09 de fevereiro 2016
Tanjiro e Kanao, vagando pelos enormes corredores daquele hospital enquanto sentiam apenas tédio, descobriram que o terraço do lugar não era trancado, e, apesar de ter grades altas para proteção, podia-se ter uma linda visão da cidade.
E ali os dois se encontravam.
O lugar era silencioso e trazia uma certa paz, talvez pelo som dos passarinhos piando ao fundo ou pela linda visão do pôr do sol à frente da dupla.
Kanao se encontrava nervosa, poucas vezes ficara a sós com Tanjiro recentemente, pois sempre que ficava, um sentimento estranho invadia seu peito. E aquele, agora, costumeira sensação de borboletas na barriga vinham de novo.
Tanjiro por outro lado, parecia bem despreocupado e confortável. Ele observava o horizonte, onde podia-se ver o resto da luz do sol em contraste ao, agora, predominante tom escuro da noite.
Os dois estavam encostados na grade, com as mãos apoiadas nas tais e os dedos passando pelos buracos que ali tinha, podendo ter uma ampla visão da cidade e do céu, que aos poucos se tornava uma completa e vasta escuridão.
— Kanao-chan — A voz rouca do ruivo chamou-lhe a atenção — Que horas é a sua consulta com a Shinobu?
— Daqui a... — Tirou o celular de dentro do bolso de seu moletom, desengonçada — 30 minutos! Tenho que ir.
— Ok, vamos, então — Puxou-a pelo ombro até que Kanao começasse a andar lado a lado com ele.
Na verdade, ultimamente, Kanao tem se sentido bem. Não a ponto de sorrir para o nada, mas estava bem. Bem ao ponto de demonstrar mais seus sentimentos, e não viver com uma cara neutra.
Por outro lado, Tanjirou sentia que piorava a cada dia que passava. Na época em que conheceu Kanao, realmente estava bem, sentia que estava melhorando, melhorando muito. Mas agora parecia que estava com o pé na cova.
— Achei que você ficaria lá mais um pouco — Kanao quebrou o silêncio que se instalara.
— Estava com um frio — Riu timidamente.
— Hm... não estava tão frio — Murmurou baixo, ao ponto de que Tanjirou nem pôde escutar.
Kanao já notara que Tanjirou estava estranho. Ele não falava tanto quanto antes, tossia bem mais do que quando o conheceu e parecia que seu corpo estava ficando mais fraco. Sabia de tudo isso por que acompanhou o resto da vida de um paciente que sofria da mesma doença, Aiko.
Para surpresa de Tanjirou, alguns corredores antes do quarto de Kanao, onde ela teria sua consulta, ele foi parado, a menina havia o abraçado, escondendo o rosto no pescoço do mesmo. Tanjirou sentiu um arrepio pelo corpo, mas ignorou aquilo e retribuiu o abraço, vendo Kanao apertar ainda mais o tal.
— Está tudo bem, Kanao. Vai ficar tudo bem, não se preocupe — O garoto acariciou a nuca da mencionada.
— Você prometeu...
— E eu vou cumprir — Riu nasalmente para contrariar o clima tenso.
Kanao desfez o abraço, ainda mais corada do que já estava, e continuou a caminhar até seu próprio quarto. Quando a dupla chegou lá, se separaram ao ver que Shinobu já aguardava a paciente.
— Estava com Tanjiro-kun? — A mulher perguntou assim que avistou Kanao.
— S-sim...
— Onde estavam? Fui até o quarto dele e não vi vocês — A médica observava a garota caminhar até a maca.
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𝐈𝐍𝐄𝐕𝐈𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋 | Tankana
Hayran KurguTudo na vida tem um propósito; Era isso no que Kanao acreditava. Mas começou a se perguntar se realmente sua amiga ter câncer, e logo depois morrer graças à doença, tinha um propósito, mas após se apaixonar dentro de um hospital por uma pessoa que...