28 de janeiro de 2016
— Bom dia Kanao-chan — Shinobu diz enquanto entra no quarto, como todas as manhãs.
— Bom dia... — Saiu do banheiro, onde estava tomando um banho momentos atrás.
— Hoje, no meu período de almoço, você quer almoçar conosco?
— "Conosco"? — Indagou confusa, observando Shinobu ajudá-la a fazer um novo curativo com uma nova atadura.
— Eu, você e o Tanjiro, claro.
— Ehm, eu não quero falar com esse garoto.
— O quê? Por quê? — Shinobu procurou os olhos da paciente, esses que estavam voltados para a neve que caía fora da janela.
—Ele é um bom garoto. Vou me apegar a ele. E puff! Vai morrer. Como ela... — Shinobu termina de fazer o curativo a tempo de ver uma lágrima solitária descer pela bochecha de Kanao.
A médica abraçou a menina que parecia tão indefesa naquele momento, ela por sua vez, retribuiu o abraço, demorou um pouco, mas retribuiu. Sentia que precisava daquilo e então apenas deixou se levar pelo momento, Shinobu acariciava o topo da cabeça da garota de forma acolhedora.
— Por que acha que ele vai morrer? — Perguntou à paciente.
— Por quê a... hm... a Aiko morreu de câncer pulmonar.
— Entendo... Aiko era sua amiga?
— Sim. Eu a amava muito — Diz saindo do abraço que ainda estava.
— Por que deixar de amar alguém só porque esse alguém morreu? — Indaga, observando a face pensativa de Kanao — Viva por ela. Aposto que ela gostaria. Agora, sobre o Tanjiro. Pergunte a ele sobre sua situação. Aposto que ele a responderia alegremente.
Shinobu logo saiu da sala, deixando-a pensativa ali, olhando a porta, agora, fechada e sem nenhuma Shinobu Kocho por perto.
Kanao tomou seus remédios assim que saiu de seu transe, resolveria as coisas no diálogo. Foi até a recepção e viu onde ficava o quarto do garoto que tanto queria conversar. Ficava dois quartos atrás do dela, o penúltimo daquele corredor. Caminhou lentamente até lá, imaginando mentalmente como poderia perguntar algo daquele tipo sem soar desagrádavel ou algo do tipo.
— Bom dia — Kanao balbuciou ao entrar no quarto do menino depois de bater na porta do mesmo.
— Ah, bom dia. O que faz aqui? — O garoto tinha um sorriso fino nos lábios.
— Queria conversar sobre algo com você — Kanao diz enquanto se sentava na poltrona ao lado da cama do menino.
— Então...? — O garoto pergunta um pouco constrangido graças ao silêncio que, graças a Kanao, se tornou vergonhoso.
— Hm... A q-quantos meses está com câncer? — Pergunta direta e reta. Tanjiro fez uma expressão de surpresa, mas logo sorriu gentilmente, respondendo:
— Há três meses — Diz descontraído.
— E está se recuperando?
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𝐈𝐍𝐄𝐕𝐈𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋 | Tankana
Hayran KurguTudo na vida tem um propósito; Era isso no que Kanao acreditava. Mas começou a se perguntar se realmente sua amiga ter câncer, e logo depois morrer graças à doença, tinha um propósito, mas após se apaixonar dentro de um hospital por uma pessoa que...