, você tente ser diferente.
Eu tentei? Em algum momento eu quis ser realmente diferente?. 

— Talvez você tenha razão.— Admiti com um peso enorme.

— Ainda vai jogar com ele?.— Questionou Vanessa, trazendo a tona o desejo que tive a algum tempo atrás.

— Não.— Disse simples. Olhei para o vaso com a rosa do nosso primeiro encontro, ela  ainda está viva. O desejo de mantê-la assim é enorme.

— Fico mais descansada. — Respirou fundo.— Vocês são fofos juntos.

Não tem como negar. Eu gosto da companhia dele, me faz sentir coisas inexplicáveis, a cada dia eu tinha a certeza da verdade. Estou apaixonada por ele.

— Preciso falar com ele.— Disse quase gritando.

Eu sabia o que tinha que fazer, dessa vez estou disposta a levar isso para outro nível. Caminhei até ao armário em busca de algo para vestir.

Depois de praticamente revirar o mesmo , opto pela blusa Vintage retro, e um calção preto em "V" com algumas rosas estampadas em seus bolsos frontais. Coloco sapatilhas pretas, passo pela penteadeira a minha frente, com cuidado arrumo o cabelo em um coque alto padrão.

— Olha que lindeza.— Comentou Vanessa assim que mirou seus olhos em mim.

— Essa é a intenção.— Falei a fazendo rir.

Nunca foi boa em correr atrás, normalmente eles fazem isso, mas depois de tudo que vivemos para ficar juntos, eu o quero. Necessito de sua presença em minha vida. Depositei um beijo rápido no rosto de Vanessa.

Saí correndo pelos corredores, quebrando uma das regras, o espaço que ficava lotado, agora está vazio. Em um dos pilares perto do quadro dos avisos, avisto Marcos me fitando com os olhos assim que nota minha presença no local.

— Tão gata, vem miar no meu ouvido.— Suas cantadas faziam meu estômago revirar. Nesse momento me pergunto o que vi nele a anos atrás.

— Se quiser um passaporte para uma cama de hospital, eu posso ajudar.— Falei baixo. — Mas, agora tenho algo importante para fazer.

— Ver Brian.— Completou.— Esse rapaz não é o que você pensa.— Sua voz saiu calma, como se quisesse realmente me avisar de algo. — Brian não é flor que se cheire.

— E você é?.— Questionei. O silêncio veio como resposta.— Imaginava.— conclui.

Deixando Marcos para trás, Continuei caminhando até ao quarto do Brian, a porta estava semi-aberta achei estranho. Ela nunca fica assim. Depois de tantas dúvidas decido abrir.
Finalmente, consigo abrir uma porta.
Meus olhos não a acreditam no que estão vendo.

Brian está deitado na cama. A menina de cabelos loiros por mim conhecidos,está montada sobre ele, beijando sua boca.  Carla se vira e olha para mim, não consigo me mover. Minhas pernas estão paralisadas.

— Martina.— Finalmente Brian fala com o rosto pálido, tentando sair de  baixo da Carla.

— Já estou saindo. — Comuniquei. Carla beija o pescoço de Brian, depois saí de cima dela.

Brian salta da cama correndo directamente para o armário. Depois de analisar a situação, saio às pressas fechando a porta com uma certa agressividade. Quando fecho a mesma, permito encostar-me nela e respirar fundo. Não era para ser assim. Não foi o que planejei.

Não consigo definir como realmente me sinto, talvez eu esteja zangada com ele, ou comigo mesma por permitir que ele me faça sentir desse jeito. Assim que escuto um barulho na maçaneta,   saio correndo. Meu corpo dói, não sei onde mais dói, se é o coração ou a cabeça.

— Espera por favor.— Sua voz. Brian está gritando.

Não consigo controlar as lágrimas que teimam em rolar sobre o meu rosto.  Sua voz só piora tudo.

— VAI EMBORA.— Gritei. Se tiver alguém dormindo nesse corredor, provavelmente acordou. — Como você se atreve a estar aqui agora, depois de ter feito isso comigo?.

— A gente precisa conversar.— Falou baixo, enquanto se aproximava de mim.

— Se afasta de mim, não fale mais comigo. Esqueça meu nome. — Declarei ainda em fúria.

— Não faz isso com a gente.— Implorou. Estou cansada disso, foi o mesmo nessa manhã. Ele Implorou e eu fiquei pensando nisso o dia todo.

— Não tem a gente. Não mais. — Falei baixo.

Brian me olhou incrédulo. Passou a mão pelo cabelo como maneira de demostrar a raiva. O que fazer? Eu estou com mais raiva ainda.

— Você beijou o Marcos, eu perdoei e ainda me ajoelhei diante de você, enquanto isso, você zombou de mim e sair correndo.— Gritou. — Eu dei tudo de mim para você. E você?. Você só soube tomar cada pedaço de mim.

— Vai se ferrar, eu não Beijei o Marcos, e não preciso do teu perdão.— Respirei fundo.— Você estava quase trepando com a Carla. Vai me dizer que vocês não iam transar?.— Gritei mais alto ainda.

—  Eu não...quer dizer, eu ia transar com ela, mas pensei que tudo estava acabado entre nós.— Confessou.

— Do mesmo jeito que pensou que, eu tivesse beijado o Marcos.— Passei a mão sobre o meu coro cabeludo massageando suavemente o mesmo.— Vai embora, eu não quero ver-te.

— Martina eu te amo.— Caminhando até mim, Brian falava.— Não faz isso.

— Se você realmente me amasse, não teria ficado com Carla na primeira tentativa, você só pensa com a cabeça de baixo.— Recuo até bater contra a parede. Brian se aproxima me prendendo contra a mesma.

Sem mais palavras, Brian tomou meus lábios com agressividade, aos poucos foi pedindo passagem com a língua. Não a dei. Depois de um tempo, permito que sua língua entre em minha boca, a recebo com uma mordida bem forte que o gritar de dor.  Sem esforço, empurro seu corpo e saio correndo.

Último beijoOnde histórias criam vida. Descubra agora