Capítulo 24

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Assim que abandono o quarto de Brian, meus lábios tomam o seu próprio destino formando um sorriso. A quanto tempo eu não faço isso?. Rir atoa é tão bom.

Foi estranho, senti que ele precisava com urgência de ir ao banheiro , talvez seja apenas uma fantasia ou algo do gênero. Enquanto caminho entre os corredores da mansão, avisto as bonequinhas conversando.  Assim que a loira,  notou a minha presença no corredor, jogou os cabelos para o lado, Esmeralda mirava seu olhar directamente para mim. Devo me preocupar?

— Martina querida, você está ótima.— Esmeralda falou enquanto sorria. Um sorriso falso.

— Novidade.— Respondi simples.— E você está o comum.— Continuei caminhando.

— Comum é você.— Olívia pronunciou-se.— Ela está ótima.— O mesmo gesto feito por Carla, também foi usado por Olívia. Jogar o cabelo.

— Não perguntei.— Continuei caminhando.

Assim que passo por elas, decido para uma ligeira olhada no quadro dos avisos,  o mesmo quadro verde de sempre protegido com um vidro transparente, estava totalmente vazio. Nada de novo.

A sala estava bem a minha frente, a porta está aberta, e alguns alunos gritando mantém a agitação na sala. Vanessa como sempre, está sozinha lendo. As vezes me dá um vontade de tirar ela dessa zona de conforto porém, tenho medo de a assustar.

Tomei o meu assento ao lado de Vanessa, assim que nota a minha presença ela sorri. Uma das coisas mais linda desse mundo. O sorriso dela devia ser apreciado. Voltei minha atenção para a porta, talvez eu esteja esperando ele entrar. Outra coisa que devia ser apreciada pelo mundo. O Brian.

Não demorou muito, e ele chegou com Carla agarrada em seus braços. Não é novidade que Carla o cerca de tudo quanto é jeito. Mas, porque entrar agarrada a ela?

Desviei meu olhar da porta mirando em meus cadernos que já estavam por cima da mesa. Uma das obras de Vanessa.
Pouco tempo depois, uma jovem  entra na sala. O silêncio instalou-se, seu tom de pele morena, combinava perfeitamente com os seus cabelos pretos curtos, a mesma trajava uma saia preta justa, e um blazer feminino. Vestida a rigor.

— Bom dia.— Comprimentou a jovem enquanto dava largos passos. Seus saltos pretos de cabidal faziam um barulho horrível.— Cristiane Rey é o meu nome. — Apresentou-se os sussurros não demoram.— Silêncio.— Gritou  a mesma.

A olhei curiosa. Quem era ela? Por qual motivo não fala logo e sai. A mesma mira seu olhar para mim sorrindo, a passos largos, caminhou até ao meu meu lugar.

— Você.— apontou o dedo para mim. Nesse momento eu quis pular para cima dela e dar um belos tapas em sua cara.

— Eu. — Respondi seca.

— Porque tão pensativa.— Enquanto arrumava a gola de seu Blazer ela falava. A olhei confusa

— Psicóloga nova.— Apresentei-me a responder. Nesse instante lembrei que Martha Medeiros a antiga psicóloga decidiu retirar-se, segundo elas, somos jovens demasiados perturbados.

Também lembrei do currículo de Cristiane Rey, eu mesma fiz  a questão de examiná-lo para sua contratação. Mais uma vez fiz  a escolha certa.

— Certeira.— Respondeu a minha afirmação sorrindo.—  A garota de cabelos longos escuros está certa, serei a nova psicóloga.

Virei para o lado tentando contato com Brian, o mesmo estava diferente, talvez ausente em pensamentos. Fiquei preocupada.

— Desculpa atrapalhar a senhorita poderia conceder-me permissão para sair?.— A voz calma de Brian soou. Como assim sair?

Último beijoOnde histórias criam vida. Descubra agora